Se não fosse o trabalho heróico de José Martins Júnior, o 25 de Abril nunca seria celebrado na ilha da Madeira, nem sequer se acabaria com o esclavagismo do injusto sistema de colonia.
Velho e medieval sistema de exploração da terra que mantinha na pobreza e escravidão as populações camponesas, que viviam num pobreza cultural e material muito grande.
Vitimas de analfabetismo, vivendo em tugúrios e casas da colmo, sem luz eléctrica ou água potável. Era a pesada herança da politica do Estado Novo que aliada ao alto clero, muito atrasaram o desenvolvimento material e cultural dos habitantes da ilha da Madeira.
Emanuel Gomes é apenas um figurante num teatro de marionetas e não figurará na história do povo de Machico, apenas será um ilustre desconhecido.
Daqui a alguns anos, ninguém se lembrará da sua existência como politico no concelho de Machico. Homens com «h» pequeno ficarão no caixote do lixo da história!
“Ele fez muita
coisa. Abriu tantas
estradas.”
«Foi com estas palavras
(JM, 06.02.23) que uma
paroquiana da Ribeira
Seca, Rosa Viveiros,
enalteceu a vida e obra
do Padre Martins. Naquele último
domingo, da última missa do homem
idolatrado pelo seu povo. O povo de
Deus, como lhe chamou.
Haveria muito a dizer sobre cada elogio ali proferido. O panegírico
transpirava mais a política do que a
religião. Para isso teríamos de revisitar
a verdadeira história política e partidária de Machico, teríamos de desconstruir mitos e narrativas dominantes.
Teríamos de trazer à colação cenas de
bastidores, desmontar ardis bem montados ou falar dos atores por detrás das
máscaras. Nada disso agora vale a pena. Até porque tudo se resume a uma
única coisa. Política. E, em política,
cada um acredita naquilo que quer. Há
sempre um olhar diferente, uma razão,
uma justificação para tudo. E quem
tem unhas é que toca guitarra.
Mas foi a candura da senhora Rosa
Viveiros que mais me impressionou.
Aquela aparente ingenuidade, aquela convicção, aquela fé, aquela íntima
certeza que lhe enche a alma e fá-la
debitar em chão sagrado, sem temor:
“ele abriu tantas estradas”.
Se Rosa Viveiros estivesse a falar no
sentido figurado. Se quisesse colocar a questão em termos intelectuais
ou espirituais. Se fossem caminhos ou
estradas alternativas para a fé ou para a política, até faria algum sentido.
Mas não. A mulher referia-se a vias de
comunicação, a estradas municipais.
Referia-se à dimensão do trabalho autárquico do Padre Martins. E isso, não.
Não pode passar em claro. Nessa narrativa não se deve embarcar.
Sem desprimor pelo trabalho de
cada autarca de Machico, temos de
colocar as coisas no seu devido lugar.
Bem sei que a própria comunicação
social ajudou a empolar o trabalho de
oposição que Machico fazia ao Funchal, ao Governo Regional, ao Alberto João. É certo que os media e a elite
intelectual da esquerda madeirense se
deixou inebriar pela peculiaridade da
personagem e pela mossa política que
nem eles próprios conseguiam infligir
ao PSD Madeira. Por isso certos mitos
se foram perpetuando.
Mas a verdade é que a obra física,
autárquica, do Padre Martins foi pobre.
Reduzida à abertura de alguns caminhos que invariavelmente não tinham
projeto e acabavam por ficar em terra
batida. Nunca quis avançar com estradas em contrato-programa com o Governo Regional. Interessava apenas a
vitimização. A Câmara foi apenas mais
um palco-altar dos seus ideais políticos, do culto da sua personalidade.
Ao contrário, o seu irmão Bernardo Martins que lhe sucedeu, justiça
seja feita, por não concordar com esse
modo de gerir a Câmara, quando chegou à presidência, quis avançar com
os contratos-programa e começou a
lançar obras, muitas delas depois acabadas pelo PSD. Foi o caso do quartel
dos bombeiros, da remodelação do
mercado municipal, da sede da Junta
de Freguesia, da estrada de ligação do
cais à Misericórdia, da rede de esgotos,
de marginais à ribeira, enfim, um conjunto de obras em todo o concelho que
merecem referência.
O Padre Martins não. Abriu rasgos de lameiro que mais tarde outros
compuseram em caminho ou estrada e construiu o pequeno troço junto
à Igreja da Ribeira Seca ao qual deu o
nome de D. Martinho da Costa Lopes,
uma figura da Igreja de Timor, sem
qualquer ligação a Machico. Sabe-se lá
porquê.
Por isso, a senhora Rosa Viveiros é
mais uma vítima de muitos equívocos.
Se fosse só pelo Padre Martins, o povo
de Deus da Ribeira Seca ainda hoje teria de andar de botas no lameiro deste
inverno.»
O Padre Martins foi um mau político, mau Padre, vendeu bem banha de cobra e excelente músico de arraiais. Merece uma estátua na Ribeira Seca, no adro da igreja.
ResponderEliminarE ao lado dele outra estátua dum tal Nuno também comuna.
EliminarQue grande parelha !!!!
Incomodou porque não é fácil adquirir 4 reformas. Nem toda a gente com uma sotaia consegue enganar os incultos
EliminarNão sejas invejoso.
EliminarSer sócio oculto do Savoy e ter contas bancárias na Suíça, além das 2 reformas, devem valer mais ao Barão de Quebra Costas do que as 4 reformas do padre excomungado "neo-socialista".
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