Quando a notícia chegava à freguesia, de que afinal a rapariga trabalhava numa “casa de meninas” e não na casa de uma família honrada e séria, a sua reputação ia por água abaixo, e nem a família à queria de volta nem os rapazes da freguesia à queriam para casar. E as pobres moças, sós e desamparadas, descobriam horrorizadas que tinham caído numa engenhosa armadilha, difícil de escapar.
E este exemplo bem se pode aplicar à recente coligação “Mudança”. Uma “Madame rosa”, muito matreira e de falinhas mansas convidou os pequenos partidos para trabalharem com as suas gentes numa grande mansão, que era a Câmara Municipal do Funchal. Com o tempo, os pequenos partidos começaram a se aperceber que afinal o trabalho que lhes propuseram fazer não era sério nem honrado, e que tinham que se prostituir. Rapidamente, alguns descobriram o embuste, ganharam coragem e abandonaram “a mansão”, outros, sem saída ou por vergonha lá continuam a trabalhar, dando o corpo ao manifesto para enriquecimento e prestígio da “Madame Rosa”.
Um recente suplemento dos Xocialistas, publicado no Diário, com o título “Mudança”, (nome abusivamente apropriado pela Madame Rosa) entrevista uma moçoila de campo que se transformou vaidosamente numa “Maria Machadão” da tal “Mansão”, e que sem vergonha nem rodeios, assume que trabalha para a prosperidade do “Bordel Rosa”. No entanto, a dona do Bordel Rosa continua a sua saga em convidar mais meninas ingénuas e humildes para mais uma nova aventura, agora para uma “Mansão” muito maior. Só que a má reputação da Madame Rosa já chegou a todo o lado, e não há família honesta, humilde e temente a Deus que queira entregar as suas filhas nas mãos da nossa rameira, pois todos sabem o fim que lhes espera.
É de supor que a angariação de novas meninas para o Bordel Rosa vai ser cada vez mais difícil, e a nossa Madame, ou arranja meninas do seu meio para trabalhar, ou então vai ter que escolher outra vida.
Emanuel Bento antes de apoiar o sr. Cafôfo, escreveu no jornal satírico o "Garajau" com o pseudónimo de "Bruna dos Prazeres". Bento tornou-se funcionário do PS por necessidades económicas e virou as costas à luta contra o jardinismo.
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