terça-feira, 9 de março de 2021

Entretanto os juízes fascistóides preparam-se para aniquilar o "guardião" do rio Tejo, Arlindo Marques

 «Espero não ser condenado, pois que mal fiz eu?

Mas ás vezes os pequenos é que são condenados, e quem diz as verdades também. Só uma rectificação o julgamento passou para dia 06 Maio 2021 ás 09:45 horas no Tribunal fascista de Torres Novas., e em caso de adiamento para dia 12 Maio 2021 ás 15:00 horas.»

Arlindo Marques vai responder em tribunal por difamação e calúnia

O “Guardião do Tejo” volta a tribunal a 11 de Março. Em causa está um processo de difamação movido por Pedro Gameiro, dono da empresa Fabrioleo.

Arlindo Consolado Marques começa a responder em tribunal a 11 de Março num processo de “difamação com publicidade e calúnia” movido por Pedro Gameiro, dono da polémica empresa Fabrioleo.

Depois de arquivado o processo interposto por Arlindo Marques a Pedro Gameiro, em que o primeiro acusava o segundo de agressões e de tentativa de homicídio - respeitante ao abalroamento do seu carro, quando o seu filho menor estava no interior da viatura -, o dono da Fabrioleo decidiu processar o ambientalista por difamação com publicidade e calúnia, exigindo-lhe uma indemnização de oito mil euros (cinco mil para Pedro Gameiro e três mil para o pai, António Gameiro).

No processo de acusação, a que O MIRANTE teve acesso, pode ler-se que “os demandantes [Pedro e António Gameiro] desenvolveram sentimentos de profunda angústia, ansiedade, tristeza e revolta, em função da falsidade e falta de fundamento das imputações que lhe foram feitas pelo demandado [Arlindo Marques]”, publicadas na página de Facebook de Arlindo, seguida por cerca de 30 mil pessoas.

Na sua página pessoal, Arlindo Marques afirmou que a 25 de Julho de 2016 foi agredido violentamente por Pedro Gameiro, acusando-o ainda de perseguição pessoal e de tentativa de homicídio por ter denunciado a poluição na ribeira da Boa Água que, no seu entendimento, se devia à actividade fabril levada a cabo por aquela empresa de Torres Novas.

Esta e outras publicações de Arlindo Marques sustentam a acusação particular interposta por Pedro Gameiro. Uma acusação que o Ministério Público fez já saber não acompanhar por considerar não haver indícios suficientes da prática pelo arguido Arlindo Marques dos factos denunciados.

Foi também a “falta de preenchimento dos elementos objectivos do tipo do crime de ameaça” que conduziu ao arquivamento do processo movido por Arlindo contra Pedro Gameiro, em 2016. (o MIRANTE)

Ambientalista e filho atacados violentamente em Torres Novas

Ativista ambientalista atacado pelo dono e pelo filho do dono da fábrica Fabrióleo enquanto filmava uma descarga de poluentes. O carro, estacionado, onde se encontrava o filho de 10 anos do ativista, foi violentamente abalroado.

 Esta segunda feira de manhã, na estrada que liga Torres Novas a Meia Via, no Distrito de Santarém, Arlindo Marques e o filho de 10 anos foram vítimas de um ataque violento. Arlindo Marques é activista ambientalista e presidente demissionário da SOS Tejo, conhecido por denunciar a poluição no rio Tejo e seus afluentes.

 "Considero isto uma retaliação grave devido às denúncias que faço dos casos de poluição, foi um ato de puro terrorismo", afirmou o ambientalista ao esquerda.net. Arlindo Marques estava a documentar mais uma grande descarga na Ribeira da Boa Água, quando o dono da empresa Fabrióleo, que vinha num automóvel, o chamou, saiu do carro e agrediu a soco no peito, gritando que não tinha nada que ali estar, nem que publicar os vídeos. Arlindo Marques conseguiu acalmar os ânimos e estavam os dois já a conversar mais calmamente quando  passou uma carrinha Volvo, que parou sete a oito metros mais de onde estavam.

 A carrinha faz marcha atrás em velocidade, até colidir com a traseira, na frente do carro do Arlindo, destruindo-a e arrastando-o para a beira da ribeira. No interior do carro, estava o filho de Arlindo, de 10 dez anos. Nenhum dos envolvidos fica ferido com gravidade e perceberam então que o condutor do Volvo era o filho do dono da empresa da Fabrióleo, que vinha acompanhado de dois trabalhadores da empresa. Arlindo Marques não conhecia anteriormente nenhuma das pessas presentes e o ataque não foi por razões pessoais, mas uma retaliação contra os vídeos que tem feito.

A Ribeira da Boa Água é um afluente do rio Almonda muito sacrificado pelas descargas da empresa Fabrióleo, situada no Carreiro da Areia. A Ribeira corre a cerca de 2 quilómetros de Torres Novas, com a poluição visível através da cor da água e do mau cheiro que dela exala. No final de 2015, a empresa Fabrióleo pediu à Câmara Municipal de Torres Novas o reconhecimento do interesse municipal na regularização do estabelecimento. Tendo em conta o longo historial de descargas poluentes e a desobediência a embargos decretados pela APA e pela Câmara de Torres Novas da Fabrióleo, a Câmara e a Assembleia Municipal de Torres Novas decidiram, por unanimidade, rejeitar o reconhecimento o pedido.

As descargas da empresa são conhecidas desde 2013 quando o Grupo Parlamentar do Bloco exigiu que o governo em funções que atuasse, e este reconheceu a necessidade de fiscalização permanente, para verificar se as licenças estavam a ser cumpridas. Mas pouco ou nada foi feito para alterar a situação. 

O acontecimento, que pôs em perigo a vida de uma criança, além da do próprio ativista, foi imediatamente reportado à polícia e irá avançar para tribunal. Arlindo Marques queixa-se da impunidade com que as empresas responsáveis pelas descargas poluentes continuam a operar. Em baixo estão dois vídeos feitos por Arlindo Marques, sobre o acidente e uma pergunta dos deputados do Bloco Carlos Matias e Jorge Costa, sobre a poluição na ribeira da Boa Água, devido às descargas da Fabrióleo. (ver FONTE)

Sem comentários:

Enviar um comentário