Naufrágio II
Não sei se estão lembrados, mas em março deste ano descrevi o trágico naufrágio do navio cufofiano, após ter embatido nuns traiçoeiros baixios laranjas.
Neste fim-de-semana, foi encontrada uma garrafa boiando no mar com uma mensagem no interior pedindo socorro e relatando o triste fim de alguns náufragos.
Felizmente, o autor da missiva não sabia que alguns dos náufragos tinham conseguido sobreviver ao desastre, como o Frango, que chegou são e salvo à Baía de Machico, o Arroz-de-Lapas júnior que aportou feliz no Porto Moniz e que a vil e traiçoeira hiena de nome espanholado, tinha escapado sozinha no único salva-vidas a motor. E que após semanas à deriva no mar, fora salva muito perto da costa portuguesa pelo Almirante Gouvia e Melro. (Mais tarde o Almirante veio a descobrir horrorizado que a hiena que resgatara era afinal uma espécie de embaixador de Satanás na terra)
Diz a mensagem, que quando viram a hiena a se escapulir no horizonte, o Comandante Cufofo e restantes náufragos ficaram numa situação muito difícil. Foi então que o Professor dos Barreiros deu a ideia de recolherem o travejamento do barco naufragado e com eles fazerem uma jangada, também pegaram em várias bandeiras do Partido Xocialista, e com a ajuda da esposa do Vietcongue, da Jiboia das Terras do Bisavô e da Solia do Jardim, costuraram uma espécie de vela que içaram a meia jangada. O Vaselina Concercão juntamente com o Caldeirita, conhecido por ser um grande especialista em cruzeiros de luxo, montaram um leme improvisado. A meio da tarde soprou uma pequena brisa e os náufragos saltaram graciosos para jangada e fizeram-se ao mar.
O grande comandante Cufofo observou o voo de uma cagarra, olhou com autoridade para um pequeno peixe voador, e disse: - Camaradas de infortúnio, ainda vamos chegar a tempo e vitoriosos às próximas eleições autárquicas. O rumo é este! E apontou o dedo para o vazio…
Navegaram meses a fio sem verem terra, alguns desesperados começaram a maldizer o capitão, porque este entrou numa espécie de letargia existencial. Foi numa manhã nebulada que avistaram uma ilha ao longe, houve gritos de alegria a bordo, Jatesinto ajoelhou-se com as mãozinhas para o céu, o Vietcong foi com a sua amada para a proa da jangada e gritaram os dois de felicidade, como o DiCaprio e Kate Winslet, no filme Titanic, o Professor dos Barreiros correu como um louco e abraçou-se ao Comandante Cufofo.
Eles estavam irreconhecíveis pela longa permanência no oceano, o Professor tinha perdido alguma tinta do cabelo e parecia um estorninho pardacento da Patagônia, ao Cufofo despontara-lhe uma barbicha que lhe dava um ar de bode alpino, mas estavam vivos e felizes.
A ilha era rochosa e com muito betão no meio da vegetação. Pegaram nos últimos mantimentos que lhes restavam e fizeram um grande jantar na praia bem regado com a última garrafa de vinho das Terras do Bisavô. E conta a tal mensagem, que nessa noite de domingo, 12 de outubro de 2025, quando estavam todos reunidos a olhar maravilhados as estrelas e a graça recebida, saltaram repentinamente do meio da vegetação uns ruidosos selvagens emplumados, trajando umas vestes cor de laranja e armados com umas espécies de setas pretas, aos gritos, de agarra! Agarra! Paralisados pelo terror da investida, deixaram-se ser apanhados o Comandante Cufofo, o Professor dos Barreiros, e o Vietcongue e respetiva esposa. Os outros náufragos debandaram como coelhos, cada um para o seu lado, e foi talvez um deles, no desespero, que mandou mais tarde a mensagem de socorro na garrafa, onde referia que, após a captura, os selvagens trouxeram para a praia rabanetes, tomate, cebola e alho francês e encheram com água do mar um grande panelão em cobre, onde estavam gravadas as iniciais “CMF”, e deitaram-lhe fogo. Depois despejaram lá para dentro os ingredientes e mexeram tudo com uma grande colher-de-pau.
Diz o narrador que não sabe o que aconteceu depois, porque aproximou-se um selvagem da zona onde ele observava e teve de fugir. Mas diz que tem quase a certeza de que os selvagens são canibais e que cozinharam e comeram os seus camaradas à cebolada, pois ouviu ao longe o Comandante Cufofo a dizer desconsolado ao Vietcongue que os indígenas iriam ter o maior desarranjo intestinal das suas vidas, porque o seu bedum a carneiro e a tinta do cabelo do amigo professor faziam uma mistura extremamente tóxica.
Ainda não parei de rir! Já tenho uma dor na barriga! Um artigo genial para gozar coma tralha cufofiana!
ResponderEliminarSobre a futura barriga de aluguer no PS o Gilinho mantém silêncio sepulcral.
ResponderEliminarNão me digam que o novo PS será um recauchutado "Gilinho" com meias solas?
EliminarA história
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=4jcYDS6MT44
Fake news.
EliminarInvistigue-se quem escreveu para o inculto gilinho assinar.
ResponderEliminarLinda epopeia marítima: os novos capítulos da Peregrinação, do Fernão Mentes? Minto! Pelo Grande Parodiante desta Merda Toda: Gil, o Nunca Acanhado! Faltam as ilustrações pelo Eduardo-Mãos-de-Lápis-e-Aguarela Welsh!
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