quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Joana Amaral Dias desvenda alta corrupção na Caixa Geral de Dépósitos









JOANA AMARAL DIAS

"Toda a elite financeira e política sabia do regabofe que se passava na CGD"


No Fórum TSF, Joana Amaral Dias explica porque decidiu divulgar o relatório da auditoria à gestão da Caixa Geral de Depósitos.
Joana Amaral Dias diz que não fica surpreendida com o "desplante" d Faria de Oliveira em negar acusações de que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) facilitou a concessão de créditos durante a sua tutela.
"Toda a elite e a cúpula financeira e política de Portugal sabia do que se passava, sabia do regabofe e da promiscuidade inaceitável que se passava na CGD".
Esta manhã no Fórum TSF , conduzido por Manuel Acácio, a ex-deputada bloquista explica porque decidiu divulgar o relatório da auditoria relativa ao período 2000-2015 na CGD.
"Era de interesse público, da máxima relevância nacional, a divulgação de todos estes dados, defende.



Os sucessivos governos que passaram pela Caixa "atribuíram milhões aos seus amigos ou a outras pessoas por manifesto interesse, sem qualquer garantia. Mesmo quando os pareceres técnicos eram desfavoráveis ou mesmo sem qualquer estudo".
"O resultado está à vista", condena Joana Amaral Dias. Ficam por apurar responsabilidades.A auditoria independente realizado pela EY à gestão da Caixa foi decidida em Conselho de Ministros depois de um projeto de resolução aprovado na Assembleia da República, em 2016, e terminada no ano passado.Apesar dos pedidos, o documento nunca chegou ao Parlamento, com o banco a alegar sigilo bancário e segredo de justiça para recusar o envio do documento.Numa nota enviada à TSF, o Ministério das Finanças explica que a auditoria da EY foi enviada para o Banco de Portugal e para o Mecanismo Único de Supervisão do Banco Central Europeu, bem como a outras autoridades judiciais, de inspeção, de supervisão ou em matéria tributária, "caso os elementos do relatório se afigurassem relevantes".Ainda que a informação do relatório estivesse sob sigilo bancário, o Governo pediu à administração da CGD que fossem "efetuadas todas as diligências necessárias para apurar quaisquer responsabilidades" e tomadas "medidas adequadas para a defesa da situação patrimonial da CGD", pode ler-se na nota. (TSF)

A antiga deputada mencionou dois exemplos de créditos concedidos com parecer desfavorável. À Artlant – a fábrica petroquímica em Sines que se transformou numa das maiores devedoras da CGD - foram concedidos 350,8 milhões. À Fundação Berardo a CGD concedeu 267 milhões. (Negócios)

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