Coelho não aceita ser defendido
por um advogado do PSD-M
Coelho está ciente de que o querem ver preso, uma vez que seria impossível pagar as fortunas a que já foi sentenciado.
O ex-líder do PTP assume não ter confiança no defensor oficioso nomeado pelo tribunal porque vários dos assistentes do megaprocesso em que é arguido são figuras ligadas ao Laranjal como ele, o advogado. Por isso pede a intervenção da Ordem
José Manuel Coelho pede à Ordem que retire o patrocínio ao advogado oficioso que o Tribunal destacou para o defender no julgamento de um megaprocesso a correr no Edifício 2000. O dirigente do PTP assume não ter confiança no advogado indicado, por se tratar de um elemento da JSD-M, Alexandre Carvalho, também deputado municipal no Funchal pelo seu partido - quando muitos dos 9 assistentes contra o próprio Coelho são figuras social-democratas conhecidas.
A situação estalou no dia 25 de Fevereiro, data marcada para o colectivo de juízes dar início ao julgamento dos vários processos movidos a Coelho condensados num só. Segundo o visado nas diligências, o Tribunal da Comarca da Madeira, presidido pelo Juiz Desembargador Paulo Barreto, insistiu na validade do advogado oficioso e o processo n.º 854/10.2TAFUN arrancou mesmo.
José Manuel Coelho queixa-se de ter sido chumbada a sua pretensão de contratar um causídico da sua confiança. Protesta também contra o facto de o megaprocesso, que consta de "30 grossos volumes", incluir participações que já prescreveram, porque apresentadas em 2011.
No requerimento ora levado à Ordem dos Advogados, Coelho denuncia que, apesar daquela prescrição, o colectivo de juízes insiste em continuar o julgamento, ainda por cima com um defensor oficioso imposto ao arguido. O antigo candidato à Presidência da República afirma no texto entregue à Ordem ter recusado publicamente a nomeação do referido advogado por achar que ele nunca iria prejudicar assistentes que são seus companheiros de partido, como por exemplo Rocha da Silva e António Candelária, e além disso não ter experiência para 'pegar' de repente num processo com 30 grossos volumes.
"Contra a minha vontade, o julgamento arrancou sem o advogado sequer pedir dias para analisar o volumoso processo", denuncia Coelho à Ordem. Acrescentando que, pelo que viu no primeiro dia, o advogado vai continuar "mudo e calado", apenas com o objectivo de "ganhar os 500 euros" pela diligência "sem mexer uma palha em meu favor".
Perante a situação, o que José Manuel Coelho pretende é que lhe seja concedido tempo suficiente para contratar um defensor da sua "inteira confiança". Na prática, o protesto visa conseguir da Ordem a retirada imediata do patrocínio do advogado em questão, no caso.
Além dos processos desencadeados por figuras do PSD, consta do megaprocesso em julgamento uma queixa da agente de execução Maria João Marques contra Coelho, processo que se arrasta há um par de anos. Contas feitas, só neste caso a queixosa já é credora de cerca de 2 milhões de euros, atendendo a que os tribunais decidiram penalizar José Manuel Coelho com mil euros diários enquanto houver conteúdos nas redes, da responsabilidade do arguido, considerados ofensivos para a mesma Maria João Marques.
Para pagar uma verba de tal envergadura, José Manuel Coelho teria de se candidatar novamente a Belém, ganhar as eleições e mudar a Constituição para lá ficar uma dúzia de mandatos, contando com frequentes aumentos no vencimento. (Fénix do Atlântico)
Oh Coelho, porque não contratas tu um advogado quando sabes da existência desse processo ao tempo?
ResponderEliminarO Norberto cansou-se de ti ou já não lhe pagas?
Porque razão tem de ser dinheiro dos nossos impostos a pagar a tua defesa?