É difícil não ficar apaixonado pelo engenho que a empresa australiana Vicroads criou para transportar árvores que, por algum motivo, precisam sair de um ponto para outro. Neste caso, as obras entre duas estradas em Berwick, nos arredores de Melbourne, obrigava à recolocação de algumas árvores. De forma rápida e eficaz, e sem agredir o ambiente, a Vicroads tratou do assunto.
O trabalho consiste em levar o caminhão, com um equipamento especial, para junto da árvore, cavar em volta e levá-la sem danificar as raízes. Depois o caminhão se desloca para o novo lugar e faz a cova onde ela será plantada.
O trabalho foi feito como parte das obras pra atualização da estrada entre Clyde High Street e Kangan Drive, na Austrália. Essa máquina poderia ser capaz de evitar o corte de diversas árvores, que muitas vezes acabam sendo derrubadas para realização de obras pela impossibilidade de serem transportadas. (ver aqui)
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Uma Mulher de coragem:Maria João de Deus
Hospital de Faro ‘ travou’ greve de fome de doente.
Paciente ia denunciar falta de medicamento para cancro da mama. Unidade garantiu que escassez se deveu a falha informáticaMaria João quis ter a certeza de que o Letrozol não voltaria a faltar na farmácia do Hospital de Faro. Este é um medicamento que toma diariamente para reduzir o risco de voltar a ter cancro da mama. Na semana passada disseram- lhe que só havia dois comprimidos e, como ainda tinha de reserva, deixou- os para “alguma urgência”. Marcou encontro com a comunicação social à porta do hospital para denunciar a situação e chegou ontem de manhã, disposta a i niciar ali uma greve de fome. Mas não foi preciso. A Administração do Centro Hospitalar garantiu- lhe, olhos nos olhos, que o remédio jamais voltaria a faltar.
“Contactaram- me no sentido de ir logo ter com eles, mas eu tinha assumido um compromisso com a imprensa, por isso, primeiro contei aos jornalistas a história toda”, disse.
Toma Letrozol todos os dias, o que a leva uma vez por mês à farmácia do hospital para levantar, gratuitamente, uma caixa com 30 comprimidos. Foi com esse objetivo que, na quinta- feira, viajou de Lagoa, onde reside, a Faro. Ficou surpreendida quando lhe disseram que dois comprimidos era tudo o que havia. “Como em casa ainda tinha medicamentos que davam até à terça- feira seguinte [ hoje], optei por deixar l á esses comprimidos, não fosse aparecer alguma urgência.” Regressou a Lagoa com a informação de que logo nessa tarde j á haveria Letrozol. Para evitar percorrer cerca de 60 quilómetros, pediu a uma amiga que, na sexta- feira, levantasse o remédio, o que esta f ez, l ogo pela manhã, sem que contudo o medicamento já tivesse sido reposto.
Foi quando decidiu agir, em nome próprio “mas por todos os doentes oncológicos que, tal como ela, precisam daquela medicação diária”. Maria João queria saber “porquê”, queria “garantias de que não voltava a acontecer”.
Ontem, da parte da Administração do hospital, foi- lhe explicado o que mais tarde seria repetido aos jornalistas, através de um comunicado: “A ausência de Letrozol na farmácia do hospital não se deveu a falta de dinheiro, mas a uma falha por causa de novos programas informáticos, entretanto regularizada.” Quando o DN lhe perguntou se ficou tranquila com as respostas, explicou que sim “porque acredita nas pessoas, nas responsabilidades que cada um assume”. Ainda assim, fica na expectativa até à próxima ida à farmácia, dentro de aproximadamente um mês.
Aos 38 anos, Maria João Deus é uma jornalista freelance desempregada. Em 2012 descobriu que tinha cancro. Passou por um cirurgia que lhe retirou a mama esquerda. Fez radioterapia, quimioterapia e um ano de tratamento injetável. (DN/Lisboa de hoje)
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