sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

No Caniçal, perigo de explosão de gás natural por incúria do Grupo Sousa

Coelho avisa que explosão de gás pode fazer desaparecer o Caniçal

PTP pede ao capitão do porto para que verifique segurança de empresa do Grupo Sousa

O líder do PTP, José Manuel Coelho, foi esta tarde junto da Capitania do Funchal desafiar o capitão do porto a fiscalizar as condições de armazenamento dos depósitos de gás natural da empresa Gaslink, do Grupo Sousa, terminal de contentores do Caniçal, alertando que a própria população daquela freguesia do leste da Madeira corre perigo.“O senhor Luís Miguel Sousa armazena os reservatórios de gás natural em cima de contentores no porto do Caniçal. Isso é tão perigoso que pode pôr em causa a existência daquela freguesia. Basta uma das máquinas que anda em manobras dar um toque nesses reservatórios para se dar uma explosão e fazer com que o Caniçal desapareça”, avisou o porta-voz político, que explicou que não é por acaso que “os engenheiros da Empresa de Electricidade da Madeira só querem um reservatório de cada vez” nas instalações dos Socorridos.

Face a este quadro, Coelho diz que é tempo do “senhor comandante do porto abrir os olhos e deitar atenção a isto” e não ser cúmplice do Grupo Sousa. “Não é só mandar prender os desgraçados que apanham mais de três quilos de lapas e os pescadores que levam para casa um balde ou dois de chicharros sem passar pela lota. Tem de ser mais cuidadoso”, disse o dirigente e deputado do PTP, que também alertou para o risco de explosão que existe sempre que um camião da Gaslink transporta gás do Caniçal para os Socorridos.(dnoticias)

NA ZONA INDUSTRIAL DE GHISLENGHIEN

Explosão de conduta de gás na Bélgica mata 14 pessoasPelo menos 14 pessoas morreram e 200 ficaram feridas na explosão de uma conduta de gás registada esta manhã na zona industrial de Ghislenghien, perto de Ath, no sul da Bélgica.

Karim Ibourki, porta-voz do ministro belga da Saúde, Rudy Demotte, precisou que dos 200 feridos, 100 apresentam queimaduras provocadas pelo impacto da explosão e pelos incêndios que se seguiram ao primeiro rebentamento. 

Segundo a agência de notícias Belga, trabalhavam pelo menos 200 pessoas no complexo onde se verificou a explosão.

"Foi detectada uma fuga de gás por volta das 08h30. Quando os socorristas chegaram deu-se a explosão", explicou Ibourki. Uma estação de serviço também explodiu.

Num breve comunicado no seu sítio da Internet, a Fluxys, empresa que transporta gás natural na Bélgica e que gere o complexo onde se deu o acidente, confirmou que houve "uma fuga numa conduta de gás entre Zeebrugge e a fronteira francesa".

As autoridades belgas desencadearam um plano de catástrofe e pediram aos habitantes das redondezas para ficarem em casa com as portas e janelas fechadas.

Foram enviados para o local muitos meios de socorro e combate a incêndios.

O acidente aconteceu perto da auto-estrada A8 que liga Bruxelas a Tournai. A circulação foi interrompida pelas autoridades. (público)

Coelho denuncia perigos escondidos no Caniçal
Efemérides do dia 5 de Dezembro

Paulo Roberto Costa chegou a acordo com a justiça, denunciando como funcionava todo o esquema de corrupção na Petrobras

Roberto Costa disse arrepender- se de ter aceitado apoio político para chegar a diretor da Petrobras
“Passei seis meses na prisão de Curitiba até que, para ter uma alma mais pura, resolvi fazer a delação de tudo o que acontecia na Petrobras. E não só lá: isso acontece no Brasil inteiro, nas rodovias, nas ferrovias, nos portos, nos aeroportos e nas hidroelétricas.” Na segunda vez que foi chamado à Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, o ex- diretor do setor de Abastecimento da petrolífera, Paulo Roberto Costa, quebrou o silêncio. Disse estar arrependido de ter aceitado o cargo, procurou justificar os crimes de que é acusado e revelou que o escândalo de corrupção terá beneficiado “dezenas” de políticos.
Paulo Roberto Costa, de 60 anos, foi apanhado na operação Lava Jato, que investigou o desvio de dinheiro nos contratos com a Petrobras e o pagamento de subornos a políticos. Depois de detido, resolveu fazer um acordo com a justiça, denunciando todo o esquema em troca de uma pena mais reduzida. Foi assim que rebentou o chamado “petrolão”, onde se investiga como parte dos subornos pagos por empresários a diretores da estatal de petróleos eram desviados para financiar as contas partidárias – incluindo, alegadamente, as campanhas do Partido dos Trabalhadores da Presidente Dilma Rousseff e do seu antecessor, Lula da Silva.
Na Comissão Parlamentar de Inquérito, Costa admitiu que aceitou o apoio político para chegar a diretor de Abastecimento na Petrobras – foi nomeado por indicação do Partido Progressista ( PP). “Desde o governo de José Sarney [ presidente entre 1985 e 1990] todos os diretores da Petrobras se não tivessem apoio político não chegavam a diretores”, explicou, dizendo que o seu sonho era, “quem sabe”, tornar- se presidente da empresa. “Infelizmente eu me arrependo amargamente, porque estou sofrendo isso na carne e estou fazendo a minha família sofrer”, referiu.
Costa recusou contudo dar mais pormenores sobre o esquema que o Ministério Público brasileiro diz que liderava – pedindo por isso a sua condenação. Questionado, por exemplo, sobre que políticos estariam envolvidos no escândalo de corrupção, escudou- se atrás do acordo de delação e do facto de tudo estar ainda na fase de investigação: “O senhor não pode me deixar em situação constrangedora, mas algumas dezenas”, respondeu.
No passado, alguns dos nomes que terá denunciado à polícia foram divulgados pelos media brasileiros. Entre os políticos que terão recebido dinheiro estão, segundo as suas denúncias, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, o líder do Senado, Renan Calheiros, mas também o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão. Os três pertencem ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, aliado do PT. Mas também o presidente do PP, o senador Ciro Nogueira, ou deputados como Cândido Vaccarezza ( PT) ou João Pizzolatti ( PP).
Outro envolvido no esquema que assinou um acordo com a justiça, o empresário Augusto Mendonça, do grupo de construção Toyo Setal, disse à polícia que parte do dinheiro pago pela empresa a partir de contratos superfaturados da Petrobras foi depositado em contas do PT, via doações ilegais. No Equador, onde decorre a cimeira da Unasul, o ex- presidente Lula disse que achava que a declaração é fantasiosa. E questionou a divulgação de informação. “Como a delação é sigilosa, só a polícia e o procurador é que sabem. Se é sigilo, estou estranhando como é que está vazando a informação. A quem interessa e quem está promovendo”, questionou.  (com a devida vénia DN/Lisboa)

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