segunda-feira, 4 de abril de 2016

Caso Mossak Fonseca no Panamá: 2000 empresas fantasma no CINM


É o nome dado a um escândalo de corrupção que foi descoberto através de 11,5 milhões de documentos a que o jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” e o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (CIJI), onde se inclui o Expresso, teve acesso devido a uma fuga de informação na sociedade de advogados Mossack Fonseca, sediada no Panamá. Daí o nome Panama Papers. A investigação durou um ano e envolveu 378 jornalistas de 107 meios de comunicação em 77 países. - Veja mais em:

http://www.dinheirovivo.pt/outras/afinal-o-que-e-o-panama-papers/#sthash.kQHpWo5G.dpuf

No seu livro Suite 605, João Pedro Martins descreve exaustivamente um conjunto de casos que se tornaram públicos e que revelam como a zona franca da Madeira é usada. O magnata multimilionário russo Oleg Deripaska, o nono homem mais rico do mundo em 2008, usou empresas da zona franca para desviar lucros da United Company Rusal, a maior produtora mundial de alumínio. A empresa Wainfleet, também com sede na zona franca, segundo o Tribunal de Contas russo, dissimulou as vendas da UC Rusal, aproveitando os benefícios fiscais da Madeira, e tornou-se na maior exportadora nacional, apesar de ter apenas 5 mil euros de capital social e quatro trabalhadores a cargo. Não pagou impostos entre 2005 e 2007 (ver mais AQUI)

Autor do 'Suite 605' envolve Madeira no caso 'Panama Papers'

João Pedro Martins ataca "viveiro de crime organizado"

O economista e autor do livro 'Suite 605', João Pedro Martins, conhecido pelas posições contra a praça madeirense considera exisitirem provas mais do que suficientes  para "a vergonha do offshore da Madeira" ser fechada.Ao abordar no seu mural do Facebook o facto do Consórcio Internacional de Jornalistas "divulgar documentos que provam ligações ao narcotráfico, lavagem de dinheiro, financiamento de atividades terroristas e da máfia de vários países", "tudo com recurso a empresas-fantasma criadas pelo escritório de advogados panamiano Mossack Fonseca", João Pedro Martins refere que este escritório é o mesmo que tem operado "no offshore da Madeira com ligações à máfia de Andorra". Daí a pergunta/afirmação: "É preciso mais provas para fecharmos a vergonha do offshore da Madeira?!"Mais tarde, no  Jornal da Uma da TVI e logo a seguir no Discurso Direto na TVI24 (ouvir som em anexo), o economista voltou à carga, referindo que a praça madeirense "é um verdadeiro ninho de corrupção e um viveiro de crime organizado também".Também envolveu o director regional dos Assuntos Fiscais da Madeira, revelando a sua permissão para que fosse constituído no Registo de Navios da Madeira (MAR) uma empresa com ligações ao universo agora sob suspeita.Contactado pela TSF-Madeira, João Machado escusou-se a prestar qualquer declaração. A SDM, concessionária do Centro Internacional de negócio da Madeira, também recusa para já qualquer reacção. O certo é que  o papel da supervisão nacional e regional é posta em causa pelo economista
 Nas listas já publicadas ainda não há grandes revelações sobre o envolvimento de portugueses, para além do nome já conhecido. Há um empresário português que está a ser investigado, mas há outros portugueses e também instituições nacionais, que a seu tempo serão conhecidas. Os dois jornalistas portugueses que fazem parte do Consórcio Internacional de Investigação, Rui Araújo (da TVI) e Micael Pereira (do Expresso), que também estiveram no Jornal da Uma da TVI, admitem que há outros cidadãos nacionais implicados no escândalo de corrupção à escala mundial, quer como clientes, quer como intermediários das offshore. (dnoticias.pt)

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