sexta-feira, 22 de março de 2019

O que há de comum nestes três cavalheiros?

 Todos eles denunciaram  negócios manhosos entre a classe política e a alta burguesia corrupta. Tanto na Madeira como no continente. O resultado acabou em perseguição judicial. Condenações multas e indemnizações aos corruptos. A justiça fascista e reacionária no seu melhor!



Delatores sem vergonha
ou heróis da denúncia?



O repatriamento de Rui Pinto foi o assunto desta quinta-feira e na ordem do dia irá continuar. Os debates nas televisões passaram horas a tentar dissecar o comportamento do homem: se não passa de um bufo que além de se apropriar ilegalmente de milhões de informações ousou extorquir dinheiro a eventuais prevaricadores; ou se afinal é um denunciador importante que pode ajudar a fazer justiça nos casos escabrosos que têm marcado o futebol, nomeadamente o português.


Na Madeira, esta questão pôs-se também nas últimas horas. José Manuel Coelho do PTP está a ser julgado pelo facto de divulgar informações sobre pessoas com responsabilidades públicas. Coelho diz que não pode reter as informações de que dispõe, por consubstanciarem matéria de interesse público. Os acusados pelas denúncias de Coelho queixam-se de flagrante difamação.
Quem tem razão?

Estoirou também o caso de Rafael Macedo, figura central de um badalado caso que o levou ao parlamento para responder no papel de coordenador da medicina nuclear do Sesaram. O médico não só reiterou as acusações ao sistema de Saúde que formulou inicialmente num programa da TVI como, desta vez, perante os deputados, lançou culpas a outros médicos, com nomes e tudo, atribuindo-lhes responsabilidades em algumas mortes registadas no hospital.
As respostas de Rafael Macedo no interrogatório parlamentar abalaram a Madeira. Cabe perguntar: estamos perante uma situação de ataques incisivos ao sistema e a profissionais da Saúde ou devemos interpretar o problema como calúnia gratuita que merece pesado castigo?

O regresso de Rui Pinto veio acirrar ainda mais esta temática. Ontem ouvi jornalistas, comentadores desportivos, inspectores da Judiciária e outros quadros a condenar, maioritariamente, a cruzada do homem de 30 anos acusado de pirataria na internet. Em resumo, critica-se a invasão da vida íntima de pessoas e instituições, o que abriria um precedente grave em termos do direito à privacidade do cidadão.
Francamente, não sou capaz de formular uma ideia sobre o assunto que me deixe bem relacionado com a minha consciência. Mas não me abstenho de deixar um recado: se as polícias e os tribunais fizessem o seu trabalho no campo da investigação, ninguém precisava das denúncias trazidas por quem não é pago para isso. 
Isto não é uma denúncia leaks, é uma constatação. (fénix) 

3 comentários:

  1. Uma coisa têm em comum. São três patetas.

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  2. Este Rafael vai roubar o lugar da tua filhota. Escreve isto!

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  3. Coelho pra proxima tem de ficar sem roupa pra a fernandinha da assembleia desmaiar.

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