Ferro Rodrigues
Doc.1 Tires, 18 de Maio de 2017
(carta protocolada pelo E.P. de Tires)
Ao Ex.mo Sr. Ferro Rodrigues
actual Presidente da Assembleia da República
Palácio de S. Bento
1249-068 Lisboa
Assunto: Amnistia/perdão solicitado pelo Papa Francisco, na sequência da sua visita a Fátima, nos dias 12 e 13 de Maio de 2017.
1º- No E.P. de Tires, o padre que semanalmente nos visita, garantiu-nos que o Papa Francisco, entregou a António Costa um pedido de amnistia. Perdão para os presos em Portugal. Que agora dizem estar dependente da aprovação da Assembleia da República.
2º- Estranho o facto de até hoje nada me terem dito, e feito nesse sentido. Sei que este Papa tem visitado outros países, e o seu pedido tem sido aceite, como é o caso do Brasil.
3º- Eu, estou presa ilicitamente, por ter denunciado corrupção do Governo PS, em 1996, com cobertura do poder político e judicial.Conforme petição pública nº 204/XII/2ª "Solicitar a revogação da pena de prisão aplicada a Maria de Lurdes Lopes Rodrigues". E pedido de indulto, entregue a Marcelo Rebêlo de Sousa, registo nº RT 018112033PT de 28.11.2016
4º.- Venho assim solicitar resposta por escrito, se efectivamente esta amnistia pedida pelo Papa Francisco, se encontra para aprovação da Assembleia da República.
5º- Tenho quatro familiares dependentes de mim. Um deles , Nelson Lopes, pode morrer por falta dos meus cuidados. Sendo esta prisão ilícita, estão a destruir a minha família.
6º- Pelo que reitero urgentemente resposta por escrito para quando a votação e aprovação da da Amnistia solicitada pelo papa Francisco, na Assembleia da República Portuguesa.
R.E.D.
(assinatura)
Maria de Lurdes Lopes Rodrigues
presa nº4/17505, pav. 2E.P. de Tires
Av. Amália Rodrigues-Tires
2785-636 São Domingos de Rana
Acho louvável a insistência de Maria de Lurdes em exigir a sua libertação, mas contar com uma amnistia da parte dum Ferro Rodrigues, dum Rebelo de Sousa filho, mesmo sendo a pedido do Francisco, parece-me chover no molhado. Eles querem lá saber de quem está preso, se não for da sua cor política ou afins. Acaso a Catarina dos berloques, ou o Jerónimo do dito partido comunista português. O que há por agora fazer é inundar o sítio da presidência da A.R. até cheirar a alho, e manifestações frente à assembleia.
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