Mais papistas que o papa
«Quando eu penso que já
mais nada me surpreende
na política eis que o PS/
Madeira desencadeia
uma caça às bruxas aos
partidos, numa tentativa desenfreada
de impugnação às várias candidaturas
nas eleições autárquicas. O golpe mais
mesquinho que assisti em todo o meu
percurso político, para eliminar outras
forças políticas. Afinal isto de querer
ganhar fora de campo, não é só no
futebol. Também na política há quem
queira ganhar na secretaria aquilo que
não conseguem alcançar dentro do
campo. Uma vergonha irremediável para
um partido que se arroga democrático.
Mário Soares, deve estar a dar voltas no
túmulo por ter visto o PS/Madeira a tentar
impedir outros partidos de concorrer a
um ato eleitoral. Algo nunca antes visto!
Foram piores que o Tribunal da Santa
Inquisição. Nem o mais pequeno e insignificante pormenor escapou, creio que
até as virgulas fiscalizaram, na ânsia de
inviabilizar listas. Da esquerda à direita
ninguém ficou a salvo. Passaram a pente
as listas dos partidos em todos os concelhos da Madeira, a fim de encontrar
alguma irregularidade processual e com
isso eliminar administrativamente, outras
candidaturas eleitorais. E quando isso não
foi suficiente até alegaram ilegibilidades
que nem existiam. Nem sequer o Tribunal se dignou a tamanho papel. É preciso
ser “mais papista que o papa” para tentar
inviabilizar uma candidatura por esta via.
Porque acreditem, se há processo penoso é o trabalho burocrático das eleições
autárquicas. Reunir centenas de candidatos, preencher declarações de candidatura, pedir certidões de eleitor, organizar
e fazer listas de acordo com o exigido na
lei é um bico de obra. Sobretudo, quando os recursos humanos são escassos. A
coisa é pior que o caminho do calvário.
Testo o meu nível de “fanatismo” à política durante o período de preparação das
candidaturas às eleições autárquicas. É
um trabalho extremamente moroso, feito
à moda antiga, tudo ainda em papel. Nada
está informatizado é uma verdadeira dor
de cabeça. Não é por acaso que o sistema
não foi modernizado, nem simplificado, há uma intenção clara em dificultar o processo, para impedir a participação
democrática. A lei ao exigir certidões de
eleitor que são exclusivamente emitidas
pelas juntas de freguesia acaba por dar
uma arma poderosíssima aos caciques do
poder local. O controle que os presidentes
de junta fazem aos candidatos das várias
forças políticas e a quantidade de pessoas
que desistem de ser candidatos, porque
são abordados ou questionados pelo presidente da junta de freguesia é impressionante e revela bem o nível de amadurecimento da nossa democracia.O sistema está feito, exatamente, para beneficiar os partidos grandes. Estes
possuem batalhões de funcionários pagos
para tratar das mil e uma exigências que
a lei requer. Um partido emergente, sem
funcionários pagos, onde todo o trabalho é feito a título voluntário é necessário
muita amor à camisola para formalizar
uma candidatura.
Tentar impugnar uma lista, só porque
falta 2% ou 3% para cumprir com a Lei da
Paridade, quando todos nós sabemos que
a margem de erro e de lapsos involuntários é grande num processo tão trabalhoso e manual é simplesmente maldoso. Felizmente, as intenções do PS foram
derrotadas e as listas acabaram aprovadas. Agora os leitores que façam o seu
próprio juízo de valor. Um Partido que
usa os recursos que dispõe não para servir o interesse público, mas para arranjar
formas de sabotar as outras forças políticas, o que tem para oferecer ao nosso
povo?» fonte:JM
Raquel está a fazer uma grande campanha política a atacar o seu amigo Gouveia e o seu inimigo de estimação Calado.
ResponderEliminarVai ter o melhor resultado de sempre no Funchal.
Desta vez Raquel Coelho não precisou de espalhar cartazes pela cidade. É uma donzela conhecida em toda a cidade do Funchal.
O estratega da candidatura da Raquel é o seu pai.
O quartel general da candidatura da Raquel fica em Santa Cruz.
Se a Raquel for a próxima presidente da Câmara Municipal do Funchal o Ptp vai renascer das cinzas.