quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Padre José Martins Júnior, fala do poderoso lobby gay na Igreja

José Luís Rodrigues, prestigiado padre madeirense, já tem registo de marca: pensamento consistente, coerente, transparente! É, porventura, o único sacerdote da diocese do Funchal que reúne numa perfeita simbiose o tão custoso tríptico que define uma Personalidade – consistência, coerência, transparência.
De entre muitas provas dadas, avulta o magno desafio que acaba de lançar “urbi et orbi” : um debate global sobre o Celibato dos clérigos. Embora motivado pela recente notícia dos 300 padres pedófilos da Pensylvannia, EUA, o seu desafio vem de mais longe e agiganta-se no meio da mediocridade em que vegeta o clero madeirense e, no caso vertente, a própria instituição eclesiástica.
JLR é um jovem, mas detentor de uma maturidade caldeada no chão da vida das gentes. Ele caminha na esteira intelectual dos eminentes teólogos Anselmo Borges e Bento Domingues, com quem está sintonizado nestas e noutras questões
Dos socalcos dos meus 80 anos, saúdo a sua coragem e acompanho-o no seu projecto. E, desde logo, associo-me à iniciativa, colocando-me na lista de inscrições para formular algumas teses que oportunamente aprofundarei, fruto do percurso de décadas entre as estantes da biblioteca e as pègadas do quotidiano. As minhas e as de colegas sacerdotes que, já do outro lado do Universo, deixaram rastos de luz que ainda perduram.
A título de ensaio, transcrevo um dos veementes apelos que a escritora canadiana acaba de proclamar em Carta Aberta dirigida  ao Papa Francisco: “Seja valente, chegou a hora. Por isso, peço-lhe que tenha coragem de dizer BASTA. Como autoridade suprema da Igreja, este seria o acto mais importante, mais valoroso e mais cristão de todo o seu mandato”.
Mas o Papa apresenta-se impotente nesta matéria. Porque, maior que ele, é tremendamente poderoso o lobby gay na cadeia hierárquica da Igreja, a começar pelo Vaticano. O celibato é o fruto maduro e musculado de todas excrescências que o Império dos Eunucos foi construindo contra a Igreja-Comunidade de Jesus. Para abolir o celibato, o Papa deveria eliminar primeiro as causas e a casuística ridícula, senão mesmo aberrante, com que os seus antecessores  macularam e vilipendiaram a túnica inconsútil do Nazareno. Por outras palavras, deveria purificar o cristianismo, fazê.lo regressar às origens.
Mas, como e para quando?
Quando houver sacerdotes e ristãos da fibra do Padre José Luis Rodrigues: consistente, coerente, transparente. Façamos a nossa parte.

19.Ago.18
Martins Júnior    (senso e consenso)

SEXTA-FEIRA, 17 DE AGOSTO DE 2018

Abusos contra menores são intoleráveis

horror. Hediondo. Inacreditável. Vergonha... Todas as palavras de indignação serão poucas para qualificar os crimes de abusos sexuais contra crianças na Igreja Católica.  Mais casos foram apurados por um grande júri no estado da Pensilvânia, nos EUA, que recolheu ao longo de dois anos de investigação, o que agora conta num relatório de 1400 páginas. No total, ao longo de sete décadas, foram 301 os padres católicos envolvidos em abusos sexuais de menores, com o número de vítimas a chegar aos mil. Em causa estão seis das oito dioceses deste estado (nas outras já tinha havido investigações), que representam 1,7 milhões de católicos. Li algumas coisas do relatório, parei, porque me enojou. Intolerável esta catástrofe que brada aos céus e que devia exigir uma reflexão urgente sobre a forma como a Igreja tantas vezes se torna ninho de pedófilos e de doentes metais sexualmente depravados. É preciso e é urgente uma transparência universal nesta matéria, punir todos os padres abusadores e por arrasto todos os bispos que andaram a protegê-los enviando para debaixo do tapete as suas perversões. Por isso, é inaceitável a perseguição que é movida contra os padres heterossexuais, tolerando com duplicidade de critérios apenas os gays e mais grave ainda os abusadores. Digam o que disserem, mas o celibato precisa de um debate urgente em toda a Igreja, para que estas manchas negras deixem de sujar a Igreja inteira e escandalizar o povo simples de Deus. Fora disto tudo o que façam, medida assim ou assado, não passa de remendo sem consequência.  (banquete da palavra)

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