sábado, 29 de outubro de 2016

A investigadora Maria de Lourdes autoriza José Manuel Coelho a visitá-la na Prisão em Tires






Eis o teor da carta enviada ao deputado do parlamento madeirense:

« Eu Maria de Lourdes Lopes Rodrigues,presa nº4, cela 29, 1º piso, pavilhão1, venho agradecer a sua solidariedade, e confirmar que já tratei de tudo, logo no dia 21 de Outubro, junto da directora prisional de Tires, Fátima Cortez, para que a sua visita seja autorizada, conforme a carta anexa nº15. Igualmente solicitei e autorizei, que a visita possa ter recolha de imagens e som dos diferentes meios de comunicação social, incluindo, junto do Director Geral dos serviços prisionais, dr. Celso Manata, carta anexa nº1.

 Para que possa entrar com os meios de comunicação social, ou para a visita ser gravada por estes meios terá que pedir autorização por escrito, também junto do director Celso Manata, deixo a morada: Direcção Geral dos Serviços Prisionais Travessa do Torez nº1 1150-122 Lisboa Fax 218853653, tel.218812200 

 Li com atenção o seu voto de protesto, e sobre isso tenho a dizer o seguinte: 

 a) não foram só as actas do juri que desapareceram. 

b) Manuel Maria Carrilho, então ministro da cultura com Patrícia Simões de Carvalho Salvação Barreto, então directora do GRI (Gabinete das Relações Internacionais do Ministério da Cultura), falsificaram o conteúdo da informação nº372, de 12.11.1996 onde ilicitamente se substituiram ao Júri do concurso de cinema, em resposta ao meu recurso hierárquico. 

 c) Nessa inf. nº372 de 12.11.1996, dizem-se sem dinheiro, porque a dita bolsa está atribuida a outro candidato que dá pelo nome de Pedro Serrazina. E alegam ainda, que eu poderia ter obtido a formação que realizei na República Checa e na Holanda em Portugal. E que tal parecer está de acordo com as atas do júri do Concurso de Cinema. 

 d) Acontece que a 12.11.1996; A bolsa e o dinheiro da bolsa estava livre. E ambos os responsávéis por tal informação sabiam disso. Pois o candidato Pedro Serrazina desistiu em Outubro de 1996, via fax para o dito gabinete (GRI). Assim mentiam quando a 12.11.1996, diziam que só não atribuiam a Bolsa por falta de dinheiro. Até hoje ninguém sabe onde foi parar esse dinheiro apesar de eu ter anulado o concurso no pleno do STA (Supremo Tribunal Administrativo) 

 e) Igualmente o júri negou ter dado tal parecer, ou que tal parecer conte das atas do júri; porque a minha formação não existia em Portugal. (Cinema de Animação Criativo). Assim tecnicamente o parecer é de alguém que tem conhecimento "zero" na área, sendo erro não é do júri, mas de Patrícia Simões de Carvalho Salvação Barreto., com Manuel Maria Carrilho, que ilicitamente se substituiu a júri, e fizeram desaparecer as actas originais. f) O juíz do STA José Rosendo, deu-lhes cobertura na decisão da 1ª Instância, e por isso coloquei-lhe queixa-crime, e publiquei no jornal "Independente" em Setembro de 1999. g) este juíz colocou queixa crime contra mim, que deu origem ao processo crime nº. 7459/100.4TDLSB. da 4ª vara criminal de Lisboa, que levou a esta detenção. 

 h) Paralelamente atacaram o meu local de habitação, os estudos que completava na Faculdade de Belas Artes de Lisboa (em escultura), já que estava impossibilitada de concluir o diploma na Holanda (faltam-me 6 meses do 4º ano). Assim conto com a sua solidariedade para divulgar publicamente esta grande fraude pelos diferentes meios de comunicação social. 

 Deixo em anexo cinco folhas em frente e verso, com mais dados sobre estes factos. agradeço que os passe a computador, e os faça chegar aquando da sua visita pelos diferentes meios de comunicação social. 

 Deixo-lhe ainda o contacto do meu amigo Mário Gomes, tel. xxxxxxxxx, para que lhe faculte cópia da infªº nº 372, de 12.11.1996, onde está o manuscrito de Patrícia Simões de Carvalho Salvação Barreto, referente às atas do júri, bem como o despacho de Manuel Maria Carrilho, então ministro da Cultura. Se tiver dificuldade de ter acesso a esse documento informe-me por escrito. Como pode verificar, no conteúdo das cinco folhas anexas, foi-me violado o acesso ao processo que me condena, e consequentemente o meu direito de defesa. 

 Mas os mesmos organizaram ainda mais outro processo igualmente com os mesmos factos, proc.º 4288/04.07DLSB, 3ª vara-criminal de Lisboa, com outra condenação igual: " Pena única de 2 (dois) anos e 6 meses de prisão, suspender a execução de pena única de 2(dois) anos e 6(seis) meses de prisão aplicada à arguida, por igual período, com regime de prova, que incluirá obrigatoriamente acompanhamento psicológico", 1 de Julho de 2013. Contudo é bizarro ler no "Jornal de Notícias" de 28.10.2016, que o ex-Ministro Manuel Maria Carrilho por ter ameaçado de morte a amiga da Bárbara Guimarães em Fevereiro de 2014 desta forma: 

«Tu és uma mulher morta. Estás morta. Vou-te matar, minha puta. Vou destruir, estragar todos os vossos negócios e empresas»,

 foi apenas condenado a 150 dias de multa à taxa de 12 euros,(1800€ euros), com indemnização à vítima de 2500 euros.

 Eu, apenas disse a verdade, não ando a dizer que mato pessoas, e a chamar "doida" "maluca" de faca na mão como este senhor ex-Ministro. A actuação do poder político e Judicial no meu caso é para me destruir, é uma encomenda. 

 Aliás eu recebi via telemóvel mensagens de "morte", que levadas à PJ, nada fizeram. Só a denúncia pública pode deter estas pessoas que eu denuncio há anos. 

 Conto com sua ajuda e solidariedade. Obrigado, aguardo a sua visita! 

Maria de Lourdes Lopes Rodrigues

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