terça-feira, 2 de dezembro de 2025

ALFREDO CALDEIRA; Um camarada que deu a vida nas prisões do fascismo para dar lugar aos entachados que hoje vivem à custa da Democracia que ele ajudou a conquistar

 


Alfredo Caldeira nasceu em Lisboa a 11 de julho de 1908.

Pintor decorador, aderiu em 1931, ao Partido Comunista Português. Integrou em 1932 a direção do Comité Regional de Lisboa, o Comité Central e o Secretariado, cabendo-lhe também responsabilidades na Organização Revolucionária da Armada. Com o pseudónimo «Areias», era membro responsável da Comissão Central da Organização do PCP.
Numa deslocação ao Algarve em missão partidária, foi preso a 27 de outubro de 1933 e colocado na Penitenciária de Lisboa, de onde foi transferido para a Prisão de Peniche. Foi deportado depois, para a Prisão da Fortaleza de Angra do Heroísmo, nos Açores, onde conheceu a sentença do Tribunal Militar Especial, reunido em agosto de 1934, e a condenação a seiscentos e noventa dias de prisão correcional e perda de direitos políticos por cinco anos.
Em dezembro de 1934, teve participação ativa na luta dos presos contra as péssimas condições prisionais da Fortaleza. Um ano depois, é transferido para a 1.ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública a fim de ser libertado por ter terminado a pena imposta pelo Tribunal Militar.
Restituído à liberdade a 10 de dezembro de 1935, foi, no entanto, preso no mesmo dia pela Secção Política e Social da PVDE, como «medida preventiva», sendo transferido, já em janeiro de 1936, para a Prisão de Peniche. Em abril, seguiu para a Prisão do Aljube, onde problemas de saúde o levaram à enfermaria. Em junho, requereu para ser amnistiado.
Fez parte do primeiro grupo – de cerca de cento e cinquenta presos – a ser instalado no recém-criado Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, em outubro de 1936. Entre 1937 e 1938, integrou o Secretariado da Organização Comunista Prisional do Tarrafal.
Fragilizado pelas terríveis condições, a insalubridade, a doença e a falta de cuidados médicos, Alfredo Caldeira acabou por contrair uma biliosa. Acabou por falecer #nestedia 1 de dezembro de 1938, com apenas 30 anos. «Verá que sei morrer como um revolucionário», terão sido as suas últimas palavras, dirigidas, já no leito de morte, ao diretor do Campo de Concentração.

1 comentário:

  1. CIENTISTA APONTA ERRO DAS ESCOLAS QUE NINGUÉM PERCEBE, COM FERNANDO LOUZADA
    https://www.youtube.com/watch?v=0xI9Ix4hLq8

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