terça-feira, 9 de outubro de 2018

Cafôfo cria mais uma polícia na Madeira a juntar às muitas já existentes

A polícia do Cafôfo
Gil Canha, “O ressabiado”


Há dias, li no boletim municipal (DN) que Paulo Cafôfo sempre vai avançar com o corpo de Polícia Municipal, com cerca de 50 agentes, mais carrapitanas, motoretas, fardas e até com um simpático reboque.
A mim não me cria engulhos a existência de uma polícia municipal, aliás existem muitos concelhos deste país que já contam com esse reforço uniformizado do poder autárquico.
Mas também não serve de argumento justificativo, para obrigatoriamente todas as autarquias terem polícias municipais.
A Costa Rica não tem exército e é o país mais estável e desenvolvido da América Central.
Obviamente que não quero entrar por aí! Mas o que me espanta é ser Paulo Cafôfo, o conhecido ideólogo do nacional-facilitismo, o agora mentor do uso da força do cassetete e da severidade da farda para pôr na ordem os munícipes mais travessos. Não sei se se lembram, mas, em Maio de 2014, um dos argumentos utilizados pelo sr. Prof. Cafôfo “Mentiras”, para me retirar os pelouros, era que havia a necessidade de ter uma Câmara “facilitadora”, e que devido à minha “intransigência, existiam muitas queixas de comerciantes, vendedores e outros "empresários", que estavam manifestamente desagradados com as minhas atitudes “inflexíveis” e determinadas, nomeadamente com a questão das esplanadas.
Ora, isto foram repugnantes falsidades inventadas por este conhecido cavalheiro do embuste, como se prova agora com a criação desta polícia municipal. Porque a verdadeira razão para o meu afastamento, diga-se a verdade, era que eu defendia os interesses da cidade e não os interesses dos grandes grupos económicos, aliás, foi quando retirei a Travessa dos Varadouros aos Sousas (Cafofo já a devolveu) e dei sinais que era contra a revalidação da licença do Savoy e contra a corrupção imposta por certos membros do Partido Socialista que ditaram o meu afastamento e o dos meus colegas de vereação.
Entretanto, graças à incompetência de Cafôfo, a Câmara do Funchal foi perdendo autoridade e os seus fiscais continuamente desautorizados. Muitas vezes, um fiscal intervinha pela manhã, o munícipe fazia queixa ao Presidente de Câmara pelo almoço e, pela tarde, o presidente desfazia tudo, segundo a tal doutrina cafofiana do “nacional-facilitismo”. E no rescaldo deste desgoverno insano, ficava o fiscal reduzido à figura-de-palhaço e a autarquia esvaziada de autoridade, como um peru liberto das suas tripas em vésperas de Natal. Ora, nenhuma administração resiste a isto e, com o tempo, a coisa agravou-se até se chegar à bandalheira atual, em que ninguém respeita ninguém! Nem ninguém cumpre nada!
Isto faz lembrar aquele professor que foi apaparicando os seus alunos, condescendendo e facilitando a indisciplina e o descuido dos seus pupilos, e quando a sala de aulas se transformou numa algazarra generalizada, com estudantes ao murro e à chapada… é que o professor resolveu chamar a polícia… para tentar restabelecer de uma forma musculada uma autoridade irremediavelmente perdida.
Deste modo, se a atual Câmara dissipou toda a autoridade e reina a anarquia na cidade, a culpa é única e exclusiva de Paulo Cafôfo. Aliás, a criação desta Polícia Municipal é um esforço inglório da cafofada para tentar travar o regabofe que ela própria criou, e que agora tenta remediar à custa da bastonada.
E mais grave ainda, para não se falar dos milhões de euros necessários para alimentar esta “guarda pretoriana” do nosso campeão em título da mentira regional; é que os atuais 23 fiscais operacionais da CMF, desde que bem enquadrados, superiormente dirigidos e valorizados, investidos de autoridade e meios de ação concretos, seriam muito mais eficazes do que os tais 50 pardalões uniformizados que o sr. Cafôfo quer impingir à cidade. (fénix)

1 comentário:

  1. o persodent descobriu uma nova forma de perseguir os psds. Achou uma nova profissão... de leiloeiro de arte furtada à policia de paisana ambulante! E ainda há partidos que confiam naquela pessoa. Vão levar surpresa...

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