E a coerência?
Vivemos num tempo estranho, muito estranho onde a velocidade dos acontecimentos e a falta coerência no plano político são uma realidade. Se a estes fatores juntarmos o vale tudo então ficamos com as condições ideais para o caos.
Foi o que se passou na passada semana na Madeira. Enquanto os holofotes dos média se dirigiam para as eleições nos Estados Unidos da América, aqui na ilha, depois de um período de acalmia na política regional em que o Chega Madeira chegou a viabilizar o Programa de Governo do PSD, bem como o Orçamento Regional 2024, eis que este partido decidiu abrir a sua gaveta e de lá tirar o papelinho que representa a bomba atómica do regime democrático e parlamentar.E fê-lo no mais incompreensível e pior momento possível. Fê-lo sem justificação plausível, sem proporcionalidade no custo-benefício global, quando estávamos de volta à rotina pós período de instabilidade política, pós verão e pré Natal, quando o Governo Regional trabalhava de modo a recuperar o tempo e os processos que ficaram pendentes ou condicionados durante o período em que ficámos com orçamento em regime de duodécimos, quando estávamos a ultimar a preparação e a negociação do Orçamento Regional (ORAM) de 2025, quando estava agendada a Cimeira Madeira-Açores que contaria com a presença do Sr. Dr. Luís Montenegro, Primeiro Ministro de Portugal, que se disponibilizava a trabalhar na resolução dos problemas das Regiões Autónomas que persistem e que se agravaram após os oito anos de um desgoverno socialista e quando a Região precisava de estar forte na negociação da fase de especialidade do Orçamento de Estado (OE) para 2025, que na sua primeira versão, é manifestamente insuficiente para a Região.
A este propósito, e mantendo o tema da coerência, permitam-me que refira a incompreensível omissão da prorrogação do licenciamento das empresas para Zona Franca da Madeira. Este facto é tanto ou mais inaceitável por, no ano anterior, perante semelhante atitude do governo do Sr. Dr. António Costa, o Grupo Parlamentar do PSD, com o Professor Doutor Joaquim Miranda Sarmento, atual Ministro das Finanças, como primeiro subscritor e líder parlamentar, submeteu a proposta de alteração número um da plataforma da Assembleia da República para o OE de 2024, exatamente para assegurar que os licenciamentos das empresas na Zona Franca da Madeira fossem até 2026 e os benefícios associados estivessem garantidos até 2030.
Mas voltando ao que neste momento mais importa, o Chega Madeira apresentou a moção de censura no passado dia 6 depois de muitos meses a ziguezaguear e a dar o dito por não dito. As acrobacias políticas foram muitas, de alguma complexidade e são do conhecimento público.
A última foi após a imposição do líder nacional para que o seu partido na Madeira apresentasse uma moção de censura ao governo PSD. Nesse momento, há 18 dias, a Comissão Política do Chega Madeira - em posição unânime de todos os presentes - opunha-se à determinação do grande líder e justificava-se com o fato de que a queda do Governo Regional poderia por em causa a continuidade das políticas, que a presunção de inocência do Sr. Dr. Miguel Albuquerque devia ser respeitada, que censurar o governo prejudicaria a vida dos madeirenses e que promover a instabilidade política na Região seria visto como um foco político desnecessário.
Mas então, se na Região nada de extremamente relevante e disruptivo aconteceu no entretanto, a pergunta que se impõe é saber o que aconteceu entre o dia 26 de outubro e 6 de novembro?
O que aconteceu ao Chega Madeira para em 12 dias mudar radicalmente de opinião?
Será que o Sr. Dr. Miguel Albuquerque tinha razão quando afirmava que o Chega é um partido anti autonomia?
Será que o perfil autonomista dos dirigentes do partido na Madeira é assim tão fraco?
Ou será que a comentada falta de democracia interna no partido levou a melhor, e para a sobrevivência dos egos nacionais, não se arranjou melhor do que infringir danos aos madeirenses e aos porto-santenses?
Será que não é possível que este partido faça mais e melhor à democracia madeirense, que respeite a vontade do povo que se manifestou nas urnas no passado mês de março, retirando para o efeito a moção de censura submetida e mostrando que pode ser mais responsável e mais coerente?
Senão o fizer, não perde o A, o B nem o C. Não ganha o X, o Y nem o Z. Perdemos todos, todos, todos. E muito.
Será que ela é uma mulher? Parece um travesti.
ResponderEliminarSangue azul, a pequena. Já viram aquele nome? Dá a volta ao quarteirão.
ResponderEliminarSangue azul o tanas lololol prima afastadíssima dos homens de gouveia ao que dizem, passa a vida a dizer que é prima deles lol gozam dela q se fartam lol ate encaixou os nomes todos lol pelo andar o coelho é primo do Dom Afonso Henriques e talvez seja mais primo do que ela ahahahshahahaha. O psd não tem de limpar o presidente mas a escumalha que lhe lambe botas. Só afastam votos!!
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