segunda-feira, 12 de março de 2018

Ha muitos trabalhadores que empobrecem trabalhando

«Olegário (nome fictício) tem 30 anos. Vive numa carrinha, em Lisboa, com a mulher e os dois filhos. Tem o 5.º ano e esteve desempregado durante muito tempo. Em 2017 arranjou trabalho como jardineiro. Ainda assim, pouco (ou nada) mudou. Continuam nessa carrinha e pesa-lhe não poder garantir condições de higiene e estudo aos filhos, que normalmente tomam banho em casa de outra família vizinha. Na verdade, a sua situação habitacional nunca foi “estável”. Em 2007, quando Olegário se casou, mudou-se para casa dos sogros, uma habitação social no Bairro Marquês de Abrantes, em Marvila. Os conflitos familiares frequentes levaram à sua saída e depois à ocupação abusiva de uma habitação durante três anos. Agora, Olegário e a família encontram abrigo na carrinha emprestada. Está inscrito para aceder a uma habitação social há dez anos.»

O paradoxo: 

«O estudo fala mesmo de um “paradoxo” que é preciso entender: mais pessoas no mercado de trabalho não se traduziu em menos pessoas pobres»

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