domingo, 17 de março de 2024

YULIA NAVALNAIA viúva de Alexei Navalni escreve importante mensagem diabolizando Putin o ditador de todas as Rússias

 

 Em 16 de fevereiro, um mês antes das “eleições” na Rússia, meu marido, Alexei Navalni, foi assassinado dentro da prisão sob ordem direta de Vladimir Putin. Eu nunca quis ser política, discursar em palanques ou escrever para meios de imprensa.   Mas Putin não me deixou outra alternativa. Portanto, quero lhe contar algumas coisas importantes que Alexei vinha tentando dizer. Para derrotar Putin, ou pelo menos puni-lo seriamente, as pessoas têm de se dar conta de quem ele é. Infelizmente, muitos no Ocidente ainda o consideram um líder legítimo, argumentam sobre sua ideologia e procuram lógica em suas ações. Isso é um erro que gera novos erros e ajuda Putin a enganar seus oponentes. Putin não é um político, é um gângster. Alexei ficou famoso na Rússia e acabou odiado por Putin precisamente porque, desde o início de sua luta, descreveu Putin e seus aliados como gângsteres que tinham tomado o poder e o utilizado para seu próprio enriquecimento e ambições pessoais. Considere Putin como o líder de um grupo mafioso. Você perceberá sua brutalidade, cinismo, propensão à violência, gosto pelo luxo e disposição para mentir e assassinar. Todas as suas falas sobre religião, história, cultura e política podem confundir os ocidentais. Mas, na Rússia, todos sabem que os gângsteres sempre foram afeitos a empunhar grandes cruzes, posar em igrejas e se apresentar como lutadores em nome de uma justiça maior e valores tradicionais, que em seu entendimento se reduzem a um código de conduta implacável de um criminoso profissional. 

LEGITIMIDADE. 

Considere Putin como o líder de um grupo mafioso que você entenderá como puni-lo e apressar seu fim. Status é importante para chefões do crime – tanto dentro de suas gangues quanto no mundo exterior. Putin tomou o poder na Rússia, onde pode se declarar presidente legítimo ou até coroar a si mesmo herdeiro dos czares. Mas por que países democráticos continuam a reconhecer sua autoridade criminosa como legítima? Por que líderes mundiais eleitos colocam-se no mesmo nível de um criminoso que há décadas frauda eleições, mata, aprisiona ou expulsa do país todos os seus críticos e agora lançou uma guerra sangrenta atacando a Ucrânia? Não estou dizendo que rejeitar o resultado da eleição levará à queda de Putin. Mas seria um importante sinal para a sociedade civil e as elites ainda leais a Putin, assim como para o mundo, que a Rússia não seja governada por um presidente reconhecido por todos, mas por uma pessoa abominada e condenada publicamente. Somente então essas pessoas que continuam leais a Putin verão que a única maneira de retornar para uma vida normal é livrar-se dele. Para chefões do crime, dinheiro é crucial. Putin é indiferente ao sofrimento das pessoas comuns. Ele não se importa com a economia russa – contanto que haja dinheiro suficiente para sustentar o Exército, os serviços de segurança e encher seus próprios bolsos e os de seus associados. A única coisa que machuca Putin é a perda de renda. Apesar de ser difícil colocá-lo na mira neste ponto, é possível privar seus asseclas, representantes e tomadores de decisão de ganhos ilegais. Gângsteres privados de sua riqueza abandonam a lealdade ao líder. É por esse motivo que peço a expansão máxima e a imposição cuidadosa de sanções contra todos os políticos proeminentes, em maior ou menor medida, aliados de Putin, dos autodenominados empresários, de servidores civis e de autoridades de segurança. Privar milhares de figuras influentes de seus capitais e bens abrirá caminho para divisões internas – e a para a queda do regime. O extenso apoio à Ucrânia e seu Exército na luta contra a agressão injustificada de Putin tornou-se a escolha moral natural para os países ocidentais. Uma derrota militar de Putin deverá levar seu governo ao colapso. Contudo, há casos na história em que a derrota não ocasiona a queda do ditador. A derrota de Saddam Hussein no Kuwait não pôs fim ao seu governo; Hussein e sua gangue aterrorizaram a população do Iraque e dos países vizinhos por outra década. Para garantir que Putin não sobreviva a outras crises, incluindo as causadas por reveses militares na Ucrânia, é essencial apoiar as forças que continuam a resistir dentro da Rússia. REPRESSÃO. Não acredite que todos na Rússia apoiam Putin e sua guerra. A Rússia está sob uma ditadura cruel. O número de presos políticos é três vezes maior do que durante o período soviético. Direitos humanos estão sendo atropelados, não existe nenhuma liberdade de expressão ou protesto. Mas, mesmo nessas condições difíceis, os russos encontram maneiras de se manifestar contra o regime repressivo. Qualquer oportunidade de expressar descontentamento legalmente torna-se um protesto massivo. Centenas de milhares de pessoas entraram em filas esperando registrar candidaturas de políticos que expressaram visões contrárias à guerra nas eleições. E o funeral do meu marido em Moscou também virou um protesto de vários dias.   Apesar dos esforços das autoridades, milhares de pessoas visitaram seu túmulo e o cobriram de flores. As pessoas sabem que o regime persegue todos que ousam participar – e podem ser punidas depois –, mas apareceram, mesmo assim, em Moscou e por toda a Rússia. A conclamação mais recente do meu marido aos russos foi participar da campanha “Meio-dia contra Putin”. Ele pediu que todos os oponentes apareçam nos postos de votação às 12 horas deste domingo, durante a eleição. O objetivo não é influenciar os resultados, que serão fraudados de qualquer maneira, nem apoiar algum fantoche de Putin que tenha podido concorrer. Alexei queria que esse protesto fosse uma manifestação nacional, enfatizando a ilegitimidade da eleição e a resistência da sociedade civil russa. Conclamo os líderes políticos do Ocidente a ajudar os cidadãos russos que se levantam contra a gangue de Putin. Insisto para que eles finalmente ouçam a voz da Rússia livre e adotem uma posição fundamentada em princípios – que não reconheçam os resultados das eleições fraudadas, não reconheçam Putin como líder legítimo da Rússia. O mundo tem de perceber finalmente que Putin não é quem ele gostaria de ser. Putin é um usurpador, um tirano, um criminoso de guerra – e um assassino. l TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO



12 comentários:

  1. Putin é o carniceiro de Moscovo e da Sibéria onde assassinou o seu maior opositor: E há gajos que ainda veneram um carniceiro e mafioso.

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    1. É o novo Czar de todas as Rússias caro amigo!

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  2. Putin é um defensor da Rússia independente e soberana e não sujeita ao jugo do Império.
    Ficará na história como o herói que impediu que o seu país de ser distribuído aos pedaços pelos empresários dos EUA.
    Assim todos defendessem os seus países!
    Ursulla e companhia fizeram uma lavagem aos cérebros dos países europeus, que não passam de vassalos dos americanos.

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    1. O Coelho tem a cegueira do PCP em relação à Rússia.

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    2. É bem verdade, Sr. Coelho

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    3. Isto não é o Coelho, é o nojento do Venezuelano, ditador implacável, sujo.

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    4. Este gajo não merece o ar que respira.

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    5. Defender os países na base da ditadura? Defender????? Vai dormir, cura a ressaca!

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    6. Das 02.16 ....acha que o mira é mais nojento que o coelho ?
      Olhe que não....olhe que não. !!!!!

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  3. O nojento coelho onde votou no Putin?

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  4. Por mim, podem ser os dois ditadores, comunistas, nunca passarão de imbecis.
    Nem o Putin, os queria para nada.
    Ok, para treinar o tiro ao alvo, talvez!

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