sábado, 15 de agosto de 2015

Das dez perguntas de Jardim uma delas é defendida e apoiada pelo deputado do PTP José Manuel Coelho

6. Como Português, não quer acabar com o centralismo de Lisboa, causa de tanta injustiça nacional e social, e ajudar a trazer à Sua Região, junto de Si e também por Si controlada, as  competências necessárias para a resolução dos Seus problemas, ficando para o Estado central apenas o que Lhe compete? (ver as outras perguntas AQUI)

Abuso da maioria


Não tem sido por falta de maiorias que o
País chegou a este estado. Mas sim por
falta de seriedade e por desrespeito pelas
minorias.

15.08.2015 00:30 As legislativas aproximam-se e são cada vez mais os atores políticos que secundam a opinião de Cavaco Silva: reclamam um resultado de maioria, que gere estabilidade governativa. Discordo em absoluto, pois foram as maiorias que nos trouxeram à crise e a miséria. Todas as maiorias governativas são de má memória: Cavaco, Guterres, Sócrates e Passos. Foi com Cavaco Silva no governo que se desbarataram fundos europeus sem critério, se começou a instalar a promiscuidade entre negócios e política e se assistiu à instalação da corrupção no regime. Os dinheiros do Fundo Social Europeu para formação foram desviados para o bolso de alguns. A política era dominada por Duarte Lima, Dias Loureiro e Oliveira e Costa. Em maioria. Foi Guterres que, apesar de prometer "no jobs for the boys", permitiu a entrada na Administração Pública de milhares de boys sem concurso. Na enxurrada, Guterres engordou a Administração. Dominavam a política socialista Jorge Coelho, Pina Moura, Armando Vara e Sócrates. Tudo gente séria, portanto. Em maioria. Foi já a maioria absoluta de Sócrates que celebrou os contratos ruinosos das dezenas de parcerias público-privadas que comprometem as contas públicas até 2035. Foi também Sócrates que nacionalizou o BPN, assumindo todos os prejuízos e deixando intactos os bens dos responsáveis pelo descalabro do banco. Também Passos Coelho dispôs de uma confortável maioria, em coligação com Paulo Portas. Aproveitou esse poder absoluto para privatizar sem critério e ao desbarato a REN, a EDP, EGF, CTT, ANA e TAP. Entregou o ouro ao bandido e fê-lo sem sentido estratégico ou patriótico. Hoje os chineses dominam a energia elétrica em Portugal, num modelo neocolonial em que os colonizados somos nós. Os aeroportos são controlados pela mesma empresa que detém as pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, pelo que as entradas na capital estão fora do controlo público, uma verdadeira ameaça à nossa segurança. Não tem sido, pois, por falta de maiorias que o País chegou a este estado. Mas sim por falta de seriedade e por desrespeito pelas minorias.


Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/paulo_morais/detalhe/abuso_da_maioria.html

Tudo Menos Economia



Francisco Louçã

10 de Agosto de 2015A culpa não é do Athayde, é mesmo da realidade


cartaz psUm cartaz que simulava a anunciação de um santo, outro com uma narrativa surpreendente que lança a culpa do desemprego para Sócrates, antes da troika e mesmo antes do benemérito PEC4, agora outro com uma mulher que desdiz a história do outdoor – cada cartaz do PS serve para enterrar as suas propostas e para manchar a atitude segura que esperava exibir neste agosto tão perigoso. Pior: se o PS escolheu o desemprego para terreno do debate eleitoral, esta sequência de disparates evidencia a sua fragilidade onde tinha que parecer forte. Tudo corre mal, na verdade porque os dirigentes ou os publicitários do PS apostaram nesta Lei de Murphy: é preferível que seja sempre pior, desde que falem de nós.
Terá Athayde razão na escolha destas imagens e destas mensagens? Ele passou por campanhas em vários continentes e em vários partidos, dirige uma multinacional do marketing, deveria saber aconselhar e coordenar o grafismo e muito mais. Mas num caso “não foi ele” quem decidiu o cartaz, no outro “nem foi ele” quem juntou a foto à história fantasiosa, apressa-se a dizer a campanha do PS. A notícia passa a ser o não-Athayde e não o PS.
Desculpem então a pergunta sobre o mistério dos cartazes: quem foi que decidiu esta técnica e estas mensagens? Costa, ele próprio? O director de campanha? A comissão de festas de Arruda dos Vinhos? O grupo taurino de Barrancos? E quem decidiu, queria mesmo significar o quê?
150 milOra, esse é o problema. É que as historietas que o PS conta sobre o desemprego não batem certo nem com o seu curriculum passado nesta matéria nem com as suas propostas actuais. Tudo foi sempre fácil nos cartazes do PS: um deles prometia criar 150 mil postos de trabalho em 2009. Mas a realidade foi madrasta e, com a sua maioria absoluta, deu em alterar o Código do Trabalho, e depois veio a troika, e agora o “despedimento conciliatório” ou, na versão musculada de Ascenso Simões, “o fim do contrato de trabalho”. A história do PS é uma longa peregrinação que passou pela criação dos contratos a prazo, pela promoção das empresas de trabalho temporário, pela restrições à contratação colectiva, pela punição fiscal das vítimas dos recibos verdes. Por isso, não se diga que a culpa é do Athayde. O PS, que lhe paga, faz bem em preservar a imagem do “marqueteiro”. Porque o que ele faz ou deixa fazer não tem defesa, simplesmente porque o PS é o que é, um partido que se empenhou em enfraquecer os direitos, as regras e os mecanismos de criação de emprego. Os seus cartazes podem dizer o que for, mas serão sempre o retrato dessa realidade: o PS foi inimigo do emprego e agora não apresenta uma proposta consistente para a criação de emprego. Por isso, faz estes cartazes que desdizem o que dizem.
E quem se demite é o director de campanha e não o Athayde. Ainda vamos ter mais telenovela na campanha do PS.

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