quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Recordando a revolta do leite de 1936

 

Populares revoltosos durante a Revolta do Leite, Madeira, 1936. DR
Fonte e Publicação do Museu do Aljube

 A 6 de agosto de 1936, aconteceu a “Revolta do Leite” na Madeira, um protesto popular contra um decreto-lei que estabelecia o monopólio na indústria dos lacticínios, através da criação da Junta Nacional dos Lacticínios da Madeira (JNLM). Esta lei teve consequências devastadoras para os pequenos produtores como a redução significativa do valor oferecido pelo leite, o encerramento de muitos posto de desnatação (cerca de 800) e o consequente aumento do desemprego.

A situação torna-se insustentável e iniciam-se os protestos em vários pontos da ilha, principalmente no Faial, Ribeira Brava, Machico e Funchal, que se estendem por mais de um mês, resultando em 557 prisões, 7 mortes e um número indeterminado de feridos.

  Devido à sobrelotação na prisão da Madeira, são enviados 53 presos para o Depósito de Angra do Heroísmo. Detidos há cerca de dez meses na Madeira e na Terceira, os presos são listados segundo o “grau de perigosidade” e enviados a junho de 1937 para diversas prisões no Continente.
  Os mais “perigosos” vão para Peniche. E dez mulheres, todas do concelho da Ribeira Brava, vão para a cadeia das Mónicas, em Lisboa, são elas: Ludovina de Jesus da Corte, Agostinha da Câmara, Francisca Andrade, Maria de Jesus Silva, Maria Rosa de Abreu, Maria de Jesus Andrade, Conceição da Câmara Rodrigues, Tereza da Corte, Virgínia de Jesus e Maria de Souza.
  Todos os presos enviados para o Continente estiveram detidos entre 2 e 3 anos, tendo o Tribunal Militar Especial que “os julgou”, atribuído como pena, o tempo de prisão.


1 comentário:

  1. A China de hoje é SOCIALISTA?
    https://www.youtube.com/watch?v=JeUsR0PFQI4

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