sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Vejam a notícia que o manhoso do "meia-saca" traz a público só depois da aprovação do Orçamento Regional

 


O JM manipula a informação à qual os madeirenses têm direito.

PIB recorde, postos record... e o Governo Regional da Madeira teso de mão estendida à banca? 



Uma vez li no MADEIRA OPINA uma expressão engraçada, o "superavit das dívidas".
Quando insistem muito e recalcam umas narrativas é que sentem necessidade de cimentar essa ideia. A Madeira sempre foi uma maravilha e já teve duas falências. A notícia de que o Governo vai contrair um empréstimo de 50 milhões de euros surge num contexto curioso, para não dizer contraditório. Nunca se arrecadou tanto em impostos, nunca se falou tanto de crescimento económico e de um PIB "robusto", e, ainda assim, o
* GR vê-se obrigado a recorrer à banca para financiar a sua atividade corrente.
 Esta realidade levanta uma pergunta simples, mas incómoda: como é possível cobrar mais do que nunca aos cidadãos, às empresas, aos turistas e estrangeiros e, simultaneamente, precisar de crédito para manter o funcionamento do GR?
O crescimento do PIB tem sido apresentado como prova de boa governação. Contudo, o PIB mede atividade económica, não mede eficiência da despesa pública nem saúde financeira do GR.   Um PIB elevado pode coexistir com desequilíbrios profundos se esse crescimento for sustentado por inflação, consumo excessivo ou setores pouco produtivos. PIB não é dinheiro em caixa.
  Quando um governo, em ambiente de carga fiscal recorde, recorre a empréstimos de curto prazo, o sinal é claro: há um problema estrutural. Não se trata de investimento estratégico nem de resposta a uma crise inesperada, mas sim de dificuldades de tesouraria. Em linguagem simples, é o equivalente a uma família que diz ganhar mais do que nunca, mas precisa de crédito rápido para pagar despesas do dia a dia.
 Esta situação revela um GR que cresce em receita, mas cresce ainda mais em despesa. Revela também uma opção política clara, manter o discurso de prosperidade enquanto se empurra o problema para a frente, através de mais dívida. A fatura, como sempre, não desaparece. Acumula-se... foi assim com os 6000 milhões. Que número!
 A verdadeira questão não é o empréstimo em si, mas a incoerência entre narrativa e realidade. Se a economia está tão forte, se o PIB é tão extraordinário e se a receita fiscal bate recordes sucessivos, então por que motivo falta liquidez?
Onde está a folga orçamental que deveria acompanhar esse crescimento?
 Enquanto estas perguntas não tiverem resposta clara, o "PIB fantástico" continuará a ser apenas um slogan. E os contribuintes continuarão a pagar impostos de país rico para sustentar um GR que funciona como se estivesse permanentemente em dificuldades.
  No fim, não é o PIB que paga as contas. São as pessoas. Venham mais campos de golfe! Curioso como a notícia sai depois do Orçamento aprovado!

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