Pedro Homem de Mello com Amália Rodrigues no Grémio Literário, Lisboa, 1973;
Os versos
de Pedro
Homem de
Mello voltam
a bailar
Não há muitos poetas portugueses
relevantes do século XX cuja obra
tenha permanecido até hoje quase
inteiramente inacessível, pelo menos
aos leitores que não frequentem
bibliotecas nem alfarrabistas. Um
desses casos de apagamento editorial e silêncio crítico, e não decerto
o menos escandaloso, era até agora
o de Pedro Homem de Mello (1904-
1984), de quem a Assírio & Alvim
acaba de lançar Poemas 1934-1961,
primeiro volume da sua obra poética. O segundo, Poemas 1964-1979,
com posfácio de Fernando Cabral
Martins, deverá ser lançado no dia 6
de Setembro, assinalando os 120
anos do autor.
Ambos os volumes contam com a
edição de Luis Manuel Gaspar, cujo
obsessivo rigor na fixação dos textos
e na identificação de variante sé já
proverbial, mas cujo trabalho vai muito para além disso, oferecendo-nos
uma detalhada cronologia de Pedro
Homem de Mello, uma imaculada
bibliograÆa activa, e ainda uma extensa Marginália — dividida pelos dois
A edição, na Assírio & Alvim, dos Poemas
do autor de Miserere vem resgatar de
décadas de desatenção umas das vozes
mais doridamente sensuais da poesia
portuguesa do século XX.
"Cambiare tutto per non cambiare niente" in Il gattopardo, Giuseppe Tomasi di Lampedusa
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