domingo, 21 de julho de 2024

Recordando o assassinato de Che Guevara em 1967

 


Monika Ertl a guerrilheira que vingou a morte de Che Guevara
 
 Foi por meio das conexões europeias que Monika localizou, em 1971,o paradeiro de Roberto Quintanilla Pereira, que havia sido chefe de inteligência do Exército boliviano quando Che foi preso no interior da Bolívia. Além de dar a ordem para matá-lo, Quintanilla também determinou que suas mãos fossem cortadas.
... ...Os serviços secretos bolivianos a emboscam em El Alto, cidade sede de várias organizações sociais e sindicais, na região metropolitana de La Paz, em 1973. Segundo testemunhas, Monika foi fuzilada em plena rua, embora seu corpo nunca tenha sido encontrado.
Monika Ertl e la immagine del cadavere di Ernesto Che Guevara (1928-1967)
https://www.iltrentinonuovo.it/index.php/2021/11/26/il-console-e-la-guerrigliera/
Monika Ertl e seu pai, Hans Ertl, que foi fotógrafo e cinegrafista de Adolf Hitler; a jovem era sua filha preferida.
Roberto Quintanilha, mandou matar Che Guevara e foi assassinado por Monika.





Mario Terán Salazar abateu, em 1967, um prisioneiro indefeso, que não era outro senão o "Che" Guevara. Terán viveu ainda 54 anos, sempre assombrado pela recordação desse momento e temendo um acto de vingança executado pelo "longo braço da revolução". Os temores eram, no seu caso, infundados e morreu agora aos 82 anos - placidamente, na cama.O sargento Mario Terán tinha 25 anos quando um oficial lhe deu a ordem de ir matar o prisioneiro ferido. Recebeu também instruções para disparar contra o torso, de modo a simular ferimentos em combate. Causaria maior sofrimento à vítima, mas permitiria ao Exército desmentir a execução. Entrou na escola que servia de prisão improvisada e ficou a sós com o prisioneiro.
 
Anos mais tarde, descreveu assim o frente-a-frente: "Foi o pior momento da minha vida. Vi o Che, grande, muito grande, enorme. Os olhos dele brilhavam como mil fogueiras. Disse-me: 'Tem calma e aponta bem! Vais matar um homem!'. Dei um passo atrás, em direcção à porta, fechei os olhos e disparei".

Ao ser ferido e capturado pelo Exército boliviano, o "Che" Guevara era, com 39 anos, uma figura mítica da revolução. "Argentino e cubano", como cantava Paco Ibañez, Ernesto Guevara nascera em Rosario, Argentina, percorrera a América Latina a cavalo numa motorizada, conhecera as prisões da Guatemala e do México, participara na expedição do "Granma" e tornara-se um dos comandantes do Exército Rebelde na Sierra Maestra. Em 2 de janeiro de 1959, entrara na Havana com as tropas vitoriosas e com um braço ao peito, ferido na decisiva batalha de Santa Clara.

Nos anos seguintes, tornou-se um símbolo da revolução cubana, dirigindo nomeadamente o seu banco central e o Ministério da Indústria. Mas o agravamento da dependência face à URSS foi tornando o "Che" cada vez mais crítico. Não chegou nunca a romper com Fidel, tendo antes acordado com este em partir para onde fosse possível criar mais um daqueles "muitos Vietnames" que conclamava os revolucionários a criarem.
 
Esteve primeiro no Congo, com um punhado de guerrilheiros cubanos e com a tropa de Laurent Désiré Kabila. Dessa estadia e desse fracasso quase nada se soube na altura, porque Cuba guardou rigoroso sigilo sobre a expedição. Foi o ano, como diria Guevara, "em que estivemos em lugar nenhum". Partiu depois para a Bolívia e o fracasso seria nesse caso mais grave e acabaria por custar-lhe a vida. A CIA detectou a sua presença e foi montando, pacientemente, um cerco à sua volta. O Partido Comunista Boliviano recusou apoiá-lo, os camponeses denunciavam-no e os combativos mineiros bolivianos ignoravam a guerrilha.

Guevara acabou por ser ferido num recontro com o Exército e capturado. Os militares bolivianos e a CIA discutiram o que fazer, houve quem quisesse organizar um julgamento-espectáculo para efeitos de propaganda, mas finalmente prevaleceu o receio de que o feitiço pudesse virar-se contra o feiticeiro e o réu se tornasse acusador do imperialismo americano e da camarilha militar boliviana, respaldado por uma forte campanha de opinião internacional.

A decisão de eliminar o prisioneiro foi comunicada pelo presidente, general René Barrientos, ao contingente que aguardava ordens em La Higuera. A ordem directa de execução foi dada por um oficial da CIA, Félix Rodríguez, ao dito sargento Mario Teran. O cadáver foi exposto e fotografado pela imprensa. Depois fizeram-no desaparecer e enterrar em lugar que permaneceu secreto para evitar um culto do “Che”, e que só veio a ser conhecido 30 anos depois.
 
Para provarem que o “Che” fora realmente morto, os militares bolivianos cortaram as mãos do cadáver e conservaram-nas como prova. Roubaram também tudo o que encontraram na sua mochila e tentaram fazer negócio publicando os diários do “Che”, a pretexto de que os direitos de autor constituíam espólio de guerra. Mas o Estado cubano antecipou-se à publicação e lançou, ele próprio, a obra no mercado, esvaziando a fraude milionária dos militares.

Uma densa teia de mitos e lendas se criou em torno do “Che”. A aldeia onde foi morto, “La Higuera”, tornou-se um lugar de peregrinação revolucionária. Camponeses que em vida não se entusiasmavam com a vizinhança daquela guerrilha, passaram a referir-se a ele como “San Ernesto de la Higuera”. Quando uma série de acasos começou a ceifar as vidas dos militares envolvidos na sua execução, criou-se ainda o mito da maldição do “Che”.

Um deles, de qualquer modo, não morreu por acaso nem de morte natural: o chefe dos serviços secretos bolivianos, Roberto Quintanilla Pereira, que tinha ido esconder-se em Hamburgo como cônsul boliviano. Em 1 de abril de 1971, uma guerrilheira do Exército de Libertação Nacional, Monika Ertl, entrou no consulado e abateu-o com três disparos certeiros.

Mario Teran foi, com Gary Prado, um dos envolvidos na caçada de La Higuera que sobreviveram até à velhice. Era conhecido por viver em permanente obsessão paranóica e fortemente alcoolizado. Depois de ter citado as palavras do “Che” no seu derradeiro encontro, fez em 2014 um volte-face e alegou que não tinha sido ele a matar o líder guerrilheiro, e sim outro sargento com o mesmo nome.

Morreu ontem, de uma doença respiratória crónica.

10 comentários:

  1. O Beto do Naval tem andado muito activo ultimamente

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    1. Quer destronar o 500 da presidência do xupanense

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  2. Este blogue parece a Rtp Memória.

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  3. O G4 ACTUALIZA AS NOTÍCIAS DESTE DOMINGO E COMENTA OS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
    https://www.youtube.com/watch?v=fBuY78J0qT0

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  4. KAMALA HARRIS VAI GANHAR A PRESIDÊNCIA....
    https://www.youtube.com/watch?v=48w9YjkYqjU

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  5. Qual o interesse trazer para aqui essa maior merda que existiu CHE ?

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    1. Errado. Tu és a maior merda que já existiu

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    2. Ambos errados: o coelho é a maior merda

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    3. A merda do coelho é caganitas

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