quinta-feira, 11 de junho de 2015

Bárbárie nazi:Massacre de Lídice completou 73 anos

Cidade da Tchecoslováquia que deu origem ao nome foi palco de uma dos mais perversos crimes contra a humanidade

Há exatos 70 anos, no dia 10 de junho de 1942, foi cometido um dos maiores crimes contra a humanidade. Com o objetivo de vingar a morte de um único homem, o oficial nazista Reinhard Heydrich, o ditador Adolf Hitler mandou agentes da Gestapo e da SS invadir uma cidade, matar todos os seus homens, arrastar todas as mulheres e crianças para campos de concentração, destruir todas as edificações.
Hitler mandou remover de todos os mapas o nome que seria mais tarde resgatado como símbolo de resistência ao ódio: Lídice deixou de existir enquanto pequeno enclave no coração da antiga Tchecoslováquia e passou a denominar ruas, cidades, monumentos espalhados por todo o mundo. No Brasil um vilarejo do Rio de Janeiro, até então chamado Santo Antônio do Capivari, adotou em 1944 o nome Lídice.
 Pela mesma razão, muitas mulheres nascidas no pós-guerra receberam este nome, caso da primeira senadora da Bahia, Lídice da Mata. “Meu pai, Aurelio Souza, era um defensor das liberdades democráticas, e como tantos outros atendeu ao chamado de homenagear os heróis e heroínas da Segunda Guerra Mundial”, explicou a senadora, que dedicou à inspiração de seu nome um artigo escrito para o jornal A Tarde a ser publicado na edição do dia 11 de junho.
 Na próxima quinta-feira, 14, a senadora participa de um debate com o Senador Cristóvão Buarque, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, como parte da “Homenagem às vítimas de Lídice”, evento organizado pela Embaixada da República Tcheca, a Secretaria de Cultura do Distrito Federal e a Universidade de Brasília.
“Para mim representa satisfação, alegria orgulho ter este nome com uma representação política e histórica tão grande, vinculada à liberdade. Eu tenho a sorte de ter o nome Lídice e ter nascido na outra cidade heróica dos brasileiros e dos baianos, que é Cachoeira. Isso me estimula muito na vida e na política a defender a causa das liberdades”, declarou a senadora, em vídeo-depoimento que pode ser conferido abaixo:
A História – Em 27 de maio de 1942, quando viajava em seu carro para Praga, Reinhard Heydrich foi atacado por agentes tchecos que tinham sido treinados na Inglaterra, num dos mais audaciosos ataques da Segunda Guerra, denominado Operação Antropóide.

Escolhido por Hitler para governador da Tchecoslováquia ocupada (Reichsprotektor), e segundo homem no comando das SS*, Heydrich foi levado vivo para Praga, tratado por médicos alemães, mas morreu de septecemia, face aos ferimentos recebidos, no dia 04 de junho.
 Depois de chamá-lo de “o homem com o coração de ferro” em um funeral com honras militares, Hitler ordenou uma pesada vingança iniciada com a caça e o assassinato de agentes tchecos, membros da resistência, e qualquer um suspeito de estar envolvido na morte de Heydrich, totalizando mais de 1000 pessoas. Além disso, 3000 judeus foram deportados do gueto de Theresienstadt para o extermínio. Em Berlim, 500 judeus foram presos, com 152 executados em represália no dia da morte de Heydrich.
 No dia 10 de junho, em um dos atos mais infames da Segunda Guerra Mundial, a aldeia de Lídice foi cercada e todos os 172 homens e meninos com idade acima de 16 da aldeia foram mortos. Mulheres e crianças foram presas e levadas para trabalhos forçados e o extermínio nos campos de concentração de Ravensbrück e Gneisenau, onde a grande maioria morreu.
 A aldeia de Lídice foi então destruída com explosivos, e, em seguida, completamente nivelada. Não sobrou uma parede em pé, não permaneceu nenhum traço da antiga aldeia.
 Em 18 de Junho de 1942, os três resistentes tchecos que eliminarm Heydrich foram encurralados na cripta de uma igreja ortodoxa, em Praga, e após um duro combate mortos. A República Tcheca só foi libertada em Maio de 1945, pelo Exército Soviético.




Indemnização de 15 mil€ a Luís Miguel de Sousa vai depender do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

com a devida vénia do "Funchal Notícias"

A indemnização de 15 mil euros a pagar por Gil Canha e Eduardo Welsh ao empresário Luís Miguel de Sousa, fixada pelo Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), conforme deu ontem conta o Funchal Notícias, vai depender do que decidir o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH).Segundo nos adiantou Gil Canha é intenção da defesa recorrer até àquela instância para que a Europa faça a Justiça que os tribunais portugueses se recusam a fazer e que, na óptica dos ex-responsáveis do quinzenário ‘Garajau’, é a absolvição do pedido.Gil Ganha tem esperança que o TEDH condene o Estado Português como já o fez em Setembro de 2013 num outro processo relacionado com o ‘Garajau’ mas com outro protagonista.Na altura, o TEDH condenou o Estado português a pagar 5.000 euros a Gil Canha e a Eduardo Welsh que havia sido condenados pelo TRL por difamação ao ex-vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva.A decisão que, na altura, foi proferida por unanimidade, considerou que “houve uma violação do artigo 10.º da Convenção Europeia dos Direitos do Homem que consagra a liberdade de expressão”. Na apreciação desse outro processo, os juízes do TEDH citaram jurisprudência segundo a qual “a liberdade de expressão constitui um dos fundamentos essenciais de uma sociedade democrática”.É este argumento que os réus querem que se volte a repetir no caso em que a Relação baixou de 30 para 15 mil euros o valor da indemnização a pagar a Luís Miguel de Sousa.O caso remonta a 2006/2007, altura em que o extinto jornal satírico ‘Garajau’ publicou três artigos sobre o porto do Funchal que Luís Miguel de Sousa considerou ofensivos.O empresário sentiu-se ofendido e, a 9 de Março de 2009, meteu um processo contra o ‘Garajau’, Gil Canha, Eduardo Welsh e José Manuel Coelho pedindo que estes lhe pagassem, solidariamente, uma indemnização de 250 mil euros por danos morais.A 3 de Julho de 2014, o Tribunal de Vara Mista do Funchal condenou os três réus, solidariamente, no pagamento de uma indemnização por danos não patrimoniais no valor de 30 mil euros.Gil Canha e Eduardo Welsh recorreram para o TRL que, a 21 de Maio último, julgou a apelação parcialmente procedente e baixou a indemnização para 15 mil euros.A primeira parte do sumário do acórdão do TRL até joga a favor dos réus: “O direito à informação prevalece sobre o direito ao bom nome e reputação, quando a notícia reveste interesse público e se encontra factualmente fundamentada. A linguagem satírica, mesmo acintosa e desagradável, é uma linha de formulação de crítica social que merece protecção no âmbito da liberdade de expressão”.Contactado pelo Funchal Notícias, Gil Canha disse que a Justiça portuguesa está desacredita até porque, sobre a mesma matéria de artigos publicados no extinto ‘Garajau’ sobre o porto do Funchal, já proferiu três decisões diferentes.

Um condenou os demandados a pagar 6 mil euros a Cristina Pedra; outro condenou-os a pagar 40 mil euros a David Pedra e outro a pagar 15 mil euros a Luís Miguel de Sousa.


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