SAID lido ao contrário é DIAS. Foi o pseudónimo inventado que o medroso jornalista do FUNCHAL NOTÍCIAS encontrou para descrever este chocante caso de abandono do nosso emigrante. Trata-se de facto de um rosto com nome: O sr. João Baptista de Gouveia Dias com a idade de 77 anos. Presentemente encontra-se na unidade de cuidados intensivos de AVC no Hospital dr. Nélio Mendonça
O Mundo está cheio de promessas e de falsos profetas.
Conheço a história da emigração madeirense para a África do Sul desde os anos 70 até aos nossos dias, 28 vezes visitei aquele território africano em serviço profissional e lazer. E há histórias desagradáveis.
Vivi cerca de 10 anos no país vizinho Moçambique e por diversas vezes desloquei-me ali por motivos de trabalho e férias. Fui o primeiro madeirense cabeça de lista a nível nacional a concorrer por aquele círculo migratório (resto do mundo). Não me esqueço das visitas de Alberto João Jardim à África do Sul, que nos seus discursos em casas da Madeira e Associações não se cansava de incentivar os madeirenses a se integrarem, fazerem lobby e concorrerem aos actos eleitorais.
À Madeira “são todos bem vindos mas não temos lugares para todos vocês, são 300 mil e a Ilha só tem 270 mil”, dizia.
Infelizmente as minas de ouro não são para todos: uns são empresários de sucesso outros continuaram como serviçais de carrega e descarrega do mercado de Joanesburgo. Chapa ganha, chapa gasta sem segurança social, não pensando no amanhã. Há quem viva hoje na rua à espera das “migalhas dos cachorrinhos” de mão estendida .
Depois deste “nariz de cera”, vamos narrar uma história real dos nossos dias. Um madeirense que chegou à Madeira repatriado, iludido de falsas promessas.
Naquele território residia há mais de 55 anos. Trabalhou nos melhores hotéis de Joanesburgo, como barman, e quando os nossos governantes ou delegações da Madeira iam à Feira do Rand Show todos sabiam que no bar principal do hotel havia um conterrâneo que os recebia de abraços abertos e eram obsequiados com um “drink”.
Este madeirense – vamos tratá-lo pelo pseudónimo “Said” – com a idade de 76 anos vivia num quarto num edifício do governo sul africano com uma pensão de 90 euros mensais.
O “Said” alimentou um sonho: o de regressar à terra onde nasceu. Recorreu aos serviços consulares, ao conselho das comunidades madeirenses. Nas últimas visitas de Albuquerque e Rui Abreu e de Cafôfo àquele território tudo ficou acertado.
Com as poucas economias o “Said” pagou parte da viagem e o restante foi com auxílio dos amigos madeirenses. Foi-lhe garantido que ia para um apartamento ou um lar.
No aeroporto do Funchal era aguardado pela segurança social e por uma funcionária da Direcção Regional das Comunidades.
Do Aeroporto Cristiano Ronaldo foi para a “Sopa do Cardoso”, provisoriamente, enquanto a Segurança Social não arranjasse uma situação definitiva.
Sentiu-se desprezado pelos poucos familiares que ainda aqui tem, os quais, ao saber que estava na “Sopa dos Pobres”, deixaram de lhe falar. O regulamento da “Sopa do Cardoso” não permite pernoita para cidadãos com mais de 75 anos. Portanto a permanência era ilegal.
O “Said” sentiu-se abandonado e cometeu a “loucura” de tentar cometer suicídio ingerindo pastilhas a mais. Foi transportado para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde ficou internado, sendo transferido mais tarde para a Casa de São João de Deus, no Trapiche, onde permanece.
Conheço o “Said ” há muitos anos. Em serviço do Diário ajudou a equipa de reportagem a “desbravar terreno2 e a transportar-nos a diversas localidades nos arredores de Gauteng. Já estive no Trapiche para uma visita ao “Said”: mais conformado, bem tratado e bem alimentado, mas sem qualquer visita da Segurança Social e muito menos das Comunidades e Cooperação Externa.
Termino esta pequena crónica com uma frase que tem direitos de autor, não para mim mas para o “Said”:-“Ajudei !!! Ajudem-me…”
A triste história do “Said” e os esclarecimentos oficiais…Foto tirada na casa de saúde S. Joaõ de Deus (vulgo Trapiche)
Rui Marote
A notícia “Da África do Sul para a Sopa do Cardoso” (https://funchalnoticias.net/2023/12/11/da-africa-do-sul-para-a-sopa-do-cardoso/#) parece ter incomodado a Direcção Regional das Comunidades. O nosso título sugestivo levou a que milhares de seguidores do Funchal Notícias tenham lido a notícia, colocando-a no “top” da mais vista durante três dias. Só ontem aquela Direcção Regional se sentiu incomodada por alegadas imprecisões… mas provavelmente não foi com o conteúdo mas com o título. Se assim não fosse cairia no esquecimento o caso deste desafortunado emigrante retornado à sua terra.
Enfim, chamemos de esclarecimento o texto enviado à nossa Redacção que se assemelha bastante a “tentar sacudir a água do capote”, como reza a expressão.
O jornalista autor deste artigo postula que nem não se sente não é filho de boa gente. O que hoje é verdade amanhã já é mentira… E sublinha que abraçou este caso de forma mais pessoal por conhecer o “Said” há dezenas de anos e ter acompanhado o seu trajecto até à triste situação actual.
O caso está a ter repercussão também na comunidade madeirense na África do Sul, onde o “Said” era bastante conhecido. Devemos sublinhar que o aconselhámos durante meses a que não fosse em “promessas”, que a situação habitacional na RAM não tem habitações nem as terá nos próximos anos porque na lista de espera há o modesto número de mais de 20.000 pessoas. Acreditou em “bruxas” e hoje está como está.
De regresso à Casa de Saúde de São João de Deus, no Trapiche, falámos com o “Said” e demos a conhecer a reportagem do FN. Reacção imediata: “Eles não devem ter gostado desse título”, comentou.
De seguida leu o esclarecimento da Direcção Regional das Comunidades. Confrontámos o “Said ” para que nos esclarecesse :
– 1 “Quando saiu de Joanesburgo sabia que ia para um lar dos pobres na sopa do Cardoso?” – “Não”, respondeu, “disseram-me que iria para um quarto provisoriamente. Quando cheguei ao aeroporto da Madeira aguardavam-me duas pessoas da Direcção das Comunidades. Só tomei conhecimento para onde ia à chegada ao próprio local.
2- “Alguma vez se encontrou com o Dr. Rui Abreu?” – “Na Madeira nunca, só na Africa do Sul”.
3- “Porque recusou o quarto nas Laranjeiras, em Santo António?” – “Não era um quarto mas sim um sotão… Tinha de andar agachado porque dava com a cabeça na cobertura de telha. Disseram-me que era provisório até que vagasse espaço nos andares inferiores”. Mas não houve desenvolvimentos em tempo útil.
4- “Quando esteve internado no Hospital recebeu visita dos funcionários da Direcção das Comunidades?”- “De ninguém”.
5- “Foi transferido para a Casa São João de Deus Trapiche onde permanece há 1 mês. Recebeu entretanto visita da Direcção das Comunidades ? – “Até hoje de ninguém”.
Um homem abandonado, que não sabe o seu destino. E que acrescenta, apesar de estar internado no “Trapiche”: “Não estou louco!”
Contam-se pelos dedos de uma mão o número de repatriados que chegam à Madeira vindos da África do Sul.
Os madeirenses que ali residem de uma maneira geral não regressam à Madeira, ou vão para a Austrália, Inglaterra, América ou Canadá, ao contrário dos conterrâneos venezuelanos.
“Said” pensou que iria ter melhores condições na Madeira. Enganou-se. As coisas por cá não estão fáceis, nem mesmo para os madeirenses cá residentes.
Medroso? Rui Marote, que há dias foi nomeado jornalista do ano pelo Pravda?
ResponderEliminarCala-te seu «padre das esmolinhas» tem vergonha, mete-te dendtro da cabana. Não és digno para comentar nada neste Blog
EliminarAté parece que a nomeação desse traste é algo relevante.
EliminarMais um da longa série da escumalha do pravda que anda a navegar algures no ETAR
Esse cagão do Marote alguém lhe disse que era "bom" a se estender e logo convenceu-se que era alguém
EliminarEstes insultos só podem estar a ser colocados pelo miramacedo que tomou conta do blog. RIP Pravda
ResponderEliminarJá que a Madeira não presta pouco apoio ao Said (que descontou ZERO para o nosso sistema de Segurança Social), o senhor Rui Marote que ajude a pagar a viagem de retorno do emigrante à África do Sul, onde certamente encontrará melhores serviços. Quem não conhece o Marote, que abrace as causas dele...
ResponderEliminarEsse traste a ajudar alguém.? Esse marote não tem espaço onde cair morto
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EliminarEsses labregos andam na boa vida no estrangeiro e depois voltem para a ilha para lhes dar de comer.
E ainda dizem mal da sopa do Cardoso.
Vai trabalhar malandro
A critica é e sempre será saudável, quando discutida, denunciando erros e saudando/apoiando, as melhores imnivações,quando de fato, as há.
ResponderEliminarAqueles que se acomodam, sem ousar soprar, porque o tacho é bom e proveitoso demais, são os mesmos pulhas que contribuem para as desigualdades e apodrecimento do sistema politico nacional. Acordai e façam parar o barco, antes que CHEGUE e se engrossem os diabos, à embarcação que Abril um dia quis trazer.^
- Que Março saiba florir a esperança, que muitos puklgas tentar apagar, com corrupoções e habilidades constantes.
Feliz Ano Novo.
Armando Ribeiro - português Aqui.
Mais um mira que apareceu por aí de paraquedas
EliminarOlha olha o mira macedo mudou de nick. Agora é armando ribeiro.
EliminarO fugitivo sempre em forma
Os nicks do blogue são todos falsos.
EliminarA redacção do pravda todos frustrados arranjam esses nicks.
São sempre os mesmos. Ora dizem mal, ora dizem bem.
É por isso que ainda essa merda existe
Digo - PULHAS....
ResponderEliminarNunca ninguém fez como o Doctore Rafael Macedo.
ResponderEliminarEsse mira fez bem em se pirar daqui. É menos um chunga na ilha, pelo contrário mandam para a ilha outros chungas(saids) da vida.
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