segunda-feira, 11 de abril de 2016

Empresas dos grandes empresários madeirenses a fugirem aos impostos acedendo aos "paraísos fiscais".

Um mau arranque de ano no registo de empresas

No primeiro trimestre fecharam 225 empresas e abriram 206


1. O futebolista brasileiro Adriano (Barcelona) encerrou em Março a empresa que tinha na Zona Franca, a ‘Chacun à Sa Place’.



 2. O gestor madeirense Carlos Batista fundou em Janeiro uma empresa (‘Tomorrow Star’) para o negócio da aquicultura na Calheta.
 3. Em Fevereiro, Luís Miguel Sousa fundiu a editora do antigo Notícias da Madeira na ‘Deltasanto’ e também constituiu uma nova sociedade (Esboço Binário).
4. David Caldeira fundou uma sociedade gestora de participações em Fevereiro.

5. Ao abrir a ‘Tomorrow’s Champions’ em Março, o ex-adjunto do anterior presidente do Governo André Freitas fez a sua estreia no mundo dos negócios. Tem como sócio o ex-secretário de AJJ Brazão de Castro

Nos primeiros três meses deste ano, a Madeira perdeu 225 empresas e ganhou 206 novas sociedades. O saldo global é negativo, ao contrário do que tinha acontecido nos períodos homólogos dos três anos anteriores.
De facto, não são famosos os indicadores dos registos comerciais no primeiro trimestre. Há mais empresas dissolvidas e menos empresas criadas do que no mesmo período de 2013, 2014 e 2015. A explicação para esta tendência reside sobretudo numa ‘limpeza’ de empresas verificada na Zona Franca da Madeira. Quase metade das empresas perdidas (98) saíram deste sector. Dezenas destas empresas da Zona Franca tinham sido criadas em Maio do ano passado por uma sociedade de ‘management’ e foram dissolvidas em Janeiro deste ano. Provavelmente, a dita ‘management’ terá chegado à conclusão que as expectativas de negócio não justificavam a manutenção de tantas empresas em carteira.
Excluindo os ramos de negócio mais ligados à Zona Franca, é no sector dos restaurantes, bares e pastelarias que se verificou um maior número de encerramento de empresas: 22. Construção de edifícios (19), comércio a retalho (17), transporte ocasional/táxis (10) e imobiliário (9) são outros sectores que perderam muitas empresas.
Nove fugiram para o estrangeiro
O Funchal lidera naturalmente a lista concelhia de dissoluções. Perdeu 150 empresas no primeiro trimestre. Seguem-se: Santa Cruz (23), Câmara de Lobos (22), Machico (12), Calheta (6), Ribeira Brava (5), Porto Santo (3), São Vicente (2), Santana (1) e Ponta do Sol (1).
A larga maioria das empresas abatidas ao registo comercial neste período foi dissolvida por decisão dos seus sócios e uma pequena parcela por encerramento oficioso das autoridades administrativas, isto quando não têm actividade há vários anos.
Contudo, houve ainda nove empresas que transferiram a sua sede para o estrangeiro - cinco para o Luxemburgo, uma para Malta, uma para Chipre, uma para Itália e uma para a Austrália.
Também houve oito sociedades que saíram do mercado porque foram incorporadas noutras empresas, em processos de fusão. Neste capítulo destaque para a integração de três sociedades na empresa-mãe do grupo de panificação Insular. (dn-assinantes)

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