quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Meu irmão não teve o direito de saber por que estava morrendo

 Sâmia Bomfim: Meu irmão não teve o direito de saber por que estava morrendo Deputada revela que socorro demorou a chegar em dia em que médicos foram baleados, conta que itens pessoais de Diego Bomfim estavam desaparecidos até pouco tempo e se queixa de atuação do RJ

Sãmia Bomfim,34
Nascida em Presidente Prudente, a 512 km da capital paulista, cursou letras na USP (Universidade de São Paulo). Fez parte do movimento estudantil, foi professora de português e atuou em greves. Tornou-se vereadora em 2016 e, no meio do mandato, em 2018, foi eleita como deputada federal, sendo reeleita em 2022 com 226 mil votos
BRASÍLIA 

 Como foi esse dia para a senhora?

 Eu soube de uma forma terrível. Eu tinha acordado cedo para ir para o Maranhão. Peguei meu celular para fazer o que eu faço todos os dias, que é dar uma olhada geral no WhatsApp e nas noticias. Uma jornalista me deu condolências e perguntou se a minha família já estava a caminho do Rio para ver o traslado. Imediatamente, entrei na página do jornal para ver do que se tratava e vi a foto do meu irmão. Foi uma negligência imensa do hospital, da polícia, enfim, do estado do Rio de Janeiro. Eu e minha família soubemos através da imprensa, e a família dos demais [assassinados] também. Uma notícia dessas você não dá dessa forma. Até agora as respostas mínimas que a gente tem é por• que fomos atrás. Nunca fomos buscados pelo estado do Rio.


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