Será que nunca houve pessoas perseguidas e obrigadas a fugir da Madeira?
Aumentava igualmente o número de seguidores da fé protestante, por influência de Kalley. Numa reunião realizada em São Jorge terão participado quase 1.500 pessoas. Mas a fama crescente do cidadão escocês terá suscitado a desconfiança e inveja junto de diversos sectores da sociedade madeirense, culminando na sua perseguição e dos seus seguidores. As primeiras dificuldades surgiram no final do ano 1841, por parte dos empregadores dos humildes camponeses, que “perceberam que, tornando-se mais instruídos, eles poderiam desejar uma vida menos árdua, pelo que iniciaram uma série de exigências para dificultar-Ihes a assistência as aulas”. Paralelamente, os médicos, que estavam a perder clientela, parecem também ter movido uma campanha de descredibilização contra o colega escocês, “afirmando que utilizava os seus trabalhos médicos e a sua propalada filantropia para introduzir heresias condenadas pela Igreja Católica”. Todas estas pressões fizeram com que o bispo D. Ianuário recebesse em Lisboa recomendaõees das autoridades metropolitanas para conseguir das autoridades civis da ilha a proibição dos trabalhos, quer evangelísticos, quer educacionais.
Assim foram crescendo os movimentos na área religiosa e civil contra Kalley, que se acentuaram com a chegada de um novo governador a ilha, Domingos Olavo Correia de Azevedo, que trazia ordens expressas para acabar com a obra do médico. Este foi, inclusive, aconselhado por amigos, alguns deles do clero, a abandonar a ilha, uma vez que se previa que o clima endurecesse à sua volta. Este cenário veio, de facto, a confirmar-se, pois, para além dos avisos para parar com as reuniões bíblicas, começaram a surgir, colados na parede de sua casa, alguns cartazes bastante duros, onde se podiam ler afirmações como “cachorro inglês, malvado! Se continuares a pregar contra a Igreja Católica, tu e teu amigo mariola, ficarás sem a vida e ele pior”.
A perseguição prossegue, sendo atiradas pedras à residência e realizadas algumas manifestações populares. A casa viria a ser incendiada a 9 de Agosto de 1846. Muitos dos seguidores do médico escocês foram presos, entre eles uma mulher com sete filhos. Muitas escolas foram fechadas e foi desenvolvida uma campanha para apreensão das bíblias distribuídas pelo Dr. Kalley. Ao mesmo tempo, eram lavradas as primeiras cartas de excomunhão.
Entretanto, o médico foi preso na cadeia do Funchal no dia 26 de Julho de 1843, onde permaneceu durante cinco meses e cinco dias. Durante esse período prosseguem as perseguições e alguns espancamentos na via pública. Todos os seguidores do Dr. Kalley passaram a ser chamados de calvinistas. Muitas famílias refugiaram-se nas montanhas, enquanto as suas casas eram arrombadas e saqueadas. Nem mesmo a casa de Kalley escapou. Nesse ataque uma criança de 12 anos ficou gravemente ferida.
Dada a gravidade dos acontecimentos, Robert Kalley acabaria por fugir da ilha, disfarçado de mulher, tendo embarcado, juntamente com a sua família, num navio inglês rumo aos EUA. Muitos dos seus seguidores acabariam por seguir o mesmo destino. Muitos foram para Trindade e Tobago, outros para o Brasil e Estados Unidos da América. Numa primeira vaga fugiram 1.200 pessoas e numa segunda fase mais 900.
Ao longo da história terão havido outros episódios de intolerância na Madeira. Foi o que aconteceu a algumas pessoas no período de convulsão política que se seguiu ao 25 de Abril de 1974. No entanto, os acontecimentos que envolveram a comunidade influenciada por Robert Kalley no século XIX constituem o episódio mais grave de perseguição e intolerância da História da Madeira
A Madeira, tal como outros territórios insulares, onde as comunidades são constituídas essencialmente pelos primeiros povos colonizadores, são os únicos locais do mundo onde nunca se verificaram perseguições e expulsões de grupos de pessoas - sentido de um comentário publicado ontem na rede social 'X'. FALSO
Ver também:
https://pravdailheu.blogspot.com/2023/06/a-perseguicao-aos-protestantes-no.html
Quem gere este infeliz blogue é o louco do mira Charl 🇻🇪
ResponderEliminarAinda não sabemos como , mas roubou-o ao Coelho, este que era, um blogue até engraçado de interagir, tornou-se enfadonho e a ser dia a dia, mais do mesmo.
Uma vergonha
Tás enganado. Não tomaste as pastilhas hoje. É lixado ter Alzheimer. As melhoras.
EliminarTu é que és doente mental, um Zé ninguém, narcisista, até à tua mãe, chamas puta.
EliminarCHARL é o pseudônimo do Gil Capot6
EliminarNão, Charl, Charl Silva, nome unissexo .
EliminarProvém do submundo podre da Venezuela.
Alzheimer, tens tu, invejoso de submundo, e acima de tudo ingrato.
ResponderEliminarEste governo fez tudo por ti , até bolas de estudo te pagou.
És ingrato, sem vergonha!
Começaste a te esquecer de onde eras em 2019, quando fugiste com medo nesse rabo de deformado.
E continuas a te esquecer quem és, ou seja NADA.
Tu te auto destruíste, até este blogue, rebentaste, com a tua falta de cérebro , imaturidade, és enfadonho, falas a chupar como um alcoólico.
Xenófobo fdp
Ditador
Tu devias, falta pouco, para estares no corredor da morte.
Toronto, era so ao lado
Mas inventados tudo
Até trocaste uma foto com a tua afegã para meter uma foto do Google.
O governo dá o quê? Bolas? Bolsas? O quê o governo dá?
EliminarSim, gosto de beber muito. Sou alcoólico. E depois? Como Hemingway, Churchil, ET AL. De manhã acordas, e nada fizeste na vida.
EliminarDeixa o Miguel Fernandes em paz, não rebentes o nome das pessoas com a tua má imagem
ResponderEliminarNunca Cobarde. Já fiz muito mais que todos os cobardes heróis juntos.
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