terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Excelente artigo de opinião do padre Edgar. Toca nos pontos essenciais mas não coloca nomes para evitar os tais processos por difamação

 

Uma democracia indiferente
 Todos os dias vemos como a democracia desconsidera necessidades básicas das populações. O poder político manifesta-se indiferente, como se fosse incapaz de responder às demandas dos mais pobres, às suas justas solicitações. E a indiferença da democracia em relação às necessidades essenciais das populações gera maior indiferença das populações em relação à democracia. Quem atrai indiferença colhe indiferença.Os obstáculos ao direito à habitação são um dos exemplos mais claros do que é uma democracia indiferente. O clamor populacional que, por toda a parte se levanta, parece ser disso uma prova insofismável. O mesmo se poderá dizer em relação às listas de espera no acesso a cuidados de saúde, sobre a destruição de serviços públicos, no criminoso desmantelamento de serviços públicos de proximidade.

 A indiferença da democracia em relação às pessoas e aos seus problemas e, em especial, a desconsideração dos dramas sociais, enfraquecem as sociedades e desacreditam o ideal democrático.

 Agrava-se o estado de uma democracia indiferente na relação direta com o não respeito dos direitos fundamentais de todos os que estão em estado de pobreza e de exclusão social. Deteriora-se a democracia indiferente na medida em que minorias poderosas exercem o poder político na defesa das suas castas, regalias e privilégios. Assim se instala uma verdadeira farsa da democracia, porque não faz mais do que fortalecer os que já usufruem de privilégios.

 A prática democrática está concebida à imagem e ao gosto das camadas sociais que mais possuem. E o que as sociedades de hoje mais oferecem é o espetáculo de uma acumulação ilimitada do capital económico com a correspondente crescente privação de largos segmentos da população. Cristaliza-se a monopolização das vantagens do dinheiro, do poder e da educação. Por consequência, as profundas desigualdades são acrescidas de novas diferenciações configuradas sob a forma de exclusão social.

  Com esta erosão da democracia alimenta-se, acima de tudo, a desigualdade, distanciando-nos de qualquer meta de justiça social ou de um certo sentido da equidade de condições sociais. Deste modo, o fosso existente entre a democracia social e a democracia política não tem sido colmatado, de forma a poderem ser criadas as condições para a elevação da qualidade da democracia.

  Neste quadro, a atividade política tende a assumir um carácter de irrealidade. Os chamados “políticos” vivem dissociados dos que os rodeiam. Aquilo a que genericamente é classificado como o desfasamento entre “os políticos” e a população, entre o poder político e o povo.

 A democracia debate-se com estas antinomias e confronta-se com estas contradições.

 Conseguiremos travar essa engrenagem de indiferença?»

(extraído do diário do "padre das esmolinhas")

A indiferença

“Primeiro eles vieram buscar os socialistas, e eu fiquei calado  porque não era socialista.

Então, vieram buscar os sindicalistas, e eu fiquei calado  porque não era sindicalista.

Em seguida, vieram buscar os judeus, e eu fiquei calado  porque não era judeu.

Foi então que eles vieram me buscar, e já não havia mais ninguém para me defender.

— Martin Niemöller

https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/martin-niemoeller-first-they-came-for-the-socialistsPrimeiro levaram os negros


Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

6 comentários:

  1. Excelente artigo.
    Agora vem aí um palerma qualquer falar na Venezuela ou Coreia do Norte...

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  2. O inútil cafôfo quer eleições rapidamente para mais depressa levar um pontapé no cu. O Carlos Pereira agradece

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  3. Este Edgar gosta muito de festas com comezainas com os seus kamaradas. Também tem um tacho no partido que é vitalício. Será o presidente do Politburo até morrer.

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  4. É vergonhoso o diário do padre das esmolinhas. O Beto do Naval volta a fazer grande publicidade ao aldrabão da noite do café teatro

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  5. O CAPITALISTA DE VERDADE ENSINA O IDEÓLOGO DA INTERNET
    https://www.youtube.com/watch?v=az7dGMNpG-I

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  6. Bem prega frei Edgar. Mas largar o tacho depois de tanto ter afundado o partido? Jamais.

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