António Loja era um intelectual que também escreveu algumas vezes no jornal "O Garajau"
Faleceu António Loja, antigo professor, deputado e escritor madeirense, que tinha 90 anos.
Nascido no Funchal em 1934, licenciou-se em Ciências Históricas e Filosóficas, e em Ciências Pedagógicas, pela Universidade de Coimbra, foi responsável por editar e dirigir a publicação das revistas Atlântico e Arquipélago.
Mais tarde destacou-se como sendo o primeiro subscritor da 'Carta a um Governador', documento que reunia um conjunto de reivindicações insulares dirigidas ao então governador da Madeira.
Também foi deputado à Assembleia da República, entre 1976 e 1979, e ao parlamento regional, entre 1980 e 1984.
Foi igualmente professor do ensino secundário entre 1972 e 2000 e escritor, também publicou diversos livros, entre os quais as obras de investigação histórica: 'A Luta do Poder contra a Maçonaria' e 'Crónica de uma Revolução – A Madeira na Revolução Liberal (Coleção Funchal 500 anos)'.
'Como um Rio Invisível', 'Regressos' (2 volumes), 'Às Cinco da Tarde' e 'O Advogado de Roma' são as suas obras de ficção.
Morreu o histórico socialista António Loja
Faleceu António Loja, aos 90 anos de idade. Foi um histórico da política madeirense. Foi parlamentar do PS na Assembleia da República entre 1976 e 1979, e também foi deputado à Assembleia Legislativa da Madeira entre 1980 e 1984.
Nasceu no Funchal em 1934, e, reconhecido professor que foi, entre os anos de 1971 a 2000, era licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas pela Universidade de Coimbra.
Foi candidato pelo círculo do Funchal representando a oposição democrática no ano de 1969, Foi presidente da Comissão Administrativa da Junta Geral do Funchal depois do 25 de Abril de 2974. Demitiu-se do cargo em 1975, convicto de que teria de exercê-lo apenas na sequência de uma vitória eleitoral.
A Madeira perde um dos seus históricos políticos, que durante muito tempo foi um opositor acutilante de Alberto João Jardim e dos seus governos.
Julgamento que opõe professor a Alberto João Jardim agendado para 6 de Fevereiro
O julgamento que opõe o professor António Loja ao ex-presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, acusado dos crimes de difamação, injúrias e abuso de liberdade de imprensa, foi agendado para 06 de fevereiro, disse hoje fonte judicial.
Este processo decorre no Tribunal Judicial da Madeira desde 17 de fevereiro de 2016, tendo o julgamento sido sucessivamente adiado por recursos interpostos pela defesa de Alberto João Jardim.Este caso só começou a ser julgado depois de Jardim cessar o cargo de governante e ter deixado de gozar de imunidade parlamentar, sendo considerado um dos mais antigos processos da Comarca da Madeira.
Jardim é acusado dos crimes de difamação, injúrias e abuso de liberdade de imprensa, alegadamente contra o historiador e militante do PS António Fernandes Loja.
O ex-presidente da Região Autónoma da Madeira responde em tribunal por dois artigos de opinião - sob o título “A loja dos rancores” - publicados no Jornal da Madeira em 23 e 26 de novembro de 1994.
“Era marxista há menos de oito dias, agora é só interpretação histórica”; “tão pirado que não vê as próprias grosserias e descobre-as nos outros”; “não fui eu que andei com perseguições após o 25/4 [25 de Abril]”; “nunca andei a espreitar funcionários policialmente”; “a criatura endoidou”; “ordinarote” e “o homenzinho, ao ler isto, caem-lhe mais três dentes, dois de raiva e um de senilidade” foram algumas das expressões e frases utilizadas pelo então líder madeirense, segundo a acusação.O ex-governante alega, por seu lado, que as expressões utilizadas foram empregues no âmbito do debate político.
No processo foi deduzida acusação particular e feito um pedido cível de indemnização no valor de 600.000 escudos (perto de 3.000 euros) contra o social-democrata.
Alberto João Jardim deveria ser julgado pela juíza Joana Dias, mas esta apresentou um pedido de escusa dirigido ao Tribunal da Relação de Lisboa, alegando que não devia estar à frente do processo por ser inquilina de uma casa propriedade de Alberto João Jardim.
Os juízes desembargadores consideraram que esta situação poderia gerar “desconfiança” e aceitaram, em junho de 2019, o pedido de Joana Dias e o processo passou para a juíza Elsa Serrão.
Alberto João Jardim não vai a julgamento por difamação, injúria e abuso da liberdade de imprensa: processo prescreveu em abrilEm causa estavam dois artigos, de novembro de 1994, em que o ex-presidente do Governo Regional da Madeira descrevia um candidato à liderança do PS Madeira como um “ordinarote”, um “pirado” e um “vira-casaca”O processo que visava o antigo presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, pelos crimes de difamação, injúria e abuso da liberdade de imprensa, vai ser extinto, sem nunca ir a julgamento. De acordo com o jornal “Público”, o caso esteve parado mais de 20 anos por imunidade do antigo presidente do governo madeirense e, quando foi retomado, os sucessivos recursos da defesa fizeram com que o processo prescrevesse.
O juiz que estava agora com este caso pediu ao Ministério Público para calcular os prazos, acabando por se concluir que o processo prescreveu em abril de 2021.
O advogado do queixoso, Cabral Fernandes, diz que o ex-chefe do executivo madeirense sai como um “fora-da-lei”. Já o advogado Guilherme Silva, que defende João Jardim, lamenta o facto de o seu cliente não ter tido a oportunidade de ser absolvido.
Em causa estão dois artigos, assinados a 23 e 26 de novembro de 1994, no “Jornal da Madeira”, em que Alberto João Jardim descreve António Loja (na altura era candidato à liderança do PS Madeira) como um “ordinarote”, um “pirado” e um “vira-casaca”. “O homenzinho, ao ler isto, caem-lhe mais três dentes, dois de raiva e um de senilidade” e a “criatura endoidou”, podia ainda ler-se.
“Carta a um Governador”: um documento histórico amanhã em discussão numa conferência/debate no Funchal
Tal como o Funchal Notícias já referiu, realiza-se amanhã, sábado, pelas 16 horas, no Palácio de São Lourenço, no Funchal, a conferência “Antecâmara de Abril: 50 anos da “Carta a um governador” e testemunhos da oposição democrática na Madeira”. Neste debate participarão Amélia Carreira, António Loja, Rui Nepomuceno e Henrique Sampaio.
A “Carta a um Governador” foi um documento de importância histórica que expressava um conjunto de reivindicações consideradas justas por um grupo de cidadãos, e necessárias para o desenvolvimento da Madeira, em plena “Primavera marcelista”, um período em que se esperava uma flexibilização do regime que fora dirigido por Salazar com mão de ferro durante anos. Cedo as esperanças se dissipariam, mas este ano marcou a altura em que a Madeira apresentou uma candidatura expressiva no âmbito da oposição democrática, e em que vozes praticamente únicas no panorama nacional se expressavam através de órgãos de comunicação social como o “Comércio do Funchal”, onde pontificava o jornalista Vicente Jorge Silva e outros.
Na “Carta” apresentava-se uma reflexão aprofundada e sugeriam-se soluções ao governador Braancamp Sobral, em matéria de agricultura, cuja modernização era defendida, bem como medidas de reforma agrária e extinção da colonia; apelava-se também à criação de escolas agrícolas e introdução de instrução de modernos métodos agrícolas já no âmbito do próprio ensino oficial; apresentavam-se sugestões de revitalização da economia e apoio à indústria e comércio, entre as quais a criação de uma zona franca na Madeira e a atracção de capitais estrangeiros; defendia-se a desburocratização e o apoio a novos projectos turísticos, reconhecendo-se que a Madeira tinha um muito reduzido número de camas e precisava de se modernizar, para acompanhar a evolução do que então se via como uma aposta modelar, a do Algarve e das Canárias; fazia-se a apologia de uma real aposta no turismo, pilar essencial da economia das ilhas, reconhecendo embora algumas dificuldades de ligação do arquipélago ao todo nacional e europeu, pelas limitações que apresentava o aeroporto de então, e defendia-se uma efectiva democratização da educação e cultura, que devia abranger uma população da qual se estimava, na altura, que metade fosse ainda analfabeta; e o direito da mesma à saúde e habitação. No sector da saúde, comentava-se que para uma população que rondava os 280 mil habitantes, havia forte carência de estruturas hospitalares e centros de saúde, bem como de médicos: havia apenas um cardiologista e um psiquiatra para servir toda a população do arquipélago. Quanto à habitação, defendia-se um forte investimento na criação de bairros sociais, sublinhando-se que vinte ou trinta anos antes se fizera muito mais do que nas duas décadas mais recentes.
O documento foi principalmente redigido por António Loja e José Manuel Barroso, o primeiro comerciante, o segundo jornalista. Foi assinado por, entre outras personalidades, a jornalista Helena Marques, o advogado Rui Nepomuceno, o jornalista Vicente Jorge Silva, Ramos Teixeira da Silva, José Rufino da Silva e Gabriel Lino Cabral, sacerdotes católicos, o escultor Anjos Teixeira, o desenhador e cartoonista do jornal satírico “Re-Nhau-Nhau”, Paulo Sá Brás, o escultor Amândio de Sousa, o arquitecto Lima Costa, o músico Artur Andrade ou o nosso colaborador do FN, Henrique Sampaio.
Papadas pode estar feliz com a morte do seu inimigo de estimação mas também depois de morrer vai para um jazigo de ouro.
ResponderEliminarEsse fascista ainda andava por aí?
ResponderEliminarEsse escrote Loja era dos maiores fascistas antes do 25 de Abril. Depois conseguiu enganar una quantos..
EliminarOra aí está como um dos maiores fascistas que a Madeira teve..... e do 24 para 25 de Abril enganou toda a gente inculta
ResponderEliminarE esta....!!!!
ResponderEliminarO PS a dar voto de pesar a um fascista!!!!!
Cala-te ofélia. De fascista passaste num ápice para democrata, como os gajos na síria que era defenssores do regime ditatorial, num passe de mágica já são pró-rebeldes. A ofélia foi a maior cobardola que eu conheci no regime democrático. Uma sem vergonha!
ResponderEliminarAtenção
EliminarAcabou de chegar o fugitivo gilinho.
Aziado antes do 25 de Abril.....depois ainda ficou pior.
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