quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

Raquel Coelho faz justa análise acerca do aparelho judicial que a república portuguesa mantém na Região Autónoma da Madeira

 


 «Se eu pudesse oferecer uma notícia ao mundo, neste Natal, na área da Justiça, seria esta: não chegariam mais aviões da Força Aérea para investigar a corrupção na Madeira. Seria exactamente o contrário, um voo directo para repatriar a justiça madeirense aqui imposta pela República. A grande lição da operação Zarco é mais desconfortável do que aparenta. Pior que a corrupção na política é a corrupção na justiça. O que fez a justiça madeirense durante todos estes anos? Faltou independência? Faltaram meios? Ou faltou apenas... vontade? Já pararam para pensar que foi preciso alguém de fora para sabermos o que se passava aqui dentro? Assim como dependemos da imprensa de fora para saber o que acontece aqui, parece que também precisamos de um MP continental para "descobrir" o que todos fingem não ver. Não há distanciamento suficiente do poder judicial para ver com olhos de ver, o que está nas nossas barbas. E não falo só da cegueira em relação à corrupção na política, falo ao mundo empresarial, ao próprio sistema de saúde.  
  A corrupção é uma bola de neve que acaba por enrolar a todos. Num Estado democrático não podem existir torres de marfim. Nenhum órgão de soberania tem direito a essa espécie de imunidade divina. E isto inclui, sobretudo, o sistema judicial. A autorregulação, tal como existe, tem mostrado fragilidades demasiado óbvias.
  E preciso restabelecer mecanismos simples, quase básicos, como a rotatividade dos magistrados, que protege não só a independência, mas também a percepção pública dessa independência.»



2 comentários:

  1. Viva Raquel Coelho grande Mulher clarividente e Política

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  2. O jornaleiro Miguel Fernandes enganando Raquel Coelho

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