Então ele defende o fim do horário de trabalho tal como o conhecemos na atualidade, fruto de décadas de lutas do movimento sindical e dos partidos políticos de esquerda já antes do 25 de Abril. Advoga o trabalho escravo e sem regras para todos os jovens trabalhadores, sem horário de trabalho sem férias, 13º mês e com disponibilidade total para trabalhar 24 horas por dia e durante os 7 dias da semana.A escravidão total.
CALADO CONDENA JOVENS À ESCRAVATURA
Do alto da sua cátedra, Pedro Calado advertiu os jovens desempregados madeirenses “Não fiquem à espera do horário de trabalho das 9 às 5. Esse modo de trabalho acabou. Hoje não há horário de trabalho” ¹. Quem fala com esta convicção, de um futuro sem horário de trabalho, só pode ser um Messias enviado para conduzir o rebanho dos jovens madeirenses para o novo mundo do trabalho, um paraíso onde as empresas regionais vão ao encontro das necessidades dos mais novos.
Pedro Calado aprendeu bem a lição de Nassim Taleb “Os humanos são excelentes no campo da auto-ilusão. Acreditam em qualquer coisa que se lhes diga, desde que não se mostre qualquer indício de falta de confiança”. Como tal, basta-lhe demonstrar total confiança quando fala aos jovens para estes ficarem convencidos que acabou o horário de trabalho das 9 às 5. Desse modo, falando como um Messias, cuja palavra é a verdade universal, cria nos jovens a ilusão de um maravilhoso mundo sem horário de trabalho.
Em abono da verdade, este discurso enfatuado de Pedro Calado não me surpreendeu. Como é óbvio, também não me surpreendeu não ter esclarecido qual é o modo de trabalho onde os jovens vão ver satisfeitas as suas necessidades. Porque será que Pedro Calado não explicou aos jovens desempregados a sua visão do novo mundo do trabalho? Uma visão onde só há lugar para o “Trabalhador 24/7”, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, subserviente, mas eternamente agradecido aos que enriquecem com a exploração das novas formas de escravatura.
Provavelmente, se Pedro Caldo tivesse sido mais claro, os jovens poderiam ter-lhe colocado algumas questões. Por exemplo, se acabou o horário das 9 às 5, como foi possível o Governo Regional ter efetuado 760 nomeações ² para cargos de confiança política, em especial de 24 para o seu gabinete de Vice-Presidente? Será porque, como não têm horário das 9 às 5, fazem o horário que melhor convém às suas necessidades pessoais, de forma arrogante e ofensiva?
Por um lado, Pedro Calado defende junto dos jovens desempregados as virtudes do “Trabalhador 24/7”, um precário convicto, humilde e agradecido por receber salários de miséria. Por outro lado, é o secretário regional responsável pela gestão dos funcionários públicos regionais, uma significativa fatia do mercado de trabalho regional com cerca de 20.000 trabalhadores, sem precariedade, com horário das 9 às 5 e salários acima da média. Acresce que é, também, responsável pela nomeação de milhares de “jobs for the boys”, a maioria dos quais “young boys” e “young girls” sem créditos firmados, mas com salários e regalias ao nível dos executivos de topo.
Neste contexto, porque está descontente com a legislação de trabalho, “um dos grandes impedimentos da nossa economia” ¹, não me surpreende que Pedro Calado defenda piamente um mercado de trabalho bipolar: trabalho injusto, caracterizado pela precariedade, salários mínimos, sem regras e horários para os jovens desempregados, e trabalho justo, caracterizado por estabilidade e segurança, com regras e melhores salários para os “afortunados”, ou seja, para os trabalhadores sem termo, com horário das 9 às 5.
O trabalho justo, protege e respeita. O trabalho injusto, oprime e humilha. Será que Pedro Caldo e Rita Andrade têm coragem para dizer aos seus filhos, olhos nos olhos, que nada podem fazer para os salvar da escravatura a que estão condenados?
J. C. Silva
[Fénix do Atlântico]
Bruno de Carvalho compara Luís Filipe Vieira ao Al Capone (leia tudo no DN)
Eu nunca "sube" o que é viver de favores do banco... E sempre limpei as minhas vitórias!
- Eu apenas sei de pneus;
- Eu apenas roubei um camião;
- Eu apenas tive um motorista que foi preso por tráfico de droga usando instalações e carros do clube;
- Eu apenas passava o meu tempo no escritório do administrador do BES, Amílcar Morais Pires, a aumentar a dívida do clube;- Eu apenas devo mais de mil milhões de euros;- Eu apenas sou arguido num caso muito grave em termos criminais;- Eu apenas tenho o meu braço direito acusado, e já tendo estado detido por crimes graves;- Eu apenas estou envolvido nos processos vouchers, emails, e-toupeira, que estão a ser investigados por poderem assumir a forma de corrupção e tráfico de influéncias, envolvendo pessoas da FPF, Liga, arbitragem, delegados, observadores, políticos, funcionários judiciais, juizes, jornalistas...Tudo aquilo a que chamam de "estado lampionico" ;- Eu apenas recebi 50M do BES quando já tinha rebentado o escândalo do mesmo;- Eu apenas tenho dívidas do clube pelo Novo Banco e banco mau "escondidos" em seguros de vida e produtos similares;- Eu apenas tenho visto o meu clube a ser investigado num caso que apelidam de "jogos para perder";- Eu apenas ando a mendigar que não me executem as dívidas, faz anos, usando a minha posição profissional;- Eu apenas sou o pai de uma cartilha e de um controlo da comunicação social a que chamam de "lápis vermelho";- Eu apenas apoio claques ilegais que, para mim, são um conjunto de pessoas que se juntam de forma organizada, e que por vezes até matam adeptos de outros clubes que não deviam ter estado naquele sitio específico do Estádio do Jamor nem na rua ao pé de um outro Estádio;- Eu tenho sempre toalhetes e por isso garanto que limpei sempre as vitórias!Em suma, nunca "sube" de nada! Não "sube", não vejo, não ouço e não falo!
Vou "mazé" depois do treta lutar com todas as minhas "forças" pelo peta!
By: um estadista
A história tem destas injustiças. Aqui deixo o exemplo de um mero empresário que foi brilhante e visionário, que nunca fez nada de mal, mas que foi injustamente perseguido! No fim a "montanha pariu um rato" e, afinal, tanta coisa se dizia.... e apenas teve uma pequena falha fiscal!
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