Adeus a Paco de Lucía, o “andaluz universal”
O artista não resistiu a um ataque cardíaco, aos 66 anos. Revolucionário da guitarra, fica na história da música espanhola. Era filho de uma portuguesa de Castro Marim
O músico morreu ontem no México, vítima de um ataque cardíaco
“Falhou o coração a Paco de Lucía, a ele, que tanta vezes encolheu o nosso quando o ouvimos tocar a sua guitarra e nos sentimos aéreos”, escreveu Pilar del Río, jornalista espanhola e viúva de José Saramago, no Twitter, sobre o guitarrista de 66 anos, seu compatriota, que morreu ontem, no México, vítima de paragem cardíaca.
Ao lamento de Pilar del Río juntou- se o de muitas outras figuras de Espanha, da música à literatura, do toureio ao futebol. “Foi- se um dos grandes”, disse Iker Casillas, guarda- redes do Real Madrid e da seleção espanhola, também via Twitter. A família real enviou as suas condolências à família de Paco de Lucía, Prémio das Astúrias das Artes, em 2004.
A notícia apanhou o país de surpresa. Paco de Lucía estava com os netos numa praia de Cancún, onde t i nha uma casa e passava l ongas t emporadas, quando se sentiu indisposto, contou um amigo do músico, Victoriano Mera. Morreu a caminho do hospital. Enfarte do miocárdio é a causa apontada para a morte. Onde faltam as explicações sobra o lugar- comum. Foi- se o homem, fica a obra. Vale por ser verdade.
Mestre do flamenco, fica para a história como um dos nomes que revolucionaram o género. “A sua associação com Camarón de la Isla, a dupla de amigos dos tablaos que naqueles anos 70 dava os últimos suspiros, chegaria para figurar nas enciclopédias da arte popular, mas havia muito mais”, escrevia ontem o jornal El País. Referia- se às muitas colaborações com artistas de outros géneros. Jazz, bossa nova, música árabe, salsa, blues ou rock ( tocou com Steve Vai), mas também das novidades que introduziu no flamenco e que o levou a outras parcerias ( com Al di Meola e John McLaughlin, por exemplo), calando aqueles que nos anos 70 o acusaram de abastardar o cante j ondo. Com a r umba Entre dos Aguas, de 1973, chegou aos tops de vendas, confirmado na década seguinte com Solo Quiero Caminar.
Francisco Sanchez Gómez no bilhete de identidade, de Lucía em homenagem à mãe, portuguesa de Castro Marim, nascido a 21 de dezembro de 1947, em Algeciras, era um “andaluz universal” ( palavras da presidente da câmara da cidade), e o mais novo de cinco irmãos. O pai, António, também era guitarrista ( amador) de flamenco. Paco começou a subir aos palcos com 12 anos. Com dois dos irmãos formou o gr upo Los Chiquitos. Os palcos, de Espanha e do mundo, tornam- se a sua casa.
“À noite foi- nos o pai, o irmão, tio, amigo e foi- nos o génio de Paco de Lucía. Não há consolo para os que o amamos e conhecemos mas sabemos que para os que o amam sem o conhecer tão- pouco”, disse a família, num comunicado.
Inquieto por natureza, viveu em Palma de Maiorca, altura em que temporariamente se afastou dos palcos e da guitarra, depois de ter passado temporadas no México, em Toledo e Cuba. Tocou em Portugal em diversas ocasiões, a última em 2004. Um ano depois, a última entre nós, tocou em Castro Marim, a terra da mãe. (fonte DN/Lisboa)
“Falhou o coração a Paco de Lucía, a ele, que tanta vezes encolheu o nosso quando o ouvimos tocar a sua guitarra e nos sentimos aéreos”, escreveu Pilar del Río, jornalista espanhola e viúva de José Saramago, no Twitter, sobre o guitarrista de 66 anos, seu compatriota, que morreu ontem, no México, vítima de paragem cardíaca.
Ao lamento de Pilar del Río juntou- se o de muitas outras figuras de Espanha, da música à literatura, do toureio ao futebol. “Foi- se um dos grandes”, disse Iker Casillas, guarda- redes do Real Madrid e da seleção espanhola, também via Twitter. A família real enviou as suas condolências à família de Paco de Lucía, Prémio das Astúrias das Artes, em 2004.
A notícia apanhou o país de surpresa. Paco de Lucía estava com os netos numa praia de Cancún, onde t i nha uma casa e passava l ongas t emporadas, quando se sentiu indisposto, contou um amigo do músico, Victoriano Mera. Morreu a caminho do hospital. Enfarte do miocárdio é a causa apontada para a morte. Onde faltam as explicações sobra o lugar- comum. Foi- se o homem, fica a obra. Vale por ser verdade.
Mestre do flamenco, fica para a história como um dos nomes que revolucionaram o género. “A sua associação com Camarón de la Isla, a dupla de amigos dos tablaos que naqueles anos 70 dava os últimos suspiros, chegaria para figurar nas enciclopédias da arte popular, mas havia muito mais”, escrevia ontem o jornal El País. Referia- se às muitas colaborações com artistas de outros géneros. Jazz, bossa nova, música árabe, salsa, blues ou rock ( tocou com Steve Vai), mas também das novidades que introduziu no flamenco e que o levou a outras parcerias ( com Al di Meola e John McLaughlin, por exemplo), calando aqueles que nos anos 70 o acusaram de abastardar o cante j ondo. Com a r umba Entre dos Aguas, de 1973, chegou aos tops de vendas, confirmado na década seguinte com Solo Quiero Caminar.
Francisco Sanchez Gómez no bilhete de identidade, de Lucía em homenagem à mãe, portuguesa de Castro Marim, nascido a 21 de dezembro de 1947, em Algeciras, era um “andaluz universal” ( palavras da presidente da câmara da cidade), e o mais novo de cinco irmãos. O pai, António, também era guitarrista ( amador) de flamenco. Paco começou a subir aos palcos com 12 anos. Com dois dos irmãos formou o gr upo Los Chiquitos. Os palcos, de Espanha e do mundo, tornam- se a sua casa.
“À noite foi- nos o pai, o irmão, tio, amigo e foi- nos o génio de Paco de Lucía. Não há consolo para os que o amamos e conhecemos mas sabemos que para os que o amam sem o conhecer tão- pouco”, disse a família, num comunicado.
Inquieto por natureza, viveu em Palma de Maiorca, altura em que temporariamente se afastou dos palcos e da guitarra, depois de ter passado temporadas no México, em Toledo e Cuba. Tocou em Portugal em diversas ocasiões, a última em 2004. Um ano depois, a última entre nós, tocou em Castro Marim, a terra da mãe. (fonte DN/Lisboa)
Ao lamento de Pilar del Río juntou- se o de muitas outras figuras de Espanha, da música à literatura, do toureio ao futebol. “Foi- se um dos grandes”, disse Iker Casillas, guarda- redes do Real Madrid e da seleção espanhola, também via Twitter. A família real enviou as suas condolências à família de Paco de Lucía, Prémio das Astúrias das Artes, em 2004.
A notícia apanhou o país de surpresa. Paco de Lucía estava com os netos numa praia de Cancún, onde t i nha uma casa e passava l ongas t emporadas, quando se sentiu indisposto, contou um amigo do músico, Victoriano Mera. Morreu a caminho do hospital. Enfarte do miocárdio é a causa apontada para a morte. Onde faltam as explicações sobra o lugar- comum. Foi- se o homem, fica a obra. Vale por ser verdade.
Mestre do flamenco, fica para a história como um dos nomes que revolucionaram o género. “A sua associação com Camarón de la Isla, a dupla de amigos dos tablaos que naqueles anos 70 dava os últimos suspiros, chegaria para figurar nas enciclopédias da arte popular, mas havia muito mais”, escrevia ontem o jornal El País. Referia- se às muitas colaborações com artistas de outros géneros. Jazz, bossa nova, música árabe, salsa, blues ou rock ( tocou com Steve Vai), mas também das novidades que introduziu no flamenco e que o levou a outras parcerias ( com Al di Meola e John McLaughlin, por exemplo), calando aqueles que nos anos 70 o acusaram de abastardar o cante j ondo. Com a r umba Entre dos Aguas, de 1973, chegou aos tops de vendas, confirmado na década seguinte com Solo Quiero Caminar.
Francisco Sanchez Gómez no bilhete de identidade, de Lucía em homenagem à mãe, portuguesa de Castro Marim, nascido a 21 de dezembro de 1947, em Algeciras, era um “andaluz universal” ( palavras da presidente da câmara da cidade), e o mais novo de cinco irmãos. O pai, António, também era guitarrista ( amador) de flamenco. Paco começou a subir aos palcos com 12 anos. Com dois dos irmãos formou o gr upo Los Chiquitos. Os palcos, de Espanha e do mundo, tornam- se a sua casa.
“À noite foi- nos o pai, o irmão, tio, amigo e foi- nos o génio de Paco de Lucía. Não há consolo para os que o amamos e conhecemos mas sabemos que para os que o amam sem o conhecer tão- pouco”, disse a família, num comunicado.
Inquieto por natureza, viveu em Palma de Maiorca, altura em que temporariamente se afastou dos palcos e da guitarra, depois de ter passado temporadas no México, em Toledo e Cuba. Tocou em Portugal em diversas ocasiões, a última em 2004. Um ano depois, a última entre nós, tocou em Castro Marim, a terra da mãe. (fonte DN/Lisboa)
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