domingo, 17 de janeiro de 2016

A resolução do Banif poderá custar aos contribuintes até 3.700 milhões de euros

Não há dinheiro para um novo Hospital, mas para salvar os bancos o dinheiro aparece! São 3700 milhões de €

Resolução do Banif salva “poupanças de uma vida”

Ministério das Finanças reagiu a crítica pela venda com prejuízo ao Santander Totta
O Ministério das Finanças defendeu ontem que o recurso à dívida sénior na resolução do Banif teria tido implicações na estabilidade financeira e também levaria a imputar perdas aos depositantes, pondo em causa “poupanças de uma vida”.
“Na sequência de algumas notícias que afirmam que o Estado poderia ter poupado entre 500 mil a 1.000 milhões de euros em dívida sénior do Banif, o Ministério das Finanças faz o esclarecimento [de que] esta informação é falsa, já que a participação de dívida sénior na cobertura de prejuízos atingiria no máximo 169 milhões de euros e qualquer valor superior implicaria a perda de depósitos”, lê-se no comunicado ontem divulgado pelo gabinete liderado por Mário Centeno.
O Governo afirma que a resolução do Banif, em Dezembro, foi feita tendo em conta a necessidade de preservar a estabilidade financeira e que uma solução como a referida “poria em causa a confiança dos investidores e aforradores no sistema financeiro português, com consequências nefastas sobre a estabilidade financeira e o bem estar dos portugueses”.
Não prejudicar emigrantes 

Segundo Ministério das Finanças, caso a dívida sénior tivesse sido usada para recapitalizar o Banif, que atingia 169 milhões de euros, além da possível criação de instabilidade no sector bancário, tal também “implicaria o ‘bail-in’ [resgate interno] adicional de cerca de 200 milhões de euros de depósitos de emigrantes considerados como subordinados”.

“Tal situação destruiria poupanças de uma vida de quem as confiou ao sistema financeiro português, acreditando na sua solidez”, consideram as Finanças.O Governo diz que na resolução teve “o objectivo político assumido de proteger todo os depósitos e a dívida sénior [não subordinada]”, pelo que optou por  utilizar “toda a dívida subordinada disponível no Banif para fazer face ao custo da resolução”.O Ministério das Finanças volta a reiterar que este processo de resolução do Banif aconteceu sob “condições extremamente difíceis”, tendo em conta a ajuda de Estado que tinha sido prestada ao Banif e que não era autorizada e o “pouco tempo disponível para encontrar uma solução que protegesse as poupanças e a confiança no sistema financeiro português”.Segundo disse à Lusa fonte europeia na sexta-feira, o Estado podia ter poupado entre 500 e 1.000 milhões de euros no montante que injectou no Banif, caso tivesse optado por imputar perdas aos credores seniores.A mesma fonte referiu que na resolução decidida em Dezembro, as autoridades portuguesas decidiram aplicar “um resgate interno mínimo”, imputando perdas aos accionistas e obrigacionistas subordinados (menos protegidos), que ficaram no ‘banco mau’ Banif, mas que a lei permitia que tivessem isso também chegado também sob os obrigacionistas seniores, reduzindo a factura a pagar pelos contribuintes.Quanto custa a todosA resolução do Banif poderá custar aos contribuintes até 3.700 milhões de euros. No imediato, a resolução foi acompanhada de um apoio público de 2.255 milhões de euros, sendo que 1.766 milhões de euros saíram directamente do Estado e 489 milhões do Fundo de Resolução bancário, que consolida nas contas públicas.A este valor somam-se as duas garantias bancárias que o Estado presta, no total de 746 milhões de euros, e ainda há que somar os 825 milhões de euros da injecção de capital que o Estado fez em 2012 no banco (700 milhões em acções e 125 milhões em ‘CoCo bonds’ - que o Banif ainda não tinha pago) e que foram dados como perdidos no âmbito do resgate.O tema das obrigações seniores ou não subordinadas tem estado na ordem do dia também por causa do Novo Banco. No caso do Banif, de acordo com a medida de resolução, o Santander Totta ficou com a responsabilidade de pagamento de emissões de obrigações seniores e de obrigações hipotecárias.


TRIM TRIM: O fofo do Paulinho

António Fontes

“A CMF está disposta para publicar a obra de Jardim” – DN.10.01.2016

1. O Paulo Cafôfo é um fofo. No dia em que anuncia a sua recandidatura á presidência da Câmara Municipal do Funchal (ideia do idiota do Iglésias), por mera coincidência, disponibiliza dinheiro do bolso roto da autarquia para publicar um livrinho da autoria do Dr. Jardim. São seis volumes de 200 páginas a documentar a obra realizada em 37 anos de regime jardinista que, nas palavras de Cafôfo, é importante para a história da Madeira. Livrinho que, também por mero acaso, Miguel Albuquerque havia recusado editar. A paranóia egocêntrica do senhor Jardim – coitadinho do Arquivo Regional da Madeira – encontrou-se com a paranóia egocêntrica do fofo do Cafôfo. Resultado: que se monte o contribuinte. O cheque já está passado de heroína.  

 2. Pergunta o autor (Jardim) “que conteúdo misterioso tem este trabalho para assustar a sua publicação?” Respondo: no traseiro de cada obra pública feita na Madeira há, regra de esquadro geral, um crime. Exige-se, pois, em toda a obra constante do livrinho, o tipo de “concurso”, o valor inicial da adjudicação, o valor final da construção, o nome do empreiteiro (a Afavias e a Tecnovia, “incluso”) e a data da inauguração. E, já agora, as obras onde o Jaime Ramos e o Jaime Filipe Ramos não conseguiram sub-empreitar uma retrete. Depois, é levar o livrinho de avião militar para a polícia judiciária.3. E, atenção, senhor Presidente Paulo Cafôfo: é bom que esse livrinho não deixe de historiar, se possível com selfies, a obra notável na satisfação dos interesses da Madeira realizada pela minha querida Élia em “Broxelas.” Que bem merecia do Cavaco Silva um broche de peito. Seja fofo, Paulinho Cafôfo.   


Dona Élia de Abreu constantemente referida nos
escritos de António Fontes
 
José Martins (comerciante da Ponta do Sol) fala à rtp sobre 

os problemas criados por uma estrada encerrada naquele 

concelho
O Historiador Fernando Rosas fala em comício de apoio a 

Marisa
A «Mata Hari» da CMF de Albuquerque

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