quinta-feira, 30 de junho de 2022

Winston Churchill, monstruosidade imperial

 



 Na Grã-Bretanha de hoje, a figura de Winston Churchill é praticamente deificada. O seu rosto adorna a nota de £ 5, onde olha severamente para os transeuntes, o único primeiro-ministro a ser honrado dessa forma; é um assunto perene para documentários da BBC e cine-biografias de alto orçamento, e até mesmo tem sua própria série de dramas radiofónicos, Doctor Who, onde ele costuma salvar o mundo de uma invasão alienígena. (Sim, na realidade!) Ouvindo o que diz o mainstream cultural, Churchill derrotou quase sozinho a Alemanha nazi com alguns discursos empolgantes, e permaneceu um farol da fortaleza britânica e do “espírito Blitz” ao longo de toda a sua vida pública. É uma imagem inegavelmente atraente, mas no novo livro Winston Churchill: His Times, His Crimes, Tariq Ali argumenta que é também uma cuidadosamente construída falsidade.

Uma das premissas centrais de Ali é que um “Culto de Churchill” se enraizou na sociedade britânica, empolando a memória do seu objecto para além de qualquer racionalidade e bloqueando bem merecidas críticas antes que possam ter início. Não podemos fazer nada melhor para testar esta afirmação do que examinar os escritos de Boris Johnson – o actual primeiro-ministro do Reino Unido e hoje provavelmente o principal acólito do Culto. Quando não está a vomitar insultos homofóbicos ou a dizer ao corpo de bombeiros para “ir bugiar”, Johnson também escreve não-ficção histórica, e no seu livro de 2014 The Churchill Factor: How One Man Made History, vai a extremos francamente embaraçosos para polir a imagem do seu antecessor:
Em todo o mundo - da Europa à Rússia, da África ao Médio Oriente - vemos vestígios da sua mente modeladora. Churchill importa hoje porque salvou a nossa civilização. E o ponto importante é que só ele o poderia ter feito. Ele é a retumbante refutação humana a todos os historiadores marxistas que pensam que a história é a história de vastas e impessoais forças económicas. O que é relevante no Factor Churchill é que um homem pode fazer toda a diferença.
Somos inclinados a lembrar a Johnson que Churchill está também morto e, portanto, imune à bajulação. Mas, apesar de toda a sua extravagância, a sua visão é bastante comum no Reino Unido e na Anglosfera em geral. Tal como os (assim chamados) Pais Americanos Fundadores, Churchill ascendeu a um nível de pura adoração ao herói, e mal é percebido como uma figura política, já para não dizer partidária. Quando os manifestantes em 2020 pintaram com spray as palavras “É UM RACISTA” – uma constatação francamente verdadeira, como veremos – sob a estátua de Churchill na Praça do Parlamento, a imprensa tabloide britânica ficou apoplética e multidões de contra-manifestantes vieram à rua para “ defender” a estátua, como se se tratasse de uma pessoa real. Há a sensação de que qualquer comentário negativo sobre o Grande Herói da Guerra, por mais leve que seja, está para além do que é aceitável.

Mas, como Ali aponta, o status de Churchill como um reverenciado ícone nacional é uma invenção bastante recente. Quando ele estava realmente no poder, o público britânico tinha muito menos paciência com o homem, e aqueles que marchavam sob o seu comando estavam entre os que exprimiam mais alto a sua desaprovação. No auge da Segunda Guerra Mundial, soldados do exército britânico estacionados no Egipto realizaram uma série de debates conhecidos como Parlamento das Forças do Cairo, culminando numa eleição simulada em Fevereiro de 1944 – e quando os seus votos foram contados, Churchill ficou em último. Mais tarde, quando a guerra foi vencida, Churchill viu-se acossado e vaiado por multidões em Walthamstow, que gritavam “We Want Labour!” enquanto o geralmente suave PM se tornava cada vez mais confuso. Finalmente, em 1945, foi eliminado de verdade, menos de dois meses após a rendição alemã que deveria ter sido sua maior conquista. Claramente, os contemporâneos de Churchill – embora muitos certamente o admirassem – viam-no como tudo menos um modelo intocável.

Então, de onde, afinal, vem o “Churchill Cult”? Como tantas outras más ideias, tem as suas raízes em Margaret Thatcher. Nos seus capítulos iniciais, Ali baseia-se na análise de Anthony Barnett, seu antigo colega na New Left Review, que em 1982 argumentou que o governo de Thatcher estava a rufar os tambores do “Churchillismo” para justificar a Guerra das Malvinas:
Todos os símbolos essenciais estavam lá: um povo insular, os mares cruéis, uma derrota britânica, a democracia anglo-saxónica desafiada por um ditador e, finalmente, a postura que rea a quinta essência Churchiliana — estávamos caídos, mas não estávamos arrumados. Os parlamentares de direita, esquerda e centro olharam através das brumas do tempo para as Malvinas e imaginaram-se como o Grande Velho. Eles eram, afinal, seus filhos políticos e também eles colocariam de novo o “Grande” na Grã-Bretanha.

Com este fim, os conservadores britânicos fizeram todo o possível para traçar paralelos entre eles e Churchill: da noite para o dia, as suas reuniões tornaram-se um “Gabinete de Guerra”, e aqueles que queriam ver um acordo diplomático pacífico com a Argentina foram acusados ​​de “apaziguamento”. Da sua parte, Thatcher adquiriu o hábito de se referir a seu antecessor como “Winston”, implicando uma amizade pessoal que efectivamente nunca existiu – uma jogada irónica, já que Churchill era um veemente machista, e afirmava que “apenas a mais indesejável classe de mulheres” queria envolver-se na política. Desta forma, a campanha das Malvinas foi vendida com sucesso ao público britânico, e o “Churchillismo” integrou-se na ortodoxia política do país, onde permanece amplamente inquestionado.

As suposições mais básicas por detrás dessa narrativa são, no entanto, muito questionáveis, e nenhum o é mais do que a ideia de que Churchill era um ferrenho opositor do fascismo. Muito antes de prometer “lutar nas praias”, Churchill expressou uma perturbadora quantidade de simpatia pelo governo fascista da Itália, chamando em 1933 a Mussolini “o maior legislador entre os homens vivos” e elogiando a sua “magnífica coragem e audácia” até tão adiante como 1937 — mais de dez anos após a Marcha sobre Roma e a proibição de todos os partidos da oposição. Um monárquico toda a vida, Churchill ficou pessoalmente indignado com o sucesso da Revolução Russa e acreditava que o fascismo poderia servir como um necessário – embora desagradável – correctivo para a “pestilência” das revoltas dos trabalhadores; como disse a Mussolini: “Se eu fosse italiano, tenho certeza de que teria estado de todo o coração consigo do início ao fim em sua triunfante luta contra os bestiais apetites e paixões do leninismo”. Além disso, abraçou sem questionar muita da retórica antissemita do seu tempo, escrevendo sobre uma “sinistra confederação” de “judeus internacionais” no ensaio “Sionismo versus Bolchevismo”:
Em oposição violenta a toda esta esfera de esforço judaico emergem os esquemas dos judeus internacionais. Os adeptos desta sinistra confederação são na sua maioria homens criados entre as infelizes populações de países onde os judeus são perseguidos por causa da sua raça. A maioria, se não todos, abandonaram a fé dos seus antepassados, e divorciaram das suas mentes todas as esperanças espirituais do outro mundo. Este movimento entre os judeus não é novo. Dos dias de Spartacus-Weishaupt aos de Karl Marx, e até Trotsky (Rússia), Bela Kun (Hungria), Rosa Luxemburgo (Alemanha) e Emma Goldman (Estados Unidos), esta conspiração mundial para o derrube da civilização e pela reconstituição da sociedade com base em desenvolvimento estagnado, em invejosa malevolência e impossível igualdade, tem vindo continuamente a crescer. Ela desempenhou, como uma escritora moderna, a Sra. Webster, tão habilmente demonstrou, um papel definitivamente reconhecível na tragédia da Revolução Francesa. Foi a mola mestra de todos os movimentos subversivos durante o século XIX.

Apresentada sem autoria esta passagem, poderia perdoar-se o leitor médio se pensasse que provinha de Mein Kampf ou dos Protocolos dos Sábios de Sião, em vez de do homem creditado como o maior inimigo de Hitler. De facto, a “capaz” Sra Webster é principalmente conhecida pelas suas contribuições para The Cause of World Unrest, uma colecção de artigos comentando os Protocolos. Era essa, aparentemente, a escolha de material de leitura casual de Churchill!
Quando Churchill fez o seu famoso discurso na Câmara dos Comuns em Maio de 1940, instando o Parlamento a rejeitar as negociações com Hitler e lutar apesar da terrível situação em Dunquerque, não mencionou qualquer discordância fundamental com o fascismo ou o anti-semitismo. Na hora da verdade, não falava de “bestiais apetites” ou “invejosa malevolência”, como quando se referia aos socialistas. Em vez disso, a sua preocupação era simplesmente que “os alemães iriam exigir a nossa frota – isso seria chamado ‘desarmamento’” e que “deveríamos nos tornar um estado escravizado, embora fosse estabelecido sob Mosley ou alguma pessoa assim um governo britânico que seria um fantoche de Hitler.” Por outras palavras, não era realmente uma guerra antifascista que ele queria travar – ele havia defendido “a mais estrita neutralidade” na Guerra Civil Espanhola, apenas cinco anos antes – nem de nenhum modo uma guerra fortemente ideológica. Em vez disso, era simplesmente uma guerra para preservar o estatuto da Grã-Bretanha como superpotência soberana no cenário mundial. Era a noção de um império rival emergindo e superando a Grã-Bretanha que era intolerável – e foi dentro dessa lógica do imperialismo que foram tomadas todas as decisões mais importantes de Churchill, tanto em tempo de guerra como fora dele.

É em relação ao imperialismo, então, que realmente brilha Winston Churchill: His Times, His Crimes. Segundo a estimativa conservadora de Ali, existem hoje disponíveis mais de mil livros sobre Winston Churchill - mas na maioria, a esmagadora maioria da contagem de páginas é dedicada ao papel de Churchill na Segunda Guerra Mundial, enquanto muito menos atenção é dada às suas acções antes e depois dela. À primeira vista, isso pode parecer bastante razoável — afinal, a Segunda Guerra Mundial foi um muito grande acontecimento. Mas, sob outro ângulo, a guerra representa apenas um pedaço de sete anos na carreira de Churchill, que abrangeu pelo menos cinquenta anos e quatro continentes. Concentrar-se tão exclusivamente nesses sete anos comporta uma desconfortável implicação, sugerindo que conflito na Europa é inerentemente importante e interessante, enquanto África, Índia e Oriente Médio o são menos. (Para referência, este é o mesmo eurocentrismo arreigado que nos dá 24 horas por dia, 7 dias por semana, de cobertura da guerra na Ucrânia nos media, e praticamente nenhuma da igualmente horrível guerra no Iémen.) A coisa importante sobre o livro de Ali, mesmo depois de mil sobre o mesmo assunto, é que está principalmente interessado nos anos de Churchill ao serviço do imperialismo britânico, e apenas secundariamente interessado na Segunda Guerra Mundial, invertendo o habitual equilíbrio. É essa mudança de foco que permite que Ali coloque Churchill num contexto histórico mundial mais completo – e comece a tarefa de expor os seus específicos crimes.

Cronologicamente, pelo menos, o ponto de partida é o quarto capítulo de Ali, “The Irish Dimension”. Aqui, aprendemos que Churchill passou uma parte formativa da sua infância - dos três aos sete anos - vivendo em Dublin depois de seu pai, Lord Randolph Churchill, ser nomeado Lorde Tenente do governo de ocupação britânico. Como a maioria dos pais de classe alta de sua geração, Lord Randolph era, na melhor das hipóteses, distante, e o jovem Winston foi deixado semanas a fio ao cuidado de uma enfermeira inglesa chamada Sra. Everest. A partir desta formação, ele aprendeu a doutrina do imperialismo juntamente com o seu ABC, sendo informado de que os irlandeses eram “um povo muito ingrato” por querer a sua independência, e que os rebeldes fenianos eram “pessoas perversas, e não havia limite para o que eles fariam se levassem a sua avante.” Dessa forma, os combatentes da libertação nacional desempenharam para Churchill o mesmo papel que o bicho-papão desempenha para a maioria das crianças – e, correndo o risco de ser levianamente freudiano, esse facto explica muito sobre a sua vida posterior.

Quando adulto, a atitude de Churchill em relação à Irlanda era simples: era propriedade britânica, e qualquer movimento em direcção à independência era traição. Servindo como Secretário de Estado da Guerra em 1919, foi Churchill quem supervisionou o envio dos notórios esquadrões da morte “Black and Tan” para a Irlanda, destinados a esmagar o movimento republicano de uma vez por todas. Composto principalmente por ex-soldados da Primeira Guerra Mundial, os Black and Tans rapidamente se tornaram conhecidos como uma implacável força de ocupação, propensa a aleatoriamente espancar e atirar sobre civis irlandeses. Nas ordens do Coronel Gerald Smyth, podemos ver o tom casualmente assassino da política militar britânica:
Se a ordem ‘Mãos ao ar’ não for imediatamente obedecida, dispare e dispare com efectividade. Se as pessoas que se aproximam de uma patrulha levarem as mãos nos bolsos, ou parecerem de algum modo suspeitas, abata-as a tiro. Pode ocasionalmente cometer erros e podem ser baleadas pessoas inocentes, mas isso não pode ser evitado, e é possível que consiga acertar nos alvos certos algumas vezes. Quanto mais disparar, mais eu vou gostar de si, e garanto-lhe que nenhum policia lhe criará problemas por disparar seja contra quem for.

Por dar esta ordem, Smyth foi assassinado pelo IRA no verão de 1920 — mas Churchill foi a força motriz por trás dele, e cuja aprovação tácita se reflectia nas suas palavras. No Dezembro seguinte, as forças britânicas realizaram a Queima de Cork, incendiando mais de 300 casas e empresas em represália aos ataques do IRA – e disparando sobre os bombeiros quando estes tentaram ajudar. No seu relato, Ali traça uma linha clara entre a intervenção imperial de Churchill e a violência adicional dos Troubles que assolaram a Irlanda nas décadas seguintes, uma lançando as sementes da outra. Hoje, como as consequências do Brexit continuam a desestabilizar as relações entre a Irlanda e o Reino Unido, as consequências podem estar longe de ter terminado.

Esse padrão repete-se na Índia, onde se possível a retórica anti-independência de Churchill foi ainda mais estridente. Ele tinha uma aversão especial pelo Mahatma Gandhi, chamando ao líder indiano “fanático subversivo maligno” e um “advogado sedicioso do Middle Temple, agora posando como faquir de um tipo bem conhecido no oriente”; mesmo expressa nos termos mais não violentos, a ideia de que os indianos pudessem se governar sem supervisão britânica era um anátema para o seu orgulho imperial. Quando Gandhi anunciou em 1942 a greve “Quit India”, suspendendo a cooperação indiana com o esforço de guerra britânico para obter uma garantia de liberdade, Churchill foi expedito em mandar para a prisão toda a liderança do Congresso Nacional Indiano. Então, quando Gandhi fez uma greve de fome de 21 dias em protesto, ele zombou que “se ele morresse ficarámos livres de um homem mau e inimigo do Império”. Mais uma vez, Ali traça a conexão entre a insensibilidade do Churchill adulto e as suas experiências quando jovem. Enviado como soldado em 1897 a patrulhar a fronteira indiana/afegã – uma das muitas linhas puramente arbitrárias traçadas no mapa por diplomatas britânicos –, Churchill achou que os combatentes pashtun que ousaram resistir ao Império estavam “entre as criaturas mais miseráveis ​​e brutais da Terra,” e escreveu longos e lamentosos registos no seu diário, lamentando-se que “na proporção em que estes vales são expurgados dos vermes perniciosos que os infestam, assim aumentará a felicidade da humanidade”. Para olhos modernos, esse sentimento casualmente genocida é horrível – mas formou uma parte central do pensamento de Churchill, e não deveria ter surpreendido ninguém quando mais tarde ele efectivamente supervisionou um genocídio na Índia.

A Fome de Bengala, como Ali aponta, é um assunto delicado para os historiadores ocidentais. Não aparece na história de seis volumes da Segunda Guerra Mundial de Churchill, que se tornou um best-seller internacional, nem na Oxford History of the Twentieth Century; certamente não encontrei menção dela no Churchill Factor de Johnson. E, no entanto, Ali revela que as acções e inacções de Churchill durante a guerra levaram directamente à morte de pelo menos 3 milhões de indianos – um preço que seria considerado imperdoável se fosse cobrado por qualquer outra pessoa, em qualquer outro lugar. Como o falecido Christopher Hitchens no seu subestimado livro The Trial of Henry Kissinger, Ali assume-se como acusador de Churchill e apresenta em ordem meticulosa as provas da sua cumplicidade na Fome, deixando pouco espaço para dúvidas. O resultado é uma convincente acusação histórica que, mesmo que o resto dos capítulos fossem enchimento, justificaria por si só a existência do livro.

Então, o que é que aconteceu exactamente? Em 1942, a região de Bengala tinha 60 milhões de habitantes, a maioria dos quais dependia de arroz e peixe para as suas refeições diárias. Como a primeira parte da Índia a ser colonizada pelos britânicos no século XVIII, estava sob particularmente firme controlo imperial, e “a palavra do administrador britânico era lei” em todos os assuntos, incluindo os da agricultura. A região era também propensa a ciclones severos e outros fenómenos climáticos, e a maioria dos relatos ocidentais culpa-os pela Fome. No entanto, como Ali rapidamente aponta, as colheitas de 1943 foram apenas 5% menores do que as de 1942, apesar de um tsunami que inundou grande parte do Delta do Ganges. “Não foi a falta de comida que matou milhões”, escreve; em vez disso, “sucedeu simplesmente que a comida se tornou inacessível por ordem dos mais altos níveis da burocracia imperial em Delhi, que estavam a cumprir instruções de Londres”.

Ao emitir essas instruções, Churchill priorizou explicitamente a sobrevivência dos europeus sobre a dos indianos, extraindo milhares de toneladas de grãos de Bengala para alimentar os soldados britânicos e ajudar uma fome que ocorria paralelamente na Grécia. Como até o bajulador Churchill Project do Hillsdale College é forçado a admitir, ele disse abertamente que “a fome de bengalis de qualquer modo subnutridos é menos séria do que a de gregos robustos”, uma declaração que dificilmente pode ser lida senão como homicidamente racista. (Considere, aqui, as conotações culturais: os gregos eram associados aos muito fetichizados clássicos que formavam a espinha dorsal da educação da elite britânica, enquanto os indianos ainda eram vistos como as “criaturas miseráveis ​​e brutais” dos dias de Churchill como militar.) Mais tarde, quando parecia que o Japão imperial poderia capturar Bengala, uma segunda motivação foi acrescentada ao cálculo de Churchill, e sua política tornou-se de “negação”, despojando o campo de quaisquer recursos que pudesse fornecer para impedir que os japoneses os usassem. Segundo os números de Ali, 43.000 barcos de pesca foram apreendidos ou destruídos, e mais 123.000 toneladas de arroz foram levadas, deixando pouco ou nada para os bengalis subsistirem. As pessoas foram deslocadas das suas casas, sobrecarregando hospitais enquanto se deslocavam em massa; vendiam tudo o que possuíam por algumas tigelas de comida, tornavam-se presa de agiotas extorsionáros e recorriam ao roubo e até ao canibalismo simplesmente para sobreviver. É impossível imaginar verdadeiramente o inferno que a política britânica desencadeou na Índia Oriental, mas o relato de Ali aproxima o leitor o mais possível – e coloca as montanhas de cadáveres bem à porta de Churchill.

Os números exactos são difíceis de confirmar, mas pelas contas mais conservadoras, pelo menos 3 milhões de pessoas morreram na Fome de Bengala. Segundo o documentarista indiano Satyajit Ray, citado extensivamente por Ali, o número real pode estar mais próximo de 5 milhões, com muitos perecendo em aldeias distantes que nenhum recenseador do governo jamais alcançou. Porquê, então, Churchill não é considerado um monstro assassino da ordem de Stalin, que causou uma fome igualmente letal na Ucrânia? Como podemos castigar um homem, enquanto defendemos o outro como um herói? Infelizmente, a resposta é simplesmente racismo imperial. Ainda hoje, muitos historiadores – consciente ou inconscientemente – consideram as vidas indígenas menos valiosas do que as de nações mais próximas e mais brancas, e os incentivos financeiros da academia e das publicações reflectem esse preconceito. Livros e documentários sobre Churchill, o herói bombástico, vendem; relatos sombrios de fome em massa, bastante menos. Contra essa tendência dominante, o livro de Ali – junto com os de estudiosos bengalis como Janam e Madhusree Mukerjee – é um correctivo vital, embora ainda haja muito trabalho a ser feito.

Poderíamos continuar nessa linha para sempre, abordando atrocidades no Irão, Iraque, Sudão e Palestina, entre outros lugares. O livro de Ali não é exaustivo, mas simplesmente uma soma de momentos-chave; a história completa da violência imperial de Churchill levaria muitos volumes a ser contada, e grande parte dela foi perdida ou deliberadamente apagada. Juntamente com as secções sobre a Índia, um dos capítulos mais fortes do livro é “War Crimes in Kenya”, que ilumina uma parte particularmente bem suprimida da história colonial da Grã-Bretanha. Baseando-se fortemente na investigação da professora de Harvard Caroline Elkins, cujo livro de 2005 Britain’s Gulag expôs pela primeira vez muitos dos incidentes envolvidos, Ali relata como os britânicos construíram um elaborado sistema de apartheid no Quênia, no qual os quenianos indígenas não podiam possuir terras fora de certas “reservas” — que detinham o pior e menos fértil terreno—e não podia votar. Por sua parte, Churchill era um defensor entusiástico desse regime e observou em 1921 que “é absurdo ir dar aos selvagens nus dos Kikuyu e dos Kavirondo direitos eleitorais iguais, embora sejam seres humanos – isso não pode ser feito”. Mais uma vez, a mais branda exigência por parte dos povos indígenas – nem mesmo que os britânicos cessem a ocupação do Quênia, mas apenas que permitam um pingo de liberdade política dentro do seu domínio – obteve apenas inflexível desprezo.

Após décadas deste tratamento, os nacionalistas quenianos lançaram em 1952 o levantamento Mau Mau, logo após Churchill ter finalmente retornado ao poder em Inglaterra. Mal armados em comparação com as tropas britânicas e seus colaboradores, os rebeldes quenianos ainda conseguiram executar uma série de bem-sucedidos ataques de guerrilha em todo o país, matando 32 colonos. Em resposta, o governo de Churchill realizou uma loucamente desproporcionada repressão militar, prendendo mais de 80.000 quenianos suspeitos de simpatizar com o movimento de independência – ou que acontecia serem confundidos com outra pessoa, ou simplesmente que estavam no lugar errado na hora errada. Homens, mulheres e crianças foram levados para “campos de detenção” – na verdade campos de concentração – onde as condições de alimentação e higiene eram atrozes, e espancamentos e torturas eram rotina. (O slogan acima dos portões de Agathi, um local particularmente notório, dizia “Aquele que se ajuda a si próprio será também ajudado” – a uma minúscula distância do nazi Arbeit Macht Frei, numa ironia que aparentemente passou despercebida aos supervisores do campo.) Numa entrevista ao Times de Londres, a viúva de um prisioneiro refere os abusos que ele sofreu às mãos dos seus captores britânicos:
Os guardas africanos eram instruídos pelos soldados brancos a chicoteá-lo todas as manhãs e noites até que confessasse […] Ele disse que por vezes apertavam os seus testículos com hastes metálicas paralelas. Também furaram as suas unhas e nádegas com um alfinete afiado, com suas mãos e pernas amarradas com a cabeça voltada para baixo […] Foi então que percebemos que os britânicos realmente não eram amigos, mas sim inimigos.
E mesmo essa angustiante história poderia ter sido esquecida – se o nome do homem torturado não fosse Hussein Onyango Obama, e o seu neto não fosse o presidente dos Estados Unidos. Embora não fosse ele próprio estranho a crimes de guerra, Barack Obama removeu um grande busto de Churchill do Salão Oval como um de seus primeiros actos no poder – apenas para ser repreendido, com impressionante insensibilidade, por Boris Johnson pelo “desprezo à Grã-Bretanha”. Aparentemente, mesmo o sofrimento de parentes directos não permite qualquer sacrilégio contra a imagem consagrada de Churchill.

Quando falava de seu futuro legado, Winston Churchill tinha uma frase favorita, à qual muitas vezes voltava em formas ligeiramente diferentes. “Considero que se verificará ser muito melhor para todas as partes deixar o passado para a história”, disse, “especialmente porque me proponho escrever eu mesmo essa história”. Em vida, ele fez exactamente isso, publicando centenas de milhares de palavras sobre as suas próprias façanhas; na morte, parece ter tido um sucesso que vai além dos seus sonhos mais loucos, deixando atrás uma pós-imagem cultural que qualquer líder mundial poderia invejar. Os seus momentos de coragem e previsão foram polidos a um esplendor dourado, e a sua história muito mais sombria de imperialismo, supremacia branca e implacável violência foi minimizada – tanto sangue por debaixo da ponte. Mas ao permitir que essa imagem construída permaneça, cometemos uma grave injustiça, tanto para o passado como para o futuro. Quando damos o crédito pela vitória na Segunda Guerra Mundial a um racista, roubamo-lo ao povo trabalhador da Europa, que fez verdadeiramente surpreendentes sacrifícios enquanto Churchill estava sentado em segurança no seu bunker. E quando minimizamos o horror da violência colonial em todo o mundo e permitimos que um de seus principais perpetradores desfrute do estatuto de herói nacional, apenas incentivamos derramamento de sangue futuro. No seu Prefácio, Tariq Ali deixa claro que não apoia o derrube das estátuas de Churchill onde quer que estejam – mas antes uma mais profunda batalha no campo da historiografia, contra um consenso que “parece hegemónico, mas permanece vulnerável”. É este o contexto em que Winston Churchill: His Times, His Crimes é escrito – e no qual, se eu sou de algum modo capaz de ajuizar, tem um sucesso admirável. (diario info)

Acidente do autocarro no Caniço, uma história mal contada? Será?

 


 Circulam conversas entre os motoristas da empresa que são perturbadoras e que põem em causa a tese do inquérito do MP de que o acidente se deveu única e exclusivamente ao mau desempenho do condutor e com as culpas todas sobre o mesmo acusado-o de uma condução desatenta e descuidada e consequentemente culpado por negligência de 29 mortes. Dizem os motoristas que trabalham na empresa à boca pequena que o acidente se deveu ao automatismo da caixa de velocidades que prendeu o  acelerador e que o carro começou a acelerar subitamente desorientando o condutor e causando o acidente.   Segundo a versão deles a SAM tem ainda cinco autocarros a circular com aquela marca e com estas características da possibilidade de "prender" o acelerador. Um dos motoristas da SAM afirma mesmo que lhe sucedeu o mesmo uma vez na praia formosa com um autocarro da empresa. O autocarro prendeu o acelerador começou a andar subitamente numa aceleração desenfreada. Só depois de bater sucessivamente no mecanismo automático, o motorista conseguiu que o sistema voltasse á normalidade. O inquérito à viatura causadora do  acidente foi viciado e não foi conduzido por uma peritagem independente.        Quanto essa peritagem foi realizada já o autocarro acidentado tinha sido todo "mexido" e intervencionado pelos mecânicos da empresa SAM. 

 Em resumo: tudo terá sido feito para ilibar a empresa e culpar unicamente o motorista. Estas conversas circulam de boca em boca entre os motoristas da empresa (já ouvimos as gravações dessas conversas) todos falam a medo não querem dar a cara e tem muito receio de perder o emprego.


quarta-feira, 29 de junho de 2022

Se não fosse a contratação dos advogados no continente o partido JPP já não era poder em Santa Cruz

 


 Com os tribunais e advogados da Madeira, todos feitos com o PSD, Filipe de Sousa, já teria sido engolido e sucessivamente condenado nos tribunais da Comarca da Madeira todos eles ao serviço do poder absoluto e reacionário do PSD e com graves prejuízos para as finanças e a boa gestão financeira da CMSC. Seria obrigado a pagar milhões e milhões de euros aos caciques do PSD que endividaram a câmara com centenas de obras ilegais e com o pagamento de serviços fictícios que nunca se efetuaram na prática. O vereador do regime protesta porque sabe que o gamanço acabou!



terça-feira, 28 de junho de 2022

Ana Gomes julgada por difamação no tribunal nazi-fascista do Porto, após ter denunciado alta corrupção em Portugal

 

 JULGAMENTO: João Pedro Martins, um economista especializado na luta contra a corrupção, chamado a depor ontem no julgamento de Ana Gomes, no Porto, onde a ex-embaixadora responde por crime de difamação relacionado com um tweet onde chamou “escroque” e “criminoso fiscal” a Mário Ferreira, dono de empresas como a Douro Azul, disse ter havido “corrupção” na venda do navio “Atlântida” àquele empresário.
 O antigo presidente da Empordef – a holding do Estado nas indústrias de Defesa – e líder da comissão liquidatária dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, João Pedro Martins, foi perentório ao afirmar ao tribunal que “houve corrupção” no caso do “Atlântida” como noutros negócios da alienação do património dos estaleiros. Sobre o navio, especificamente, falou em “pressões políticas” e corrupção que teriam envolvido a administração dos estaleiros, o júri do concurso, “e a empresa que comprou o barco”
João Pedro Martins. economista e investigador, uma testemunha de peso em favor da ex-eurodeputada Ana Gomes



segunda-feira, 27 de junho de 2022

O dólar é o maior sistema Ponzi-D. Branca da história

 


«No seu tempo De Gaulle já tinha chegado à conclusão que se os dólares que circulavam na Europa regressassem aos Estados Unidos da América não havia ouro no Fort Knox para a sua troca, tal como estabelecido nos acordos de Bretton Woods. Na actualidade se os dólares que circulam no mundo regressassem aos Estados Unidos não haveria nem ouro, nem património, nem bens e serviços que lhes correspondessem.

O dólar está enraizado por decénios de domínio norte-americano e é aceite normalmente nas transacções internacionais o que não significa que não tenha pés de barro.»

 Ler mais em RESISTIR INFO


Carlos Carvalhas, economista

A verdades da condenada não estão longe da realidade. Mas a casta fascista da Justiça não lhe vai dar qualquer hipótese

 « “O Mundo é composto de deficientes e os mais perigosos estão na justiça”. Foi acusada de seis crimes contra o magistrado.» Eles não são deficientes são é nazi-fascistas em primeiríssimo grau.

A presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Fernandes, enquanto vereadora e o seu colega de executivo, Patrício Araújo, com a cobertura do então edil, António Vilela, processaram criminalmente uma munícipe já com 78 por cento de incapacidade psíquica, que até o Ministério e o Tribunal de Braga admitem ser inimputável ou ao menos padecer de imputabilidade diminuída, cujo julgamento foi marcado para a próxima sexta-feira, na sequência de e-mails, considerados difamatórios pelos próprios autarcas a quem se dirigiu.

O advogado da arguida, João Araújo Silva, afirmou ao V “não ter palavras para descrever a postura” dos vereadores e do ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, porque, segundo o causídico vila-verdense, “a senhora precisa é de ser ajudada e não processada”, embora admita “excessos de linguagem” daquela sua cliente em relação aos três autarcas.

Paula Cristina da Costa Moreira, que esta quinta-feira completará 49 anos de idade, logo no dia seguinte, sexta-feira 13, terá o início da primeira audiência, marcada no Palácio da Justiça de Braga, acusada de eventuais nove crimes de ofensa contra organismo (Câmara Municipal de Vila Verde, à data presidida por António Vilela), doze crimes de difamação agravada ao vereador Patrício Araújo e quatro a Júlia Fernandes, para além de oito crimes de injúria agravada à atual presidente do Município de Vila Verde, segundo diz a acusação do Ministério Público, tendo em conta a participação inicial pela autarquia vila-verdense.

No despacho de admissão do processo, ao qual o Semanário V teve acesso, o juiz que vai presidir ao julgamento, na Instância Central Criminal de Braga, concordou inteiramente com o Ministério Público, quanto à necessidade imperiosa de uma perícia, às faculdades mentais da munícipe, tendo em conta o relatório médico daquela arguida e segundo o qual “apresenta uma incapacidade do foro psíquico de 78%, tendo-lhe sido diagnosticada, em 2015, perturbação da personalidade do tipo paranoide, que se traduz num comportamento assente em suspeitas constantes e também desconfiança em relação às pessoas em geral”.Segundo o atestado médico de incapacidade multiusos, a arguida, residente no centro de Vila Verde, “tem impulsividade/hostilidade no relacionamento interpessoal, com atitudes reivindicativas e inadaptação às normas sociais estabelecidas e em virtude da sua doença, tem-se incompatibilizado com várias instituições públicas, tendo já um longo histórico de tratamentos falhados por falta da sua adesão”, impondo-se assim tal perícia-médico legal. Mas a Câmara Municipal de Vila Verde, mais papista do que o papa, queria ainda que o Ministério Público acusasse a mesma munícipe de difamações e injúrias contra a Câmara Municipal de Vila Verde por outros e-mails, visando determinados funcionários que nunca fizeram queixa e inclusivamente, pasme-se, de crimes de perseguição, mas a procuradora da República não seguiu aquilo que lhe foi proposto “equacionar”, por aquele município, através do advogado Paulo Costa, que tentou sempre a imputação de mais e mais crimes, entre os quais outras situações de eventual difamação agravada, por parte da munícipe, o que nessa parte foi entendido como tratando-se de “desabafos” de Paula Cristina da Costa Moreira na sequência de divergências quanto a critérios de atribuição de subsídios sociais. SEMANÁRIO V

Ver também: https://ovilaverdense.pt/mulher-vai-ser-julgada-por-insultar-procurador-de-vila-verde-e-vereadores/

https://ominho.pt/mulher-julgada-por-difamar-33-vezes-dois-vereadores-de-vila-verde/


sábado, 25 de junho de 2022

A juizada nazista em Portugal continua a condenar politicos por delito de opinião (Denuncia o advogado FranciscoTeixeira da Mota)

 

Multado por chamar “mentiroso” e “pulha político” a presidente
Ex-vereador de Nelas condenado a pagar dois mil euros de multas e indemnização de 1500 euros a antigo autarca
NELAS Manuel Marques, ex- -vereador do CDS em Nelas, viu o Tribunal da Relação de Coimbra (TRC) confirmar a sua condenação por crimes de injúria agravada e coação contra órgãos constitucionais, por ter chamado “mentiroso” e “pulha político” ao antigo presidente da autarquia Borges da Silva, numa reunião do Executivo municipal em julho de 2019. O arguido pondera recorrer do acórdão para o Tribunal Constitucional. Marques tinha sido condenado pelo Tribunal de Nelas a uma multa de 200 dias, no montante de dois mil euros, e ao pagamento de uma indemnização de 1500 euros, por danos não patrimoniais, a Borges da Silva. O antigo vereador do CDS recorreu, mas sem sucesso. “Não é juridicamente aceitável que, em nome das liberdades de expressão, de opinião e de informação, se ofenda, injustificada e imerecidamente, a honra e a consideração de outra pessoa, mesmo que no âmbito do direito de participação na vida política e relativamente  a assuntos do interesse
público, como são os que se referem à gestão de uma autarquia”, refere o TRC.
ARGUIDO CHAMADO BURRO
Marques não esconde a “indignação”. Diz que Borges
da Silva também o insultou
várias vezes, chamando-lhe
“burro”, “jerico” e “javardo”, entre outros nomes.
Mas nunca avançou para a
justiça, por entender que
era um caso de “discussão
política”. “Hoje estou arrependido de não o ter feito,
porque estaria rico com as
indemnizações que ele me
teria de dar”, afirma. Borges
da Silva não quis comentar a
decisão do TRC.

O CASO
Dívida de 200 mil 
Os insultos foram proferidos na discussão de uma proposta apresentada pelas Caldas da Felgueira para o pagamento faseado de uma dívida de quase 200 mil euros, respeitante a rendas em atraso. 
Insultos recorrentes
As trocas de insultos eram frequentes entre Manuel Marques e Borges da Silva nas sessões camarárias. O próprio Tribunal da Relação de Coimbra reconhece hostilidades entre ambos.



Matou duas pessoas nos Açores e nem um dia de cadeia apanhou! A justiça nos Açores é igual à da Madeira

 


do Açoriano Oriental

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Gregório Gouveia um "papa bolos" ex-deputado do PS Madeira, que vive com uma reforma dourada sem nunca ter aberto a boca na Assembleia regional da Madeira, escreve todas as semanas no "Tribuna da Madeira" |

 


Agora disfruta de uma reforma dourada à custa dos tolos eleitores madeirenses que votaram nele ao longo de 20 anos. O pardalão como está cheio de tédio, sem nada para fazer, entretem-se a escrever todas as  semanas crónicas que ninguém lê. Tem um espaço semanal cativo no semanário "Tribuna da Madeira" para escrever as suas baboseiradas que ninguém tem pachorra para ler. Está armado em historiador o analfabeto. O tipo é lá da Calheta e quando vem ao Funchal anda pela rua cheio de prosápia que até parece um ´"estadista importante".

 Aqueles gatafunhos que escreve são  tão maçudos tão fastidiosos que a própria CIA (serviços Secretos dos EUA) já descobriram a sua utilidade para os levar aos presos terroristas em Guantánamo para obrigá-los a ler sucessivamente aquela porcaria afim de os torturar e obrigar a confessar os seus crimes ao serviço do terrorismo internacional..

 É pois um «notável escriba» (escrevinha há vários anos) no Tribuna da Madeira. Escreve longos ensaios sobre a banca e a autonomia da Madeira.
São grandes sermões pregados apenas para si próprio. Ninguém lê suas fastidiosas arengas, enfadonhas e muito difíceis de assimilar pelos poucos leitores do semanário do sr. Edgar Aguiar.
Duarte Gouveia é o ilustre filho deste curioso personagem. Já foi dirigente do PS e funcionário do grupo Parlamentar. Quando percebeu que a teta tinha fechado para ele no PS/Madeira, decidiu abandonar aquele partido para ser meter num partido fascista de extrema direita, o Iniciativa Liberal. 
 Ele é como os cabritinhos quando uma teta já não dá mais leite muda logo para outra! Estas personagens de opereta é bom que apareçam para nosso divertimento de vez em quando, afim de nos manterem sempre bem dispostos!

Filipe Fernandes parece acreditar no aparelho de justiça madeirense como sendo uma coisa impoluta

 

Amigo Filipe Fernandes é bem intencionado mas acredita demasiado na história do "Pai Natal"


Com os magistrados dos tribunais da Comarca da Madeira todos a trabalhar para o SOUSA e os DDT, o nosso amigo Filipe Fernandes, ainda acredita no pai Natal! Ir queixar-se da corrupção dos ladrões do PSD aos tribunais da Madeira é o mesmo que se ir queixar de um proxeneta na "casa da ratada". Para quem não sabe " a casa da Ratada" era uma antiga casa de passe nos anos 70 do século passado na cidade do Funchal.

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Os Estados Unidos também têm responsáveis dignos e lúcidos, como se pode ver nesta entrevista do Coronel Richard Black. Legendado em português, duração de 1h11m,

 Toda a verdade acerca da Guerra na Síria e na Ucrânia narrada pelo Coronel Richard Black




 Os 250 milhões de euros que António Costa retirou do orçamento português para transferir à Ucrânia devem ter ajudado...
25/Maio/2022

GENERAL ALEMÃO PRONUNCIA-SE

O fornecimento de armas pesadas a Kiev é inútil e perigoso, disse o general alemão (reformado) Erich Wad em entrevista à Deutschlandfunk.   Ele assinalou que o uso do tanque Leopard ou do veículo Marder de infantaria de combate exige muitos anos de treino, de modo que não serão úteis para os ucranianos nem agora nem no futuro próximo.
"Precisamos pensar acerca do fim do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.  Se não quisermos uma terceira guerra mundial, mais cedo ou mais tarde teremos de deixar de pensar na escalada militar e iniciar conversações", afirmou.
22/Maio/2022




 No dia 14 de Maio houve um assassinato em massa na cidade de Buffalo, Nova York, EUA.  Um auto-proclamado supremacista branco matou 11 pessoas e feriu três, com o requinte de filmar o seu ataque e divulgar um manifesto racista.  O referido indivíduo usava o símbolo do "Sol Negro", o mesmo que na Ucrânia é utilizado pelo batalhão nazi Azov.  A peste que o governo estado-unidense promoveu na Ucrânia manifesta-se agora na sua própria casa.
15/Maio/2022

«Sobretudo quando temos os tribunais a silenciar a pouca massa critica que vai surgindo.»- grande verdade de Raquel Coelho

 


PARA O ANO DE 2050

  «Os portos são essenciais para o progresso económico de uma terra ultraperiférica como a Madeira, praticamente tudo o que consumimos e produzimos para exportar, passa por essa infraestrutura e, como tal, é necessário dispormos de portos e transportes marítimos competitivos, a preços acessíveis.

  Por essa razão, sempre fui defensora da regionalização do sector portuário. A exploração portuária deve ser gerida diretamente pela Região, de forma a evitar que o lucro da exploração seja mais importante que o serviço público. O oposto do sistema que implementámos nas últimas décadas. Não só temos um privado a fazer a exploração, como o operador usa as infraestruturas públicas pagas com os nossos impostos gratuitamente, num negócio que gera milhões de euros.

  Recentemente, o deputado do JPP, Élvio Sousa, fez as contas e denunciou que o operador portuário explora a carga nos portos da Madeira e do Porto Santo há 31 anos sem pagar qualquer renda à Região. Segundo o deputado, o atual modelo de exploração portuária “causa um prejuízo à Região de mais de 115 milhões de euros”, referindo-se a contas que diz terem sido efetuados pelo próprio Governo Regional. Nomeadamente, cerca de 4 milhões de euros por ano, de modo a cobrir a recuperação das infraestruturas portuárias e manutenção.

  Para contextualizar o imbróglio, após muitos anos de contestação em relação à política portuária da RAM por parte de partidos como o PTP e o PND, até do próprio PS, sobre a liderança do deputado Carlos Pereira, depois com Paulo Cafôfo e Miguel Iglésias a coisa caiu num súbito esquecimento. A 27 de Abril de 2017, o Conselho de Governo, decidiu revogar o regime de licenciamento que permitiu à OPM do Grupo Sousa dominar a atividade de carga/descarga de mercadorias nos portos da Madeira.

  O Secretário do Turismo e dos Transportes, Eduardo Jesus, abriu a porta para o lançamento do regime de concessão do setor portuário através de um concurso público, numa tentativa de pôr termo ao regime de licenciamento provisório desde 1991. Após esta decisão do Governo Regional, a empresa interpôs uma ação no Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal a pedir a anulação da resolução do Conselho de Governo. No entanto, foi garantido pelo Secretário da tutela que a ação judicial não iria provocar atrasos no processo e que o lançamento do concurso público internacional, com vista à atribuição da concessão, iria ser concretizado até ao final do ano de 2017. Mas eis que coincidência, logo após esta abertura de hostilidades entre o Governo Regional e a OPM, Eduardo Jesus, foi demitido do Governo. E assim de uma forma muito conveniente, empurrou-se o imbróglio da reestruturação portuária para justiça e, até à presente, data pouco mais foi divulgado ou adiantado sobre o processo.

  Pelo andar da carruagem este modelo de exploração gratuita vai perdurar por mais 30 anos. Talvez para o ano 2050 tenhamos a situação resolvida. Sobretudo quando temos os tribunais a silenciar a pouca massa critica que vai surgindo.

   Isto parece que a Região quer fazer história no mundo da economia e deitar por terra a teoria do economista Milton Friedman, “de que não existem almoços grátis”. Afinal, existem “almoços grátis” e o Governo Regional vai provar exatamente isso. Com a legitimidade popular que o povo da Madeira lhe configura a cada eleição.»

https://www.jm-madeira.pt/opinioes/ver/6555/Para_o_ano_de_2050

Deputado Filipe Vieira eleito pelo CHEGA vendeu-se ao Pedro Calado

 

https://www.dnoticias.pt/2021/7/12/268776-chega-apresenta-filipe-vieira-para-assembleia-municipal/#

  Este manhoso já se vendeu ao regime mamadeira do PPD: Para 2023 o CHEGA vai enganar muitos eleitores aqui na Madeira e vai ter um grupo parlamentar. Calado quer segurar-se com os apoios dos futuros deputados do CHEGA para não depender só dos mamões do CDS. O Vieira do  RIR já se vendeu ao PSD em troca de um tachão na CMF agora vem este a mudar de poio aliciado por alguma benesses que lhe foi acenada por Pedro Calado. Com estas jogadas todas vamos ter PSD por muitos e muitos anos. O tacho dos mamões do regime está mais que garantido!

terça-feira, 21 de junho de 2022

O fanatismo da seita os "Davidianos" nos EUA

 

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Ramo Davidiano

 O Ramo Davidiano (Branch Davidian) foi fundado através de ex-integrantes da Igreja Adventista do Sétimo Dia que ficaram insatisfeitos com a religião por conflito de crenças. Em 1959, no Texas, os adventistas se reuniram para discutir e esperar a segunda vinda de Cristo que daria início a uma nova era da Humanidade. Com a falha da previsão, alguns deles resolveram deixar a Igreja e criaram a tal religião davidiana. Ainda crendo que Jesus iria voltar, seus membros se pautavam em vivências puras e morais. Até que na década de 1980, David Koresh – nome falso de Vernon Howell – tomou a frente e tornou-se líder da seita. Ele estabeleceu sua sede no Monte Carmelo, em Waco, Texas. Seu estilo de vida era baseado em se afirmar como o messias davidiano. A partir de sua interpretação do “Cântico de Salomão”, Koresh tomou para si muitas “esposas espirituais”, mulheres filiadas à religião que possuíam relações com o líder. Até meninas menores de idade estavam incluídas no seu “harém”. Segundo o próprio, sua intenção era criar uma grande geração de crianças davidianas que dominariam o mundo. Koresh também se dizia aquele que traria o Apocalipse na Terra, pois, supostamente, ele teria poderes de abrir os Sete Selos responsáveis pelas pestes. Anunciando também um suposto conflito com forças policiais em 1995, o líder começou a colecionar armas e munição. Em 1993, a polícia estabeleceu um cerco na área onde ficavam os membros da religião. Isso porque, além da própria questão do armamento, surgiram denúncias de estupro e abuso sexual infantil. Depois de negociações falhas e algumas trocas de tiros, o FBI resolve pressionar ainda mais com helicópteros e muitos agentes em volta do Monte Carmelo. Com a resistência dos davidianos, mais tiros e um incêndio deixaram aproximadamente 80 mortos, incluindo o próprio David Koresh.


Chico Buarque no seu imortal samba, criticou a ditadura militar brasileira

 






Publicada no diário de noticias de Lisboa


segunda-feira, 20 de junho de 2022

O marido da senhora Secretária Regional da Inclusão Social e cidadania tem andado a insultar o médico madeirense Rafael Macedo

 



 Rafael Macedo está a ser alvo de ataques do Sr. João  Andrade esposo da senhora Rita Andrade com palavrões e insultos baixos.

Mas ele e os outros figurões do regime, esquecem-se que Rafael Macedo, «rebentou-os a todos, pela VERDADE. Só na Saúde! Imagine se fala do resto? Estão incomodados os criminosos. Isso é bom.»


Esta foto foi-nos enviada pelo médico madeirense Rafael Macedo desde o Luxemburgo. Trata-se do carro do sôgro da senhora secretária  Rita Andrade. O carro se falasse contava coisas mirabolantes e surpreendentes!

Mais alguns inimigos do médico Rafael Macedo:
AJJ, o dr. "Papadas"

Rafael Macedo faz a vingança do Chinês e denuncia casos de pedofilia na Região Autónoma da Madeira e abafados pelo dr. "papadas" Alberto João Jardim nos anos 90:

Informa-nos Rafael Macedo que nos anos 90 o inspector Passos da Policia Judiciária de Lisboa veio à Madeira com dois mandatos de detenção para prender o bispo emérito e o João Carlos Abreu, ambos acusados na altura  do crime de pedofilia.   O Alberto João Jardim, moveu na altura as suas influências e impediu que as detenções se efectuassem;  o Inspector Passos* na altura regressou à capital de mãos a abanar!
  Jardim evitou assim um grande escândalo a nível nacional que iria fazer cair o seu governo corrupto!
Diz o médico Rafael Macedo  à nossa Redação:
«O AJJ que protegeu esta gente toda à custa de grandes desgraças. Meteu-os como santos. O João Carlos Abreu tem uma instituição que protege crianças desfavorecidas financiada pelo Regime. É amigo de Alfredo Caldeira, médico, irmão do outro Caldeira, dono parcial do Hospital Privado da Madeira com o Bacalhau. Este último Caldeira** é também sócio dos hotéis PortoBay com os Trindade.»

 * informa Rafael Macedo: «O agente Passos é vizinho dos meus pais. Casou na Madeira. Vive na Pedra Mole, Ribeira Brava. Casado com a Senhora Cassian, irmã da Dra. Paulina, advogada,  a viver no Continente.» 
** o Caldeira que Rafael Macedo fala aqui é o comentador para a area da economia que aparece muito na RTP/ o David Caldeira