segunda-feira, 25 de março de 2024

Afinal! Quem vota no fascista André Ventura?

 

Chega

 É o partido dos despolitizados. Capta abstencionistas de longa data, gente que está farta de viver mal e de ser ignorada, que nutre justo desprezo pelo sistema dominante (político, social, económico, cultural) mas que não tem visão política de como sair da situação, e decide apostar às cegas.

 As opiniões políticas e outras destas camadas sociais não resultam de uma análise racional da realidade, mas sim de sentimentos de raiva e inveja. Raiva contra os responsáveis pela sua má vida e inveja dos bem-sucedidos cujo nível sentem nunca poder atingir. Por ignorância, são facilmente levadas a identificar erradamente os culpados dos seus males: viram-se contra os imigrantes que acusam de “roubar o nosso trabalho” e de viverem “à pala do subsídio”, ou contra “os comunas” e “os xuxas” que acusam de destruir a economia e os bons costumes, ou contra os grevistas que acusam de “querer ganhar sem fazer nenhum”.

 O Chega cumpre o papel histórico de todo o fascismo:   arrastar para o campo da burguesia a pequena burguesia arruinada, amedrontada e desorientada, procurando colmatar a brecha que a decadência do capitalismo abriu entre uma e outra. Atrás desta, seguem franjas das classes populares. As promessas de “mudança”, com demagogia a rodos, procuram colocar os que pouco ou nada têm a reboque dos que estão bem na vida.

 A despolitização da população trabalhadora abre campo e fornece apoios a este novo fascismo. A sua política é uma amálgama de estatismo para atrair a massa empobrecida e de liberalismo para contentar o capital e suscitar o seu apoio. Os seus líderes vociferam contra “o sistema” para ganharem um lugar no sistema. Os apoios financeiros que vão recebendo mostram a quem servem. A crise da democracia burguesa parlamentar que acompanha a falência do capitalismo fornece-lhes espaço de manobra e argumentos.

 O seu campo de recrutamento é a pequena burguesia desesperada, as forças repressivas (às quais um poder “forte” beneficia), o proletariado mais miserável empurrado para fora do regime do salariato, franjas dos trabalhadores que não vêem ou desesperaram de ver soluções próprias da sua classe. Cativa ainda faixas da população jovem que não se encaixam numa única classe social – “a malta nova”, igualmente despolitizada, atraída pela vozearia “anti-sistema” e pela rebeldia teatral do líder do partido. Tem pés assentes em sectores da alta burguesia, bem identificáveis pelos resultados obtidos em mesas eleitorais das freguesias mais ricas.

 O capital espera para ver o êxito da manobra. Entretanto, financia-a. A burguesia acolhe sempre as organizações fascistas e de extrema-direita como forças políticas de reserva.

https://resistir.info/portugal/identificacao_26fev24.html

8 comentários:

  1. Um bom partido para os ardidos da coelhada

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    1. Olhem o sacana do padredasesmolinhas aqui a tacar o Coelho, o Pardalão!

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    2. Comentário do gilinho

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    3. A tacar o coelho ? Ou não será a metchouriço no olhinho da coelhinha?

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  2. Onda anda o rabolho rafael que vendeu o seu nick.....a anónimo.?

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    1. Devido ao Ramadão agora não tem olho a medir.
      Sempre de cu para o ar

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  3. Quem vota no ventura são iletrados, burros ressabiados.

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  4. Sao os tic toc s dos vídeos parvos. Sao os trolls resentidos porque nao estudavam, mas querem tudo de mao beijada . Sao os rabetas que deliravam com a imagem de ditador do ventura

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