sexta-feira, 4 de julho de 2025

Viva Rubina Berardo uma moça com bastante Juizo

Rubina Berardo desvincula-se do PSD por este alinhar com a extrema-direita; critica também Eduardo Jesus

 Rubina Berardo decidiu desvincular-se do Partido Social Democrata, por considerar que esta estrutura partidária “está disposta a pactuar com a extrema-direita”, afastando-se, no seu entender, da sua matriz ideológica.

 A ideia foi expressa pela ex-deputada pela Madeira na Assembleia da República, num artigo publicado esta quinta-feira no jornal “Expresso”.

 O PSD “para sobreviver à dura aritmética parlamentar”, está disposto a “cavalgar populismos” e apoiar extremistas, acusou.

 Nascida em 1982, Rubina Berardo trabalhou como funcionária pública no Governo Regional da Madeira, na Direcção Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa, antes de ser parlamentar na A. R. na XIII Legislatura.

 “É impossível permanecer militante de um partido que baseou toda uma campanha para as eleições legislativas na fabricação de uma dicotomia entre fazedores versus bloqueadores, questionando as mais básicas exigências de maior transparência no exercício de cargos públicos. Recusar documentação sob o pretexto de “deixar os políticos trabalhar”, vilipendiar atos eleitorais e o normal funcionamento da democracia – isso é um filme que já se assistiu noutras latitudes, mas não se esperava de uma estrutura nacional”, escreve Rubina Berardo no “Expresso”, entre outras críticas.

 “É impossível fechar os olhos às ausências de pluralismo, de respeito democrático e de tolerância especialmente numa região de Portugal: a Madeira. Em 2015, o PSD prometeu reformar o sistema político regional, criar diálogo e abertura democrática depois do longo período de “pensamento único” do anterior líder regional. No entanto, passados dez anos, constatamos uma confrangedora persistência da intolerância: desde a forma como foram saneados apoiantes de listas concorrentes internas, até o mais recente episódio de profundo e abjeto desrespeito pela casa da Democracia Regional por parte de um governante do governo regional, oficialmente tolerado e justificado”, refere ainda, numa alusão ao caso de Eduardo Jesus, que tanta polémica causou. (funchal notícias)

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