É importante salientar que nessa altura a (ETP)- Empresa de Trabalho Portuário, tinha uma gestão tripartida Governo Regional da Madeira, sindicatos e OPM-Sociedade de Operações Portuárias.
Aconteceu que os trabalhadores eventuais ao serviço da ETP/RAM realizaram trabalhos para o genro do administrador DAVID PEDRA (Luís Costa) na pintura de uma igreja em Santo Amaro, sendo certo que aquele tipo de mão-de-obra também foi utilizado na pintura de um armazém da OPM situado no Porto do Funchal. Perante estes indícios do crime de peculato o MP do Funchal mandou a PJ efectuar um inquérito e determinou uma busca às instalações da ETP .
Para além destes factos graves que determinaram o inquérito, a investigação a Policia Judiciária incidiu igualmente na recolha de vasta documentação essencialmente de natureza contabilística, face à notícia veiculada pelo Diário de Notícias do Funchal nos dias 29 de Junho e 5 de Julho de 2001, da existência de montantes muito elevados efectuados pela ETP, a diversas sociedades, algumas delas criadas para o efeito, pertencentes aos administradores ou familiares, da ETP, bem como dos presidentes dos sindicatos de trabalhadores portuários e familiares destes, relativos à "consultadoria e prestação de serviços" cujos contornos a investigação judicial apurou que esses mesmos serviços nunca foram prestados.
Nesta linha de orientação a investigação judicial incidiu na realização de uma perícia de natureza financeira e contabilística, levada a cabo pelo Departamento de Perícia Financeira e Contabilística (DPFC) da Polícia Judiciária, tendo por base o período compreendido entre 1998 e 2001 visando a empresa pública (ETP/RAM) e as outras empresas "prestadoras de serviços".
Estas investigações custaram dezenas de milhares de euros aos contribuintes uma vez que foram usados técnicos especializados em fraude fiscal e contabilística durante meses. Os culpados eram além de outros, os empresários José David Pedra, sua filha Cristina Pedra e Luís Miguel de Sousa. Foram milhões de contos ganhos ilicitamente através de facturação falsa e de serviços inexistentes.
Apurados todos os factos, Cristina Pedra e os outros arguidos compraram a justiça em especial o MP da Madeira, cuja procuradora Paula Costa Pereira um dia antes de seguir para Lisboa, arquivou este famoso processo que levou mais de 6 meses em aturadas e caras investigações.
Como é que o Calado mete em Vice-presidente uma gaja com este curriculum criminal?
ResponderEliminarConcordo contigo Alexandro Pestana.
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