sábado, 29 de junho de 2024

Os madeirenses são reféns do próprio Sol - ou as negociatas de Marques Mendes na Madeira

 


O jornal Tal & Qual na edição n.º 139 de 31 de Janeiro a 6 de Fevereiro de 2024, fez uma reportagem a respeito dos "fabulosos negócios no arquipélago madeirense" realizados por Marques Mendes, com expressas referências a Alberto João Jardim e ao "arguido-imune" Miguel Albuquerque.

Dado que a maioria dos leitores do Correio da Madeira não assina, muito menos adquire, este jornal, damo-nos aqui ao trabalho de, com a devida vénia e sob a autorização do Correio da Madeira (atento o manifesto "interesse específico regional"), transcrever tal artigo [os parenteses rectos contêm comentários políticos e sociais da minha responsabilidade] que tem como título: 

As Negociatas madeirenses de Mendes

Sub-título: Luís Marques Mendes sempre gostou de estar em todas. Na Madeira, onde os ventos agora sopram perigosos, Mendes andou há uns anos metido numas negociatas na área das energias renováveis, que na altura deram brado e até quase mesmo um inquérito parlamentar

"Não é segredo para ninguém que Luís Marques Mendes, 66 anos, sempre gostou de passar entre os pingos da chuva, especialmente no que ao mundo dos negócios diz respeito. Hoje a vestir a pele de comentador do regime, acumulando isso com o "estratégico" lugar de consultor num dos maiores e mais influentes escritório de advogados cá do burgo, e com o pensamento na sucessão do seu amigo MARCELO REBELO DE SOUSA, Mendes tenta passar uma imagem de alguém alheio ao vil metal e às prebendas que oferece.

Mas em 2007, depois de ter sido obrigado a abandonar a liderança do PSD, derrotado que foi por LUÍS FILIPE MENEZES no congresso de Torres Vedras, Mendes resolveu ir fazer pela vidinha, leia-se, ganhar dinheiro. Com uma agenda recheada de contactos, graças aos anos em que foi figura de proa de cavaquismo, e com mais queda para os negócios do que propriamente para a advocacia, onde nunca foi grande espingarda, Mendes rapidamente se virou para o mundo empresarial. Amigos para lhe darem a mão não lhe faltaram, entre eles JOAQUIM COIMBRA, um empresário da região de Tondela, que tinha chegado a integrar as comissões políticas do PSD nos tempos de DURÃO BARROSO [representante português no grupo globalista euro-americano chamado Bilderberg; a parte asiática está integrada na chamada Comissão Trilateral] e do próprio Mendes.

Em pouco tempo, o amigo COIMBRA, que era um dos principais accionistas do famigerado BPN, fez dele administrador-executivo dos seus investimentos na área das energias renováveis, um negócio que na altura 'começava a dar'. À frente da Nutroton, hoje NRW Energias [que não faz parte dos associados da AREAM - Agência Regional de Energia da Madeira, mas que ingrato!], Mendes pôs em marcha um ambicioso projecto de expansão que assentou obviamente na extensa e tentacular 'network' do ex-ministro de CAVACO [SILVA].

OS NEGÓCIOS FOTOVOLTAICOS 

A Madeira, onde nesse tempo [só nesse tempo?] o controverso ALBERTO JOÃO JARDIM punha e dispunha, foi um dos alvos de um Marques Mendes então travestido de homem de negócios que, conta quem com ele privava na altura, "só falava de contratos e milhões". Em Maio de 2010, na ilha do Porto Santo [como tu não há igual, cantava Max], numa cerimónia que contou com a presença de ambos, foi inaugurado o primeiro parque fotovoltaico daquela região, propriedade da Eneratlântica Energia , uma empresa com sede em Cabeceiras de Basto [que também não faz parte como associada da AREAM], maioritariamente detida pela Nutroton, [parque fotovoltaico esse que foi] financiado pelo Banif e construído numa área de 60 mil metros quadrados, possuindo mais de 11 mil painéis, o que garantia pelo menos 50 por cento do consumo de energia naquela ilha, energia essa cuja compra foi desde logo assegurada pela Empresa de Electricidade da Madeira (EEM), a empresa de capitais públicos que detém a concessão da produção e distribuição de energia naquela região autónoma.

[Nota: Esta situação leva a questionar: qual a razão, senão estar refém dos interesses privados, que a EEM abdica da sua, concessionada, qualidade de produtora e "prefere" passar a ser cliente de produtores privados, como a Nutroton ou, por exemplo, a AIE - Atlantic Islands Electricity, fundada por um "primo direito" de Alberto João Jardim, entretanto falecido. Não será isto um caso de gestão ruinosa de uma empresa de capitais públicos que exigiria a demissão - já que houve um suicídio - da administração da empresa e do membro do governo com a tutela na EEM?; assim como uma investigação parlamentar e judicial?]

Nem tinha decorrido um ano e eis que em Fevereiro de 2011 surge o segundo parque fotovoltaico da região - desta feita construído na ilha da Madeira, mais concretamente na Zona Franca do Caniçal. O empreendimento, também a cargo da mesma Eneratlântico Energia, de que Marques Mendes era o "rosto e onde o conhecido empresário madeirense SÍLVIO SANTOS [por onde anda agora?], dono do grupo SIRAM [que também, pelo menos directamente, não é associado da AREAM... quando se trata de tirar do próprio bolso são uns cosidos...], também participava, era substancialmente maior do que o do Porto Santo: quase 30 mil painéis, uma produção anual estimada em 11.000 MW/H [Mega-Watts por hora], o que à partida garantia o fornecimento a mais de 3 mil fogos, tudo, claro, suportado através de um contrato com a EEM, em que esta pagaria anualmente à empresa de Marques Mendes qualquer coisa como 4 milhões de euros: "Um negócio com uma rentabilidade fantástica", disse ao Tal&Qual uma fonte conhecedora do processo. E adiantou: "Sem custos de mão-de-obra" e sem grandes encargos. é um projecto que é amortizável em 5 ou 6 anos". Nada mal, de facto...

CHEIRO A ESTURRO

Na altura, mais do que a celeridade com que os projectos foram aprovados, algumas vozes estranharam o facto de este parque fotovoltaico estar instalado em cerca de 170 mil metros quadrados da Zona Franca do Caniçal, o que garantiu facilidades fiscais à empresa do "universo Nutroton", privando assim a Região Autónoma da Madeira (RAM) de receitas em sede de IRC. Mais: nos termos em que o negócio foi fechado, a empresa à época liderada por Marques Mendes pagou 1 euro [!] por metro quadrado, valor esse que, apenas no quinto ano, passou a ser de 1,5 euros. 

[Pelo menos aqui o "oligarca do Turismo", que se acha mais espero que toda a gente, foi bem enganado pela sua administração; ou então foi o resultado de uma "troca de favores para outro negócio"... "No money, no funny? Who nows?"...] 

Os negócios madeirenses de Marques Mendes, que levantaram uma onda de suspeições, estiveram por um triz para ser escrutinados pela Assembleia Regional. Em Fevereiro de 2014, o PS/Madeira [pré-Cafôfo, ainda exilado na sua escolinha rural como ilustre desconhecido...] propôs a abertura de uma comissão de inquérito que investigasse a "forma e os procedimentos concursais para entregar licenças de exploração de energia fotovoltaica na RAM". Os socialistas acusavam então que a empresa de Mendes tinha obtido as licenças "sem qualquer concurso público, num registo de falta de transparência totalmente inadmissível".

A pretensão dos socialistas foi, claro, liminarmente rejeitada pelos deputados do PSD, que então formavam uma sólida maioria no parlamento regional da Madeira. 

[Como são contratos de execução continuada e estando agora num novo mandato parlamentar, não há razões para que essa Comissão Parlamentar - e "paralamentar" - não seja constituída agora; não há "especialista" que venha agora acenar o regime da prescrição, por mais bem pago que seja pelo governo em ajustes directos].

Nessa mesma altura, embora sem se referir expressamente ao antigo ministro de Cavaco, ANTÓNIO JOSÉ SEGURO, então líder do PS, veio também publicamente pedir explicações sobre como tinham sido atribuídas aquelas licenças na Madeira:

«Todo esse processo cheirou-nos a esturro», relembra um dirigente socialista da altura, que ainda hoje está convencido da existência de algum "facilitismo" em todo este processo.

Se, por um lado, o envolvimento de Marques Mendes nos negócios lhe permitia um desafogo financeiro que a política dificilmente lhe daria, por outro lado as polémicas em redor dessa área empresarial começavam então a tolher as suas ambições políticas - isto especialmente a partir do momento em que começou a alimentar esperanças de vir a suceder a MARCELO REBELO DE SOUSA no Palácio de Belém.

O RECUO ESTRATÉGICO

Para escapar ao foco dos holofotes que ameaçavam escrutinar a sua actividade no mundo dos negócios, e assim condicionar as suas expectativas políticas, Mendes ensaiou então um recuo estratégico, trocando a generalidade dos muitos cargos que ocupava em algumas empresas pelo confortável e mais discreto cargo de 'consultor estratégico' na ABREU ADVOGADOS [da qual faz parte Ricardo Vieira, do CDS  Madeira], um dos mais poderosos e influentes escritórios de advocacia da capital [com sucursal na Região].

Aí, a dois passos de Santa Apolónia, no recato de um discreto gabinete com vista para o Tejo, e sem a exposição pública de quem é administrador-executivo seja do que for, Mendes encontrou maneira [e um "testa-de-ferro"] de encontrar envolvido no mundo dos negócios: "No fundo, o Luís Marques Mendes, a coberto de ser consultor estratégico da Abreu, continuou a ganhar dinheiro e a fazer o que sempre fez, ser 'lobista'. Essa é que é a realidade...", conta ao T&Q um conhecido advogado da nossa praça.

 À frente de um denominado Conselho Estratégico da Abreu, Mendes arranjou assim desculpa para meter o bedelho em tudo o que é negócio, desde a energia aos transportes, passando pelas obras públicas, ou seja, por tudo o que cheire a dinheiro [nem o Mutley teria melhor faro; muito menos o cão de água português oferecido ao Obama...]. Concursos públicos de monta, envolvendo grandes verbas, é certo e sabido que lá surge um prestável Mendes, sempre pronto a oferecer serviços a quem esteja interessado em fazer uso da sua excelente agenda [terá sido uma jornalista, salvo erro Helena Sanches Osório (? se não for apresento desde já as minhas desculpas pois estamos quase a falar, recorrendo à memória, duma situação com mais de 30 anos), ligada ao Independente de Paulo Portas, num programa da SIC, "a Noite da Má Língua", a desvendar que Marques Mendes, no tempo do Cavaco, tinha colocado um grande número de familiares em cargos de influência na Administração Pública]. Que o digam alguns concorrentes espanhóis à concessão da rede de transportes públicos das grandes áreas metropolitanas, que há alguns meses não hesitaram em ir bater à porta da Abreu em procura dos diligentes ofícios do bem-relacionado Marques Mendes.

Se juntarmos esta sua frenética actividade de consultor de um dos maiores escritórios de advogados ao palco semanal onde todos os domingos faz o seu comentário televisivo [na televisão do seu amigo PINTO BALSEMÃO, anterior representante do grupo Bilderberg em Portugal, sucedido, como acima referimos, por DURÃO BARROSO: "o tal que era MRPP aos 18 e social-democrata aos 30"...], convenhamos então que Mendes se torna imbatível nestes misteres dos jogos de influência e bastidores: "Aquele estúdio de Laveiras mais não é do que uma simples extensão da sua mesa de trabalho á na Abreu...", refere ao T&Q alguém que segue ao detalhe as prédicas dominicais do ex-ministro na SIC [seria melhor...SICK, atenta a intoxicação informativa aos telespectadores, com extensão às "sapatilhas Sanjo" da menina das estorietas Marta Caires, companheira do ex-jornalista e actual técnico de propaganda no DN/O da Madeira, Jorge Freitas Sousa, onde o conheceu quando lá trabalhou].

CONTRATOS [PÚBLICOS] NA MADEIRA

Amigo pessoal de MIGUEL ALBUQUERQUE, o presidente do Governo Regional da Madeira que está hoje [Janeiro/Fevereiro de 2024] no centro do furacão judicial que varre aquele arquipélago, Marques Mendes foi também muito importante no crescimento da Abreu Advogados na região. 

[Na Madeira a Abreu Advogados resultou duma fusão de outra, a "Silva, Marques e Sequeira", de Cunha e Silva, o mentor das sociedades de endividamento da Madeira, de Augusto Marques e de Filipe Sequeira - protagonista do "Penedo do Soco" no Porto Santo - sociedade de advogados onde então já pululava o "beato" Ricardo Vieira, mentor político do "peregrino" Zé Manel, o "celestial sonso", que, entretanto, transitara da leitura do teleponto, das notícias que lhe davam para ler, para a leitura do "tele-tonto" com que ilude os madeirenses mais incautos. Pelos vistos essa "mentoria" mantém-se, ao acompanhar a deputada "auto-sexy" do seu partido no embuste negocial armado pelo PSD]. 

Autarquias, secretarias e entidades públicas regionais (como a PATRIRAM, que gere o património público da região) e até o próprio Governo Regional fazem parte da excelente carteira de clientes que a sociedade de advogados onde Mendes é consultor possui naquelas paragens: "Nos últimos anos, a Abreu tornou-se porventura o principal escritório aqui do Funchal. São praticamente imbatíveis, quer a nível do sector público, quer mesmo no sector privado. E isso tem a ver obviamente com as boas relações [também expressas em Ajustes Directos] que possuem com quem mandou até agora na região", explica um advogado madeirense.

"Agarra-te às orelhas" é uma expressão típica madeirense, que se aplica a quem tropeça e cai. Em grande turbulência jurídico-mediática. com buscas, prisões e revelação de grandes negociatas da elite política-empresarial madeirense [os oligarcas, armados em donos disto tudo], a última coisa que Marques Mendes, putativo candidato à sucessão de Marcelo, quer é ver-se envolvido neste "tsunami" madeirense. o tempo (e a memória...) dirá se Mendes, terá, ou não, de se agarrar às orelhas..."

20 comentários:

  1. Que texto enfadonho, mesmo à MiraMamacedo, tu és daqueles que refilas e não ages.
    És um 12 valores, imaturo, medroso, um Zé ninguém.
    Falar da Madeira para quê?
    Já estamos a abarrotar com turismo
    ACORDA.

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    1. És mesmo idiota. O Miramacedo não faz parte da Redação do Pravda. O Miramacedo cortou relações com o Coelho, com a Coelho e com o Quintino.

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    2. Ah faz, faz, eu sei coisas que ninguém sabe!

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    3. Já agora és mira tonto?

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  2. Falar de negócios?
    Como os teus?
    Que valem Zerinhos?
    Como ganhar dinheirinho dos subsídios da UE
    Isso és mestre e ladrao
    E vergonha na cara?

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    1. Todos estes comentários a dizer mal do Macedo, são do próprio irmão dele. Não liguem. O irmão dele tem problemas de esquizofrenia.

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    2. Não, não é o irmão, ti só envergonhas a tua família, deixa de acusar as pessoas pelos teus erros e esquizofrenia.
      Mira imaturo.
      Sempre foste de acusar os outros, ela tua demência.
      És um Zerinho, neste mundo.
      Nunca chegarás aos pés do teu irmão.
      Temos muita pena.
      NOT

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  3. BONZINHO SÓ SE FERRA? SAIBA O QUE DIZ A CIÊNCIA
    https://www.youtube.com/watch?v=wc6aB3FZL-I

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  4. Esse blogue é bem "profeta".
    Ainda anda a transcrever notícias de meio ano atrás
    Pelo vistos mais um blogue para insolvência. Qual DN JM, CM, FN,... Mais um a caminho de arder. Atenção bombeiros !!!!
    ,

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    1. É um blogue de museu, mas daqueles que nada acrescentam.

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  5. Sempre a publicar as mesmas notícias, sempre a copiar os outros. Isto é a mentalidade dos coelhos. O resto, dã muito trabalho…

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    1. Cuidado com os comentários pejorativas.
      A coelhada só admite que digam bem deles

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    2. E sempre a removerem comentários verdadeiros

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    3. Falta de massa cinzenta na coelhada e o resto da quadrilha

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  6. Não esquecer o MiraMamacedo, ELE ANDA SEMPRE AQUI

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    1. Eu ganho sempre. Nunca condenado. Venci. Custa a engolir. É melhor aceitar.

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    2. Ó Gil
      Fugiste da Venezuela para não seres condenado.
      Tens muita razão

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    3. Coitado do Gil Capôt. Deixem-no em paz. Já foi muito maltratado e violentado. Foi condenado. Deixem o homenzinho em paz.

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  7. Comentário removido por um gerente do blogue

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