Gil Canha
Nos tempos em que andávamos em manifestações contra a inaugurações eleitoralistas do regime ditatorial do dr. Jardim, costumava haver um grupo de populares, maioritariamente formado por mulheres, que nos tentavam agredir, nos insultavam, e algumas até nos cuspiam em cima. (Nessa altura os oportunistas semianalfabetos cafofianos andavam escondidos nos seus buracos, acagaçados de medo!).
Depois, o regime do nosso ex-Bokassa aperfeiçoou os seus métodos, e passaram a contratar ex-cadastrados e grupos-de-choque de “mijinhas histéricos”, com forte odor a fraldas de bebé, com o intuito de nos intimidarem e nos pressionarem para não exercermos o nosso direito constitucional à manifestação e à liberdade de expressão. (Nessa altura os parasitas cafofianos viviam debaixo das saias das mamãs, e só de ouvirem o nome do nosso Bédel Bokassa, derretiam-se em desarranjos intestinais).
Há dois anos, e no exercício das minhas funções de deputado, fiz duras criticas ao sr. Cafofo, inclusivamente, afirmei que a Câmara andava a desviar milhares de euros dos munícipes contribuintes para alimentar propaganda paga a peso-de-ouro no DN, dito “Independente”, de Mr. Blandy, em vez de ajudar os nossos concidadãos mais necessitados. (O “chouriço” folha-de-couve que foi publicado esta semana no DN é uma prova editorial desse despesismo cafofiano apalermado!)
O boletim municipal, leia-se DN, chamou-me na altura “Mentiroso” na sua primeira página, e na esteira do pasquim da Fernão Ornelas, o sr. Cafofo, ofendidíssimo nos seus virginais achaques brejeiros, meteu-me um processo judicial, que ganhei em Tribunal.
Tudo muito à moda do nosso ex-Bokassa!
Pensei que esses rasgos de intolerância pertenciam ao passado, e que depois da porrada que o sr. Cafofo levou em Tribunal, o homem iria deixar-se de se armar em Benito Mussolini. Infelizmente, tenho tido informações fidedignas de que as sessões da Assembleia Municipal do Funchal têm sido um festival de insultos e de outras ensurdecedoras chacotas, por parte de um grupo de simpatizantes cafofianos, que acachapados na sala, aproveitam todos os momentos para desestabilizarem e intimidarem os oradores da oposição. (As voltas que isto deu… antigamente era o parlamento regional a penar debaixo da verborreia desalmada do sr. Jaime Ramos, agora essa erudita linguagem de carroceiro passou-se de armas e bagagens para a Assembleia Municipal, onde uma equipa de pederastas da democracia faz as honras da casa).
E ontem, na sessão solene do Dia da Cidade, o mesmo grupo de bandalhos (talvez sob o efeito dos vapores avinagrados do poio-do-avô ou da indigesta caldeirada de chicharros de S. Martinho) irrompeu aos apupos e vaias contra o discurso do deputado municipal Roberto Vieira, e que o pasquim de Mr. Blandy minimizou, chamando de “protesto” que “contagiou parte da plateia”. (Segundo os padrões da Fernão de Ornelas, a sova que os jogadores sportinguistas levaram em Alcochete também foi um protesto altamente contagiante)
É pena que estes cafofianos mais boçais, em vez de terem andado alapados em covas nos tempos jardinistas, não tivessem tido lições de democracia; não fariam estas cenas neandertais. Aliás, a tal matrona cafofiana que foi arrastada pela polícia da sessão solene deveria ser condenada a escrever mil vezes a célebre frase de Voltaire (alguns dizem que a autoria da frase é da sua biógrafa, Evelyn Beatrice Hall): “Abomino aquilo que dizeis, mas lutarei até à morte pelo vosso direito a dizê-lo.”
Quem esteve bem nesta sessão solene, e é bom referir, foi a deputada municipal Herlanda Amado, que, em reação ao gospel foleiro do Professor Mentiras, disse que “em democracia é preciso saber ouvir as críticas”.(fenix do Atlantico)
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