sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Homenageada em Gramado, atriz combateu o racismo

 

Léa Garcia 1933 - 2023
Aos 90 anos, sempre lembrada como a Rosa de ‘Escrava Isaura’, ela não resistiu a um enfarte, durante o festival de cinema 
Vítima de um enfarte do miocárdio, a atriz Léa Garcia morreu na terça, 15, aos 90 anos, informou a família da artista nas redes sociais. Léa estava em Gramado (RS) para participar do Festival de Cinema. A informação partiu do Hospital Arcanjo São Miguel, citado em nota pela organização do evento. Léa Garcia seria homenageada na mesma noite de terça, pelo festival, ao lado de Laura Car doso, com o troféu Oscarito. As duas foram vistas juntas no sábado, 12, em uma das sessões do evento. A direção do festival anunciou que a programação será alterada, e a homenagem às atrizes, reagendada. Reconhecida agora pelo conjunto da obra, Léa já ganhou Kikitos por Filhas do Vento, Hoje Tem Ragu e Acalanto e foi indicada em 1957 para o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes por Orfeu Negro. Com mais de 100 produções no currículo, incluindo cinema, teatro e TV, Léa continuava no pleno exercício da profissão – e estava em negociação para reviver a personagem Chica Xavier no remake da novela Renascer, segundo informações do jornal O Globo. Léa fez uma participação especial na série Vizinhos, que estreia no Canal Brasil dia 25, dirigida por José Eduardo Belmonte, e também esteve em cartaz nos palcos de São Paulo, no final do ano passado, ao lado de Emiliano Queiroz no espetáculo A Vida Não É Justa, sob a direção de Tonico Pereira. Neste ano, ela ganhou uma biografia, Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: a Trajetória e  o Protagonismo de Léa Garcia, de Julio Claudio da Silva. Nascida em 11 de março de 1933, no Rio, Léa Garcia teve grande importância ao coroar o espaço de artistas negros na dramaturgia brasileira. Foi aos 16 anos que ela conheceu o Teatro Experimental do Negro (TEN), então liderado por Abdias Nascimento, e sua estreia nos palcos se deu em 1952, com Rapsódia Negra. Demorou para que Abdias a convencesse a atuar, mas Léa estaria presente em sete montagens do TEN. A atriz atingiu o apogeu de sua carreira, no início dos anos  no Festival de Gramado, e O Pai da Rita, elogiou a trajetória de Léa. “Nós a perdemos no apogeu do seu reconhecimento artístico, que veio tarde, mas veio. Enquanto o Brasil perde uma estrela de primeira grandeza, o Orum (céu) fica mais bonito.”

ATIVISMO.
 A atriz também levaria seu ativismo antirracista para fora dos palcos e das telas. Léa trabalhou, até a década de 1990, no Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel, onde desenvolveu projeto que unia teatro e terapia em prol dos pacientes da instituição. A atriz teria se inspirado em atividades realizadas no TEN para aliviar os efeitos do racismo. Léa deixa um legado que transcende suas personagens e adentra a história da resistência da arte brasileira. (estadão)



7 comentários:

  1. O médico alienado tomou conta do Pravda

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    1. O médico rabetinha agora controla aquela pocilga à distância

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  2. Carlos Pereira anda à pancada nos centros comerciais com outros gajos do Marítimo. O super-homem do jardinismo nietzchiano em todo o seu esplendor. E ainda falavam do 500...

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    1. O problema do 500 foi outro.
      Quis fazer frente aos chulos do Fugitivo.
      Apanhou no lombo para aprender. Quem não não pode não se mete

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  3. Macedo é 100 por cento de confiança para o Coelho. Agora é um dos administradores e redactores deste blogue.

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  4. Mais uma que morreu vacinada...

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  5. Ter confiança do COELHO?
    Vê-se logo o tipo de rolha

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