Miguel Albuquerque reconhece dívidas à Segurança Social e Eletricidade da Madeira
OCTÁVIO PASSOS
As dívidas são das duas sociedades da Quinta do Arco, a propriedade onde está o famoso roseiral do presidente do Governo Regional da MadeiraOs valores das dívidas das sociedades da Quinta do Arco foram anunciados por José Manuel Coelho durante o debate do orçamento rectificativo que decorre esta terça-feira na Assembleia Legislativa da Madeira.
O deputado do PTP falou em 117 mil euros por pagar à Segurança Social e em 45 mil euros em dívida à Empresa da Eletricidade. Confrontado com esta denúncia, Miguel Albuquerque admitiu as dívidas e garantiu que está em curso um plano de pagamento.
As duas sociedades da Quinta do Arco, a propriedade onde está o famoso roseiral do presidente do Governo e que inclui uma unidade hoteleira, foram alvo de uma reestruturação e definido um plano de pagamento das dívidas. "As dívidas estão a ser regularizadas", garantiu Miguel Albuquerque em declarações à margem do debate do orçamento. O que se passou na Quinta do Arco, sublinhou o novo líder madeirense, foi semelhante a muitas outras empresas da Madeira nos últimos anos. As duas empresas entraram dificuldades, tiveram necessidade de reestruturação. "Foi o que aconteceu", disse.
O presidente do Governo Regional salientou ainda que o plano de reestruturação, o pagamento das dívidas e os valores das dívidas são públicas. Portanto, é possível que os números apresentados por José Manuel Coelho sejam de facto correctos. Na intervenção que fez durante do debate do orçamento rectificativo, o deputado do Partido Trabalhista Português referiu que as sociedades da Quinta do Arco deviam 117 mil euros à Segurança Social e 45 mil euros à Empresa de Eletricidade. As duas sociedades devem ainda 215 mil euros ao Fundo de Turismo.
O caso foi abordado na Assembleia Legislativa pelo deputado do PTP José Manuel Coelho, tendo Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas, confirmado a existência das dívidas.
"Não nego. Há um acordo de pagamentos, houve uma reestruturação devido a crise que atravessamos", disse o líder do Governo madeirense.
A Assembleia Legislativa começou hoje a discutir o orçamento rectificativo, que representa um acréscimo de 39 milhões de euros ao inicialmente aprovado – 1.633 milhões de euros para 1.672 milhões de euros.
O diploma institui o regime jurídico da contribuição regional sobre os sacos plásticos leves – a denominada fiscalidade verde –, no âmbito do qual cada saco custará oito cêntimos, prevendo o Governo Regional, a partir de Outubro, arrecadar uma receita de 100 mil euros.
A proposta contempla ainda 43,1 milhões de euros do Fundo de Coesão e 770 mil euros da reavaliação das transferências do Orçamento de Estado para a Madeira, devido à actualização dos dados do Produto Interno Bruto regional em conformidade com o Sistema Europeu de Contas Nacionais e Regionais.
https://www.sabado.pt/ultima-hora/detalhe/miguel-albuquerque-confirma-ter-dividas-a-seguranca-social
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