terça-feira, 11 de junho de 2024

MENTIRAS DA PROPAGANDA SIONISTA


Vista aérea mostra prédios destruídos no distrito de al-Zahra, no sul da Cidade de Gaza — Foto: Divulgação/Hamas


 Os media corporativos passaram a propalar mentiras às catadupas após a operação de 7 de Outubro em Israel. Eis algumas delas:

1) Que teria sido uma operação "terrorista", quando na verdade foi contra alvos legítimos do ocupante sionista:   quarteis da tropa sionista, esquadras de polícia e instalações militares.
2) Que o Hamas teria atacado deliberadamente civis israelenses. No entanto, a esmagadora maioria dos israelenses mortos dia 7 eram militares ou polícias. Muitos dos civis que morreram foram atingidos pelas próprias forças israelenses em meio a choques com os militantes palestinos.
3) Que o Hamas teria decapitado bebés (!). A mentira é tão grande quanto aquela do tempo da guerra do Iraque, de que as tropas de S. Hussein teriam assassinado bebés no Kuwait.
4) Que as operações palestinas são desenvolvidas exclusivamente pelo Hamas. É falso. Dela também participam outras organizações, tais como a Frente Popular de Libertação da Palestina.
5) Que o regime israelense é democrático, quando na verdade é um regime racista, teocrático e fundado no apartheid. O regime é tão racista que faz discriminação até entre os próprios judeus (os de origem europeia discriminam os de origem norte-africana). Quanto aos palestinos, trata-se um povo espoliado e resistente. São tratados como párias e o objetivo do regime nazi-sionista é a limpeza étnica. Há milhares de presos políticos palestinos.
6) Que o genocídio agora praticado em Gaza – já há mais de 6000 mortos civis – seria uma "resposta" aos ataques do dia 7. Na verdade trata-se de terrorismo de Estado. É um ato de gigantesca covardia responder a uma operação militar com ataques de retaliação a populações civis. Era o que faziam os nazis da Wehrmacht.
7) Que o imperialismo deseja a paz. Na verdade deseja a continuação do massacre em Gaza como se viu ontem com o veto dos EUA a qualquer proposta de cessação de fogo apresentada no Conselho de Segurança da ONU.

Sem limites.

«A banalização da barbárie, seja através da negação do genocídio em Gaza que está a ser cometido à vista de todos, do descrédito total da ONU ou da intimidação dos juízes do Tribunal Internacional de Justiça; seja pelo ataque sem precedentes à liberdade de imprensa, à liberdade de expressão e à liberdade de manifestação, de Washington a Londres, de Paris e Berlim, de Lisboa a Bruxelas; seja pela escalada suicida de uma nova corrida aos armamentos, incluindo nucleares, está a escancarar as portas à extrema-direita no mundo ocidental.»

O senador norte-americano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, considera que Israel deve fazer tudo o que for preciso «para sobreviver». Para que não haja dúvidas de que «tudo» é mesmo «tudo», Graham, falando durante uma entrevista no Meet the Press da NBC News, em meados de Maio, estabeleceu um paralelo com o bombardeamento nuclear de Hiroshima e Nagasaki pelos EUA. «Essa foi a decisão certa», disse o senador, que advoga o envio de mais armas para Israel e relativiza o número de vítimas civis. Já em finais de 2023, num programa da CNN, Graham tinha incentivado o massacre de palestinianos, considerando que «não há limite» para o que Israel deve fazer em nome da sua alegada defesa.

Graham é apenas um da legião de deputados e senadores norte-americanos que Israel sustenta com o seu poderoso lobby nos EUA, sem distinção de republicanos e democratas, e que faz questão de mostrar ao mundo, como ilustra a foto da ex-embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, em recente visita a Israel, a escrever em bombas a lançar sobre os palestinianos: «Acabe com eles! América [ama] Israel».

A banalização da barbárie, seja através da negação do genocídio em Gaza que está a ser cometido à vista de todos, do descrédito total da ONU ou da intimidação dos juízes do Tribunal Internacional de Justiça; seja pelo ataque sem precedentes à liberdade de imprensa, à liberdade de expressão e à liberdade de manifestação, de Washington a Londres, de Paris e Berlim, de Lisboa a Bruxelas; seja pela escalada suicida de uma nova corrida aos armamentos, incluindo nucleares, está a escancarar as portas à extrema-direita no mundo ocidental.

Na corrida a novo mandato, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, não hesita em procurar o apoio da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, assumida neofascista, por estes dias em acelerado processo de aproximação à líder francesa de extrema-direita, Marine Le Pen. Nada que perturbe a UE ou os EUA, desde que não ponha em causa a submissão aos interesses de Washington, seja a deitar gasolina no incêndio da Ucrânia, com Macron a advogar envio de tropas, secundado pelo secretário-geral da NATO, Stoltenberg, e pelo chanceler alemão Olaf Scholz, adeptos de mais ataques dentro da Rússia, sem esquecer Gouveia e Melo, já a ensebar as botas de excitação; seja continuando a ignorar os crimes de Israel, que na tentativa de esconder a verdade já matou pelo menos 102 jornalistas e outros profissionais dos media, prendeu outros 76, dos quais 50 continuam presos, incluindo 20 em prisão preventiva, modalidade que lhe permite manter prisioneiros indefinidamente sem os acusar ou permitir que sejam julgados. Tal fez o fascismo em Portugal. Ou como os EUA em Guantanamo.

Com a ameaça nuclear transformada em faits divers e o genocídio em insignificância, dizem-nos para confiar a paz ao império e às suas mais de 750 bases militares no mundo. Um convite para ficar à espera que expluda.

https://www.odiario.info/sem-limites-2/

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