https://funchalnoticias.net/2019/07/10/gil-canha-jardim-nao-foi-afastado-actualmente-e-ele-que-manda-em-tudo/
Secretário de Estado das Comunidades suspeito de corrupçãoEm causa estão suspeitas de corrupção na atribuição de contratos para obras públicas quando Paulo Cafôfo era presidente da Câmara Municipal do Funchal. Segundo avança o Correio da Manhã, o Ministério Público está a investigar o actual Secretário de Estado das Comunidades, Paulo Cafôfo, por suspeitas de corrupção quando este foi Presidente da Câmara Municipal do Funchal, entre Outubro de 2013 e Junho de 2019.
No total, o inquérito abrange quatro autarquias na Madeira e o próprio PS Madeira. A investigação está a debruçar-se sobre possíveis crimes de corrupção, tráfico de influências, participação económica em negócio e abuso de poder na assinatura de contratos públicos entre as próprias autarquias e também com várias empresas privadas.
O Secretário de Estado ainda não foi ouvido pelas autoridades nem foi constituído arguido. Paulo Cafôfo é suspeito de participar num esquema para viciar a atribuição de contratos para obras públicas a empresas do setor da publicidade e construção civil, tanto por ajuste direto como por concurso público.
As autarquias do Machico, Porto Moniz e Ponta do Sol também fariam parte do esquema de corrupção. A viciação na adjudicação dos contratos terá inflacionado os preços de mercado de forma a que este dinheiro excedente fosse para as mãos do PS Madeira, servindo como uma forma de financiamento ilegal. Entre 2013 e 2018, as empresas beneficiadas terão arrecadado cerca de seis milhões de euros com os contratos.
A investigação foi iniciada pelo Ministério Público em 2018 a partir de uma denúncia anónimo. O inquérito levou à realização de buscas da Polícia Judiciária nos quatro municípios e na sede do PS Madeira. Terão sido apreendidos vários documentos em papel e em suporte digital, assim como correio eletrónico.
Este é mais um caso de suspeitas de má conduta ou corrupção no Governo, numa altura em que os últimos meses foram marcados pelos casos de Miguel Alves, Alexandra Reis ou Carla Alves.
O executivo já anunciou a criação de um novo mecanismo de escrutínio que consiste num inquérito com 36 perguntas a que os novos membros do Governo terão de responder.
https://zap.aeiou.pt/secretario-estado-comunidades-corrupcao-517281
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