terça-feira, 19 de novembro de 2019

José Mário Branco - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Morreu um dos grandes homens da Revolução de Abril de 1974


Morreu José Mário Branco, um dos nomes maiores da canção portuguesa

“É enorme. É um dos artistas mais importantes da música portuguesa do século XX e do século XXI”, diz Camané ao PÚBLICO. “Um homem da revolução”, recorda José Fanha. O músico tinha 77 anos.
Morreu José Mário Branco, um dos nomes maiores da canção portuguesa, confirmou ao PÚBLICO a sua editora Warner Portugal e o seu manager, Paulo Salgado. José Mário Branco tinha 77 anos e morreu durante a noite de segunda para terça-feira após um acidente vascular cerebral (AVC). O seu percurso tocou desde a música de intervenção e a canção de Abril até ao fado. “É enorme. É um dos artistas mais importantes da música portuguesa do século XX e do século XXI”, disse ao PÚBLICO o músico Camané, que José Mário Branco produziu. 
José Mário Monteiro Guedes Branco nasceu no Porto em 1942 e estudou História nas Universidades de Coimbra e do Porto, curso que nunca terminaria. Filho de professores, foi militante do Partido Comunista Português (PCP) e a ditadura obrigá-lo-ia a exilar-se em França, para onde viajou em 1963. Só voltaria a Portugal em 1974. É autor do emblemático álbum Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades (1971), de Margem de Certa Maneira (1973), A Mãe (1978), do duplo Ser solidário (1982), A Noite (1985), Correspondências (1990) ou Resistir é Vencer (2004).

A música de Jean Sommer feita no Maio de 1968 inspirou José Mário Branco

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