segunda-feira, 4 de abril de 2022

Temas importantes tratados há 9 anos no antigo blog Pravda alojado na SAPO e que foi apagado pela justiça fascista de portugal

 

Emanuel Bento escreveu no blog do Calisto

E SAI MAIS UM PROCESSO KAFKIANO
EMANUEL BENTO
Há muitos anos, mesmo muitos, ainda tinha eu cabelo, um homem do teatro madeirense contou-me, numa mesa do Café Concerto (no Jardim Municipal) que era preciso desdramatizar Kafka, explicando as razões por que deveríamos rir sempre que o lêssemos. Na altura olhei-o com alguma estupefacção porque sempre me custara ler e digerir a obra do atormentado judeu, por a achar demasiado sofrida e angustiante, mesmo assustadora de tanto expor o absurdo da existência e da pequenez humana perante a irracionalidade da sociedade, que começa exactamente na família. Ainda adolescente havia, algumas vezes, iniciado a leitura da Metamorfose mas sempre sem conseguir acabá-la, o que só fiz uns anos mais tarde, e sem conseguir rir.
Dos vários livros que dele li, obviamente que “Der Prozess” ocupa lugar de destaque. A ideia de sermos acusados e julgados sem sabermos qual a causa do nosso suposto crime não é de todo impossível, pelo menos fora do espectro judicial, já que, no nosso dia-a-dia, creio bem que muitas vezes muitos de nós já fomos, por familiares, amigos, colegas de profissão, desconhecidos, acusados e julgados em sabermos bem as razões destes processos. Basicamente o mecanismo é este: insinua-se, acusa-se e julga-se. Bastam, pois, três etapas para que a suspeição sem razão passe a verdade de facto, pelo menos para alguns.
Tudo isto até agora escrevi, para dizer que continuo sem conseguir rir do absurdo que é Alberto João Jardim ameaçar com mais um kafkiano processo o Diário de Notícias, na senda de ameaças a tudo e a todos que dele discordem ou, simplesmente, não sigam obedientes no carreiro. O que na verdade sinto é pena por ser conterrâneo de um povo que se deixou manipular durante trinta e tal anos por este tipo de ameaças e parvoíces, ainda que até perceba as razões e limitações estruturais subjacentes a esta sujeição. Mas das elites da treta que foram cúmplices pena já não tenho, sinto apenas um orgulhoso desprezo… http://pravdailheu.blogs.sapo.pt/788738.html
4 de abril de 2013 
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Público

Henrique Costa Neves recusou-se a apertar a mão a Jardim
A cerimónia de comemoração da Revolta da Madeira de 1931 registou, mesmo antes de se iniciar um incidente protocolar. Henrique Costa Neves, vereador que estava em representação da Câmara Municipal do Funchal, recusou-se a apertar a mão ao presidente do Governo Regional dizendo-lhe, sem quaisquer rodeios que se recusava a cumprimentá-lo.
Costa Neves foi processado por Jardim e por todo o Governo Regional pelas suas declarações em relação às obras na Avenida do Mar, num processo que acabaria arquivado e foi alvo de uma queixa, no conselho de jurisdição do PSD-M que acabou com a proposta da sua expulsão do partido. Razões que o vereador considera mais do que suficientes para não ter qualquer contacto com o presidente do Governo Regional.
Há poucos minutos, a Quinta Vigia emitiu um comunicado sobre esta situações em que acusa o vereador de confundir "situações pessoais e partidárias com as suas responsabilidades institucionais". O comunicado também acusa o vereador de quebra o protocolo, só depondo as flores no Monumento após o presidente do Governo.

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