segunda-feira, 24 de outubro de 2016

José Manuel Coelho vai pedir autorização aos serviços prisionais, para visitar a Maria de Lourdes

Coelho visita na prisão de Tires investigadora detida por difamação e injúrias
A ativista.
O deputado do PTP na Assembleia Regional, José Manuel Coelho irá visitar a investigadora Maria de Lurdes Rodrigues, que se encontra detida no Estabelecimento Prisional de Tires.
Segundo conseguimos apurar é esse o propósito do parlamentar para os próximos dias, em solidariedade para com a prisão injusta da investigadora.
Alías, no passado dia 18 de Outubro, Coelho já tinha subido à tribuna da Assembleia, munido de um cartaz com a cara de Maria de Lurdes Rodrigues e de megafone, mesmo com as luzes apagadas, insurgindo-se contra a (in)justiça.
Maria Lurdes Lopes Rodrigues foi condenada a três anos de prisão pelos crimes de difamação e injúrias ao Estado e à Justiça.
No último fim de semana Raquel Coelho representou o PTP no protesto, no Rossio, em Lisboa.
O caso foi objecto de um voto de protesto apresentado pelo PTP no parlamento madeirense.

O caso remonta há mais de 20 anos, depois de Maria de Lurdes Rodrigues ter sido preterida na atribuição de uma bolsa de estudos e de ter desafiado o então ministro da Cultura, Manuel Maria Carrilho, e outras entidades.
Seguiram-se queixas contra governantes, juízes, magistrados, polícias.
Em dezembro de 2008 foi condenada a três anos de prisão com pena suspensa na condição de se submeter a consultas de psiquiatria. Não o fez, tendo, em dezembro de 2012, a pena suspensa sido revogada e substituída por pena efetiva.
A 29 de setembro, foi presa ao abrigo de um mandado. Está, desde então, no Estabelecimento Prisional de Tires.
“Não descansaremos enquanto não conseguirmos a libertação da ativista Maria de Lourdes Lopes Rodrigues”, escreveu recentemente José Manuel Coelho. [funchal-notícias]
(Público)

Espólio de Orlando da Costa reunido no Museu do Neo-Realismo



Primeiro-ministro e irmão vão doar mais 850 documentos do escritor à instituição, que comemora o seu nono aniversário este mês.
António Costa estará de visita ao Museu do Neo-Realismo (MNR) de Vila Franca de Xira esta terça-feira para aí celebrar, juntamente com o seu irmão Ricardo Costa, um acordo de entrega de mais de 850 documentos que pertenceram ao seu pai, o escritor Orlando da Costa (1929-2006), e que vão incorporar o acervo do Centro de Documentação da instituição.
A cerimónia insere-se nas comemorações do nono Aniversário do MNR, que se assume como a instituição nacional de referência para o estudo e a conservação dos materiais deste movimento artístico e literário que marcou uma boa parte do século XX. Da sua colecção, a que se juntam agora os acervos de Orlando da Costa, Mário Braga e Mário Sacramento, constam já os espólios de perto de 40 dos mais significativos autores portugueses neo-realistas – entre eles os de Alves Redol (uma parte), Manuel da Fonseca, Soeiro Pereira Gomes, Carlos de Oliveira e Joaquim Namorado.
No caso de Orlando da Costa, trata-se da segunda entrega (já foi doada uma primeira parte do espólio), que contempla 799 monografias, 35 publicações periódicas e 29 documentos. De acordo com o contrato que vai ser celebrado entre o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira e os herdeiros de Orlando da Costa (os filhos António e Ricardo), esta segunda parcela do espólio está avaliada em 30.965 euros e encontra-se em bom estado de conservação.
Os filhos de Orlando da Costa manifestaram o desejo de, com esta doação, “contribuírem para a sua preservação, conservação, investigação e divulgação no âmbito das práticas culturais” do MNR e do município de Vila Franca de Xira. No entender dos técnicos do MNR, esta segunda parcela do espólio literário de Orlando da Costa vem “enriquecer” o acervo documental do museu e “constitui uma mais-valia pelo contexto temático, epocal e autoral que as obras doadas representam no âmbito do movimento neo-realista português”.               
Orlando da Costa nasceu em Lourenço Marques (Moçambique) em 1929. De ascendência goesa, completou a licenciatura em ciências histórico-filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa e começou a publicar logo depois, em 1951. Envolveu-se na luta contra o Estado Novo, foi militante do PCP e chegou a ser detido pelo PIDE. No ano em que nasceu António Costa, 1961, publicou também o seu primeiro romance, intitulado O Signo da Ira. Todos os exemplares  desta obra foram, então, apreendidos pela PIDE, tal como já tinha acontecido aos seus três livros de poesia anteriores. Orlando da Costa foi mesmo o sétimo escritor português com mais livros proibidos pela polícia política do Salazarismo. (público)
Cromos do 1ª página da RTP/Madeira
 Rafaela (apoiante de AJJ) faz travessia no deserto

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