Em plena escuridão da ditadura de Salazar, quando Portugal vivia sob a opressão, a censura e o medo, um homem ousou voar – literalmente – contra o regime.
Filho do Algarve, nascido em 1922, Palma Inácio poderia ter levado uma vida comum. Tornou-se mecânico de aeronaves e piloto civil na juventude. Mas seu destino tomou outro rumo quando, ainda com 25 anos, decidiu enfrentar o Estado Novo de frente.
Foi o primeiro sequestro aéreo por motivos políticos na história da aviação civil.
Em 1967, liderou o assalto à agência do Banco de Portugal na Figueira da Foz. O objetivo? Financiar a luta armada da LUAR (Liga de Unidade e Ação Revolucionária), organização fundada por ele mesmo para combater Salazar.
E mesmo preso diversas vezes, espancado e torturado, ele nunca cedeu.
E mesmo com a democracia restaurada, recusou honras, cargos ou vantagens. Disse: “Fiz o que tinha de fazer. Não quero recompensas, quero apenas ver Portugal livre.”
Em 2000, recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Faleceu em 2009, aos 87 anos, deixando um legado de coragem, honra e resistência.
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