segunda-feira, 25 de março de 2024

Assassinato de Mariel Franco e seu motorista Anderson Gomes, ficou resolvido 6 anos depois pela polícia Federal do Brasil

 

Mariel Franco e seu motorista  Anderson Gomes

 Há mais de seis anos, as perguntas incontornáveis ecoam, ameaçando cair no vazio: Quem mandou matar Marielle Franco e Anderson Gomes, e por quê? Na manhã de ontem, uma operação da Polícia Federal apresentou respostas. Foram presos, apontados no inquérito como “autores intelectuais” do crime, o deputado federal Chiquinho Brazão (UniãoRJ), seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE), e o delegado Rivaldo Barbosa, que era o chefe de Polícia Civil do Rio à época dos assassinatos e teria atuado para protegê-los. Os três negam a acusação. No relatório da PF que embasou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a motivação para o assassinato de Marielle foi divergência política em relação à regularização fundiária de condomínios na Zona Oeste do Rio, região onde o clã Brazão tem base política. Moraes reproduziu trecho do relatório que diz que “inexistem dúvidas em relação ao teor repugnante da motivação dos irmãos Brazão na empreitada criminosa” Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, determinados, assim como as prisões, por Alexandre de Moraes. Entre os alvos estão Erika Andrade de Almeida Araújo, mulher do delegado Rivaldo — apontada como sócia em empresa usada para “branqueamento de capitais” —, e o delegado Giniton Lages, que chefiava a Delegacia de Homicídios no início das investigações, em março de 2018. Segundo informou a colunista Malu Gaspar, do GLOBO, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) só será concluída depois que todas as provas recolhidas na operação deste domingo forem analisadas.

Política e crime: elo de padrão mexicano
 Caso Marielle mostra que lá e aqui, frequentemente, a política e o crime se tornam uma coisa só

Houve um tempo, no México, em que os cartéis das drogas lidavam com autoridades políticas, policiais ou judiciais de acordo com uma receita simples, que os criminosos chamavam de plata o plomo (“prata ou chumbo”, em espanhol). Ou seja, políticos e agentes da lei podiam ser cooptados por meio do pagamento de propina (prata) ou intimidados e eliminados com o emprego da violência (chumbo). Há muitos anos, porém, os elos entre política e crime organizado no país evoluíram para um estágio mais complexo, em que interesses políticos se misturam com atividades criminosas, tornando impossível distinguir onde começa um e termina o outro, ou qual alimenta qual. É a política que está a serviço do crime ou o crime que serve à política? O caso Marielle Franco sugere que o Brasil atingiu o padrão mexicano de elo entre política e crime organizado. Os suspeitos de ordenar ou encobrir o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, presos em operação da Polícia Federal neste domingo, incluem um deputado federal, Chiquinho Brazão, um conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), Domingos Brazão, e um ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa. Os dois primeiros foram apontados como mandantes do crime pelo ex-PM e miliciano Ronnie Lessa, que confessou ter matado a vereadora e o seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. A motivação seria o fato de Marielle ter se tornado um obstáculo aos interesses de especulação imobiliária dos irmãos Brazão em uma área de influência das milícias na zona oeste do Rio. Chiquinho e Domingos têm uma longa trajetória política no Estado, que inclui mandatos na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa (Alerj), onde ainda mantêm influência, e possuem apadrinhados na prefeitura e no governo do Estado. Já o delegado Rivaldo Barbosa foi preso pela suspeita de ter participado de uma trama para encobrir os culpados pelo assassinato. Justo ele, que chefiava o órgão policial inicialmente responsável pela investigação. Guardadas as proporções, a suspeita sobre Barbosa lembra o caso do ex-chefe de combate ao narcotráfico no México, Genaro García Luna, que no ano passado foi condenado nos Estados Unidos por fazer exatamente o contrário do que seu cargo exigia: ele trabalhava para, não contra, os grupos criminosos. Lá e aqui, frequentemente não é a política que está a serviço do crime ou o crime que serve à política. Ambos acabam se tornando uma coisa só.









8 comentários:

  1. Na ilha da Madeira as policias da Republica assim como os Tribunais e todo o MP trabalham para o crime organizado local é igualzinho àquilo que acontece no Brasil.

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    1. É verdade Coelhão.

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    2. Este blogue é universal. Só cheira a merda.

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    3. Comentário 5.55 parece que o padre das esmolinhas anda enraivecido.

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    4. E na Rússia nem se fala !!!!

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  2. O motorista achou de comer aquele frasco tipo coelha cá do sítio.....fu***-**.

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